CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 16 A 22 DE MAIO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 2
TENDÊNCIAS
Por Edmilson Eid
Edmilson é arquiteto e
festeiro oficial da
Praça Popular
OLHANDO POR FORA
CHIC
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
Por Rosemar Coenga
r
n
UMA HOMENAGEM À INFÂNCIA
UMA LADRA SEM LIMITES,
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
o
a m
A breve
crônica
Será o
Benedito!
(2008) de Mário
de Andrade
(1893-1945) foi
escrita em 1939,
e revisitada pelo
ilustrador
Odilon Moraes
pela Editora
CosacNaify.
Será o Benedito!
conta com texto
integral, além
de glossário e
informações
sobre o autor e
o ilustrador,
recursos eficazes
para capturar a
atenção dos pequenos e jovens leitores desta
obra comovente. A obra
Será o Benedito!
recebeu a chancela do selo da Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e a
seleção por importantes programas de governo,
como Programa Nacional de Biblioteca Escolar
(PNBE), e o reconhecimento da imprensa, o que
dá uma pequena amostra da importância desta
obra. Mário de Andrade, uma das figuras
centrais do Movimento Modernista, nos apresenta
com lirismo a polarização entre menino e
homem, cidade e campo.
Em tom de conversa, Mário de Andrade
conduz o leitor por uma viagem ao interior de
São Paulo, à Fazenda Larga. Longe dos arranha-
céus e dos chauffeurs, o homem da cidade
conhece o garoto Benedito, “nos seus treze anos
de carreiras livres pelo campo”. A cerca que
separa a casa-grande do vasto gramado é o
obstáculo a ser transposto em busca de uma
amizade.
O trabalho de edição deste livro incluiu um
longo período de maturação e muita pesquisa.
Odilon Moraes passou mais de um ano até
encontrar o tom certo das “enormes pastagens” e
do “céu violento de setembro”. Como ele mesmo
relata, em depoimento incluído no livro: “A
separação dos dois universos – cidade e
natureza – construída ao longo do texto é
traduzida nos contrastes entre plano e fundo,
sombra e luz, dentro e fora, recursos próprios da
imagem”. Além deste desafio, Odilon também
teve de captar a troca de olhares entre o menino
e o homem, passagem importante do texto que
marca a aproximação entre eles.
E optou, ainda, por retratar seu
personagem como o próprio Mário de
Andrade.
Ninguém sabe ao certo se o garoto Benedito
realmente existiu, mas a lição que ele nos passa
é mais do que verdadeira. Leitura inteligente
para todas as idades.
Uma Ladra Sem
Limites,
de Seth
Gordon, é uma
comédia no estilo
road-movie
que conta
a história de Sandy
Patterson (Jason
Bateman), um
contador de uma
firma em Denver, nos
Estados Unidos. Sandy
estava prestes a ser
promovido quando
sua identidade é
roubada por Diana
(Melissa McCarthy). As
estripulias cometidas
pela ladra em seu
nome na cidade de
Miami foram tantas
que a polícia bate na
porta da casa de Sandy com a intenção de prendê-
lo.
Na delegacia, ele consegue comprovar que
nunca esteve em Miami e que sua identidade foi
surrupiada por algum impostor. A inércia da polícia
– aliada à ameaça iminente de perder seu emprego
– faz com que Sandy decida agir por conta própria.
Ele vai atrás de Diana na Flórida com o plano de
trazê-la de volta a Denver e entregá-la para a
polícia.
O filme se perde na tentativa exaustiva de
misturar ação, drama e comédia. Jason Bateman e
Melissa McCarthy – dois atores talentosos – são
impiedosamente desperdiçados em um roteiro que
teria muito mais efeito se tivesse se preocupado
simplesmente em... ser cômico. O filme deve contar
com duas ou três cenas que conseguirão arrancar
alguma gargalhada, mas no geral é uma comédia
medíocre que não soube honrar seu tema (que
mesmo batido poderia render boas risadas) nem
seus protagonistas.
MELHOR REMÉDIO
Por José Augusto Filho
José Augusto é diretor de
teatro e produtor de programas de
variedades
Certamente você já
deve ter ouvido muito
essa palavra “chic”.
Usada para diversas
situações desde um traje
até uma resposta bem
dada. Chic se usa pra
tudo e todos, ou melhor,
quase todos. E todo
mundo quer ser “chic”. E
dizem que ser chic dá
trabalho e custa caro, do
que eu discordo
plenamente. Acho que ser
chic vai além da grife, da
foto na coluna, do
numerário na conta
bancária, ser chic, como
diz meu queridíssimo
amigo e colunista
Fernando Baracat, que
aliás é a própria cara do
“chic” em Mato Grosso,
ser chic é ter traquejo
social. Amo essa
definição: “Traquejo
Social”, coisa em extinção
por essas bandas. O que
se vê por aqui é um
monte de gente maluca
que enriqueceu sabe-se lá
como usando a mesma
marca porque é chic,
almoçando em tal
restaurante porque é chic,
indo a esse ou àquele bar
porque é chic, e por aí
vai. Dessa massa
alucinada em busca de
status e glamour apenas
10% têm o tal “traquejo
social”, o resto é caso de
internação, o problema é
clínico mesmo.
E tem gente que acha
que quanto mais dinheiro
tiver, mais grosseiro e mal
educado deve ser,
principalmente com quem
estiver em uma camada
social abaixo da sua.
Quanto mais abaixo,
mais grosso, mais sem
educação, mais sem
compaixão.
Frequentemente vejo
situações dignas de
Ministério Público, de
Juizado de Pequenas
Causas, caso de polícia.
Gente que acha que por
que tem grana pode
pisar, humilhar, dilacerar
o próximo. “Perdoa, Pai,
eles não sabem o que
fazem”.
E não adianta querer
ser chic, quem é chic
mesmo já nasce assim,
vem de berço. É uma
pequena parcela da
população que realmente
é educada, não faz
distinção de cor, classe
social ou de quanto você
tem no bolso. Acho que
talvez esses sejam os
extraterrestres, pessoas
que falam com todos de
igual pra igual, olham
nos olhos, apertam as
mãos, sorriem, como todo
ser humano devia ser, só
que infelizmente não é
assim. Torcer o nariz e
fazer cara de nojo é
principio básico pra um
pseudo chic. Garotas
cocô com suas bolsas da
marca X, Y, Z adoram ser
grosseiras, não perdem a
oportunidade mostrar sua
refinadíssima educação.
Poderia citar aqui uma
lista de nomes e
sobrenomes por grau de
egocentrismo e
arrogância, mas ae dá
problema , dá processo
porque essa gente adora
processar. E, na defesa,
alegam bipolaridade,
transtorno do mau humor
não sei das quantas,
toma remédio controlado
e apanhou do pai
quando era pequena ou
qualquer outra bobagem.
Caso você se depare com
um ser desses por aí, não
se intimide, seja chic: só
fale se falarem com você.
Nunca sorria antes,
jamais estenda a mão
antes, olhe diretamente e
fixamente nos olhos; isso
funciona: elas morrem de
medo que você descubra
que ali dentro não tem
ninguém.
Ignore, não dê
atenção e reze muito pra
Nossa Senhora da
Chiqueza afastar esse
encosto de perto de você.
Em tempo de clima seco,
a “humildade relativa do
ar” anda muito baixa.
Cada vez mais os
vidros conquistam o
ranking de materiais mais
especificados nos projetos
de arquitetura e interiores
no mundo inteiro. Os
lançamentos acontecem a
todo o momento dando
várias opções aos
arquitetos e especificadores
inúmeros modelos para
cada tipo de obra e
ambientes internos. Faz
parte da estética, e tem
forte influência no conforto,
na economia e na
segurança de qualquer
edificação. Existe no
mercado um variado leque
de opções com
características técnicas
específicas para cada uso,
cabendo a um especialista
a escolha mais adequada.
Os vidros mais atuais
que o mercado da
construção civil tem
adotado, são os:
VIDRO REFLETIVO
Os vidros refletivos
estão diretamente ligados
à quantidade de luz do
ambiente. Portanto
normalmente durante o
dia, conseguimos manter a
privacidade dentro da
edificação, o que não
acontece durante a noite,
onde a iluminação interna
é maior que a externa.
VIDRO TEMPERADO
O vidro temperado é
considerado um vidro de
segurança, pois quando
fraturado se fragmenta em
pequenos pedaços, com
arestas menos cortantes
que o vidro comum. Tem
resistência cerca de quatro
a cinco vezes superior à do
vidro comum. Entretanto,
depois de acabado, não
permite novos
processamentos de cortes,
furos ou recortes.
VIDRO LAMINADO
São constituídos por
duas ou mais lâminas de
vidro
fortemente
unidas através
de calor e
pressão a uma
ou mais
películas de
Polivinil Butiral
(PVB),
garantindo
que, em caso
de quebra, os
fragmentos
gerados
mantenham-se
aderidos ao
PVB, não
devassando o vão,
reduzindo drasticamente o
risco de acidentes e
evitando que o ambiente
fique exposto ao tempo.
VIDRO DUPLO
Trata-se de um sistema
de duplo envidraçamento,
com o benefício da
camada interna de ar.
O sistema é
insuperável quando a
intenção é aproveitar ao
máximo a luz natural, com
bloqueio do calor
proveniente da radiação
solar. Também
proporciona grande
conforto acústico, com
maior bloqueio do som.
Permite combinar,
também, vidros com
propriedades diferentes,
aproveitando as
características de cada um,
como, por exemplo, a
resistência dos vidros
tempera-dos
(externamente) com a
proteção térmica e acústica
e a segurança dos vidros
laminados refletivos
(internamente).