CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 16 A 22 DE MAIO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
TRISTE REALIDADE
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr
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.
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João
Gordo, é um dos publicitários
mais premiados de Cuiabá
CARTÓRIOS NÃO PODEM RECUSAR CASAMENTO
ABCDEF....GLS
Por Menotti Griggi
M n i G i
G
Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
Uma notícia alegrou imensamente
inúmeros casais homossexuais no Brasil
após o Conselho Nacional de Justiça
anunciar esta semana que os cartórios no
Brasil estão proibidos de recusar o
atendimento aos pedidos de casamento
civil depois que 13 Estados brasileiros
regulamentaram via cartório o casamento
igualitário. O Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) usou do bom-senso e
decidiu unificar essas decisões. Isso
significa que a partir da terça-feira 14 de
maio todos os cartórios do Brasil terão de
converter as uniões estáveis entre pessoas
do mesmo sexo em casamento.
A proposta foi apresentada pelo
presidente do CNJ, Joaquim Barbosa,
que também preside o Supremo Tribunal
Federal (STF), e aprovada por 14 a 1. A
conselheira Maria Cristina Peduzzi foi a
única a votar contra a aprovação da
resolução, sob o argumento de que, para
permitir o casamento civil entre pessoas
do mesmo sexo, o Congresso teria de
aprovar um projeto de lei.
Segundo a resolução do CNJ, “é
vedada às autoridades competentes a
recusa de habilitação, celebração de
casamento civil ou de conversão de união
estável em casamento entre pessoas de
mesmo sexo”. Ainda segundo o
Conselho, se houver recusa dos cartórios,
será comunicado o juiz corregedor para
“as providências cabíveis”.
Para Barbosa, a resolução remove
“obstáculos administrativos à efetivação”
da decisão do Supremo. “Vamos exigir
aprovação de nova lei pelo Congresso
Nacional para dar eficácia à decisão que
se tomou no Supremo? É um
contrassenso”.
É certo que as decisões favoráveis à
comunidade gay têm
sido uma prática
coerente diante das
ações impetradas na
Justiça, que é um dos
únicos caminhos
garantidos para se
chegar a um consenso.
Ainda bem que
temos pessoas
esclarecidas no
julgamento das
decisões, sendo que,
nesses casos, a
coerência, o respeito à
diversidade e o
entendimento das
diferenças ainda são
palavras de ordem para
um novo olhar contra o
preconceito.
Tenho visto uma nova movimentação
na cuiabania. Parece que novos tempos
estão vindo. Parece que Cuiabá mais
uma vez se une em prol de seu bem
imaterial maior. Mais uma vez parece que
agora Cuiabá vai preservar sua cultura.
– Mas quanto eu vou ganhar com
isso? – pergunta o artista no meio na
reunião.
– Como assim, quanto eu vou
ganhar? – retruco não entendendo.
– Dindim. Money. La plata.
– Pensei em fazer uma parceria.
– Ah... tô fora... não aguento mais
parceria. Sem eu ganhar, nada feito.
– Meu querido, as paredes serão só
suas. Você vai ser o único. Vai ter
exclusividade.
– Quem suou pra pintar tudo aquilo
fui eu. Cada pincelada daquela tem uma
memória, uma lembrança, um pingo de
felicidade e tristeza. Então nada mais
justo que eu receber.
– Entenda o seguinte: eu conheço
muita gente. Isso vai abrir diversas portas.
– Sei...
– Imagina essas paredes enormes
com sua obra, com esse seu estilo
neoclássico.
– Se trata de uma ofensa! Eu sou um
artista! Tenho que sobreviver!
– Se quiser, pode usar o jardim
também, para fazer uma escultura.
– Não vem que não tem, João.
Toda vez é este mesmo papo. São
quinhentos reais para pintar a sua casa,
passando verniz nas portas e selador
nos quartos.
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