Ano IX - Edição 440
Cuiabá, 16 a 22 de maio de 2013
Venda Proibida
Diretor de Redação: Persio D. Briante
Circulação: Cuiabá - Várzea Grande - Chapada dos Guimarães - Poconé - Rondonópolis - Barra do Garças - Tangará da Serra - Campo Novo do Parecis - Barra do Bugres - Nova Mutum - Lucas do Rio Verde - Sorriso - Sinop - Juína - Juara - Brasília
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PARALELO 15
Por Bolívar Figueiredo
A LINHA CHAPADA
BolívarFigueiredoé jornalistae
artistaplásticoformadoemBrasília,militante
verde e fundador nacional do PV,
sagitariano, calango do cerrado e
assuntadordefatosevarredordepalavras.
Intõ. Voltando ao espaço
jornalístico que já andei
fuçando e assuntando, trilharei
pelo Circuito que vai além de
Mato Grosso, do editorial e dos
fatos. Sinto-me em casa e com
o desafio de fincar a bandeira
na cidade da Chapada dos
Guimarães – de resistência
histórica, cultural e ecológica, a
filha de Nossa Senhora de
Sant’Ana, de Estevão de
Castro, da Martinha, de São
Jerônimo, do Jorge Índio, do
Parque Nacional e de todos os
calangos do cerrado, de casas
novas ou da Aldeia Velha, da
falta de água, da Lebrinha e da
comunidade da Água Fria.
Estou baixando aqui feito
download de net a rádio, bem
devagarzinho, buscando
PÉROLAS
Esta mulher é doida
demais...
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OSS’S
Manifesto contra o
Governo e Assembleia
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RENÚNCIA FISCAL
CDL rechaça política
de incentivos de MT
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lembranças da década de 70,
quando conheci a Chapada e
hoje com os contrastes e
desafios de uma cidade
cotidiana do ano 2000 e de
Copa do Mundo, e não apenas
de feriados e final de semana.
Estarei em Chapada dos
Guimarães 24 horas por
segundo. Já até transferi o titulo
de eleitor, falta ainda a
carteirinha do Posto de Saúde.
Ficarei atento aos fatos de
minha nova cidade, e de um
antigo amor correspondido.
Ficarei mais atento do que
político pedindo voto, mais
atento do que comadre
varrendo a rua em frente a sua
casa. Nos 811 metros deste
maciço que divide a Bacia
Amazônica e a do Prata, vou
aguçar meu olhar de ave de
rapina predadora em busca do
fato e das fotos. No oficio de
jornalista, irei varrer palavras e
ações para ordenar fatos e
histórias. Como contou o poeta
pantaneiro Manoel de Barros
sobre os varredores de ossos,
que ele via em sua infância, e
depois descobriu que estas
pessoas esquisitas eram
arqueólogos. E assim irei varrer
o dia a dia da Chapada até
tirar dos fatos palavras que
ressoem feito o grito grave da
Tetê, não da Tetê Bezerra, e sim
da Tetê Espíndola (a voz de
arara), com ecos além das
falésias e do planalto e do
macrofúndio de eucalipto da
Sadia. E que minhas matérias
e esta coluna sirvam tal qual os
bancos de Praça da Matriz e do
Senadinho, um espaço para
varrermos palavras e histórias.
PARALELO 15
Bom. Já assuntei e disse
pra que vim, falta esclarecer o
nome da coluna: Paralelo 15.
É uma pequena homenagem
que faço ao sonho de São João
Bosco, que em 30 de agosto de
1883 revelou: “Entre os
paralelos de 15º e 20º havia
uma depressão bastante larga e
comprida, partindo de um
ponto onde se formava um
lago. Então, repetidamente,
uma voz assim falou: “Quando
vierem escavar as minas
ocultas, no meio destas
montanhas, surgirá aqui a Terra
Prometida, vertendo leite e mel;
será uma riqueza
inconcebível”. Com este
sonho ficou demarcada uma
profecia. Paralelo consiste na
linha do Equador que divide
o planeta em Hemisfério Sul e
Hemisfério Norte. O Paralelo
15 Sul é uma linha paralela
à do Equador que corta o
continente sul-americano do
Oceano Atlântico ao
Oceano Pacífico em sua
região central. Nesta trilha
estão cidades místicas, de
patrimônio ambiental e
cultural destacados. Citamos,
por exemplo: Porto Seguro,
Brasília, Pirenópolis, Goiás
Velho, Serra do Roncador,
Chapada dos Guimarães,
Cuiabá, Vila Bela da
Santíssima Trindade, Lago
Titicaca e a região de Ica,
onde estão as linhas e
geóglifos da planície de
Nazca, no Peru. Saravá,
Amém e até semana que
vem!