CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
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CUIABÁ, 21 A 27 DE AGOSTO DE 2014
MILHO
Preço mínimo do milho vai subir
Valor foi sinalizado pelo Ministro da Agricultura, Neri Geller, durante Circuito Aprosoja emNova Mutum
SandraCarvalho
Fixado atualmente em
R$ 13,52, o preço mínimo
do milho vai subir em 2014.
A afirmação foi feita durante
o Circuito Aprosoja em
Nova Mutum peloMinistro
da Agricultura, Neri Geller.
De acordo com ele, o valor
é definido pelos custos
variáveis de produção –
cálculo esse que cabe à
Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) e
que está em torno de R$
14,50, R$ 14,60.
Apesar da projeção de
alta, a Associação de
Produtores de Soja e Milho
de Mato Grosso (Aprosoja-
MT), trabalha com outro
valor. “Já enviamos à
Secretaria de Política
Agrícola um estudo
sinalizando o valor de R$
17,84, a partir de uma
análise detalhada feita pelo
Instituto Mato-grossense de
Economia Agropecuária
(Imea)”, afirma o presidente
da entidade, Ricardo
Tomczyk.
“Obviamente, se houver
questionamento sobre o
valor proposto, vamos
analisar. Estamos abertos
para discutirmos com os
técnicos das entidades que
representam o setor
produtivo. Faz parte do
processo”, antecipou Neri
Geller. De acordo com o
ministro, a Secretaria de
Política Agrícola está
avaliando esses estudos,
ENCONTRO
SandraCarvalho
Cuiabá sedia nesta
quinta-feira (21/08) o
Encontro de Negócios
de Alimentos
e Bebidas de Mato
Grosso. O evento, que
envolve um dos setores
que mais cresce no país,
será uma grande
oportunidade para
estreitar relacionamento
entre a cadeia produtiva
de panificação, alimentos
e bebidas e empresas
fornecedoras de
máquinas e
equipamentos, produtos
e serviços de outros
estados, como também
para conhecer novas
tecnologias, aumentar
produtividade, gerar
negócios, oportunidades
e se tornar mais
competitivo.
Haverá showroom
com 30 expositores de
produtos e serviços de
indústrias de São Paulo,
Paraná, Minas Gerais,
Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul. Estarão
expostos: fornos,
utensílios industriais,
boleadeiras, alimentos
processados, pães e
massas congelados,
sorvetes, refeições e
salgados congelados,
farinhas, distribuidoras
de gás, refrigerantes e
água mineral,
embalagens, destinação
de resíduos industriais,
entre outros.
Também serão
realizadas Rodadas de
Negócios entre empresas
compradoras e
ofertantes. Estão sendo
aguardados em torno de
150 empresários de
indústrias de panificação,
Alimentos e
bebidas em pauta
panificadoras, bares,
restaurantes, hotéis,
minimercados, entre
outros. “Será uma
excelente oportunidade
para empresários, novos
empreendedores e
demais profissionais
envolvidos com os
segmentos de
panificação, alimentos
ebebidas adquirirem
novos conhecimentos e
trocar experiências”,
afirma o presidente do
Sindipan-MT, Carlos
Polaco.
Segundo o gestor do
projeto Indústria
Alimentos e Bebidas pelo
Sebrae-MT, Diego
Menegatti, o encontro
atende demanda dos
empresários do setor.
“Percebemos que o
segmento de panificação
em Mato Grosso se
organiza a cada dia,
participa de feiras
nacionais e
internacionais. Por isso,
o Sebrae-MT entendeu a
importância de realizar
esse evento, que, com
certeza, vai fomentar
toda a cadeia produtiva,
além de gerar novas
oportunidades de
negócios.
A indústria da
panificação de Mato
Grosso é composta por
cerca de 600 empresas,
segundo dados do
Instituto Tecnológico da
Panificação e Confeitaria
(ITPC). Censo do
Sebrae-MT de 2012
aponta que há 336
empresas de alimentos
e bebidas na região
metropolitana de Cuiabá,
das quais 73% estão na
capital e 27% em Várzea
Grande
para então levar a proposta
para validação junto ao
ConselhoMonetário
Nacional (CMN). A intenção
é que o preço mínimo seja
definido em breve para
entrar em vigor em janeiro
de 2015.
Até meados da década
de 1970, o Brasil era um
tradicional importador de
alimentos. Como forma de
estimular a produção de
alimentos como o milho,
essencial para a segurança
alimentar nacional e
fundamental para a
produção de aves e suínos,
o Governo Federal criou
uma série de políticas
agrícolas. O objetivo era
garantir condições de
produção, assegurando
renda mínima aos
produtores.
Um dos mecanismos
mais importantes dessas
políticas agrícolas é o
estabelecimento de preços
mínimos estaduais por
produto, que são definidos
anualmente para o próximo
exercício (ano civil).
Funcionam como uma
referência para o Governo
Federal: quando o mercado
passa a trabalhar com
valores abaixo desse
patamar, é momento de
intervenção oficial para a
equalização dos preços,
garantindo ao produtor o
mínimo necessário para
manter a produção.
Associação dos Produtores de Soja de Mato
Grosso projeta que novo valor seja R$ 17,84