EDIÇÃO IMPRESSA - 502 - page 2

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CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 21 A 27 DE AGOSTO DE 2014
OPINIÃO
P
G
2
ENTRE ASPAS
EDITORIAL
Ficha limpa
#BOMBOUNAREDE
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Persio Domingos Briante
CIRCUITOMATOGROSSO
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Souza, Diego Frederici
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Diretora-executiva:
Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
MT-DIGITAL
Governo terá que se defender no TJ
Tribunal de Justiça de Mato Grosso intimou envolvidos no caso MT-Digital a apresentar defesa de supostas irregularidades.
Denúncia começou no Circuito
Diego Frederici
Publicada no último
dia 7 de agosto, o Tribunal
de Justiça de Mato Grosso
(TJ-MT) intimou os
envolvidos no processo do
MT-Digital - Estado de
Mato Grosso, Secretaria
de Estado de Planejamento
e Coordenação Geral,
Arnaldo Alves de Souza
Neto, Centro de
Processamento de Dados
do Estado de Mato
Grosso, Wilson Celso
Teixeira – e o consórcio
formado por Oi S/A e Oi
Móvel S/A, num negócio
de R$ 429 milhões,
cercado de vícios legais e
administrativos, e que foi
denunciado primeiro no
Circuito Mato Grosso
,
ainda em 2013.
O MT Digital é um
controverso projeto do
governo estadual,
proposto em outubro de
2013 por meio do
processo administrativo nº
458450/2013, cujo objeto
é a “contratação de
empresa especializada para
prestação de serviços de
tecnologia da informação”.
Entretanto, a proposta
engloba tantas demandas,
da infraestrutura a sua
gestão, que não seria um
erro compará-la a uma
terceirização do Centro de
Processamento de Dados
de Mato Grosso, proposta
defendida pelo presidente
da autarquia, Wilson
Teixeira e pelo diretor
técnico Djalma Soares.
Indícios de fraude
apontados pelo
Circuito
Mato Grosso
, que
inclusive adiantou em
dezembro de 2013 que a
organização portuguesa
venceria o certame num
suposto esquema de
favorecimento e licitação
direcionada, colocaram
dúvidas sobre a lisura de
um negócio com custo tão
alto para os cofres
públicos estaduais,
sobretudo pelo fato de o
MT Digital conter trechos
idênticos a um estudo
realizado pela própria
multinacional e entregue
ao governo com o objetivo
de “atender às demandas
de tecnologia da
informação”, em janeiro de
2012. O valor de R$ 429
milhões, aceito pela única
empresa a fazer uma
proposta pelo serviço, a Oi
S/A, e que resolveu “dar
um desconto” em seu
lance inicial de quase R$
800 milhões, chamou a
atenção não só de outras
empresas que
questionaram o “lote
único” da licitação, isto é,
o fato de um serviço que
exige conhecimento e
experiência de diversas
áreas da tecnologia ser
realizado por uma única
companhia, mas também
do Ministério Público
Estadual (MPE), que na
figura do promotor Clóvis
de Almeida Júnior pediu a
suspensão do negócio na
Justiça. Acatando a
recomendação do MPE, a
juíza Celia Regina Vidotti
suspendeu por liminar o
edital nº 010/2013, no dia
30 de maio de 2014. Em
seu despacho, a
magistrada foi categórica:
“Não existe no mercado
uma única empresa com
capacidade para atender
todos os itens solicitados.
Fatalmente a empresa
vencedora deverá
subcontratar uma série de
produtos e serviços, o que
resulta em maiores custos
e possibilita uma atuação
espúria, motivada por
benefícios ou interesses
escusos e que não
atendem a finalidade
social”.
Em face do caráter
duvidoso do negócio, o
Cepromat revogou o
pregão 010/2013,
publicado no Diário Oficial
de Mato Grosso no dia 11
de julho de 2014. Mesmo
com a decisão do órgão
estadual, que reiniciou o
negócio e abrirá uma nova
concorrência, o “Estado
ainda poderá sofrer outro
inquérito”, afirmou o
promotor Clóvis de
Almeida.
O presidente do Cepromat, Wilson Teixeira (dir.), liderou o MT Digital e agora deve
apresentar defesa para denúncias de improbidade de autoria do MPE
Nesta semana as redes sociais foram invadidas por
vídeos de famosos encarando o ‘desafio do gelo’ e
jogando um balde de água fria na cabeça. Paralelo a isso,
começou a circular também nas redes sociais uma charge
ironizando os cuiabanos que estariam impossibilitados de
entrar na brincadeira, por conta do atendimento precário
prestado pela CAB. Em tempo: a corrente tem como
objetivo levantar fundos para portadores de uma doença
rara, a esclerose lateral amiotrófica (ELA).
“Meu nome foi envolvido, assim como o do
senador Taques e da esposa dele. Eu tenho
explicação para tudo o que está naquele
processo. Eu não tenho preocupação com o
desenrolar dessa operação.”
Candidato ao Governo deputado José Riva
(PSD) sobre investigações da Operação Ararath,
que apura crimes contra o sistema financeiro.
“Eu quero dizer que
não bato boca com
presidiário. Só isso.”
Senador e candidato ao
Governo Pedro Taques
(PDT), ao rebater
declarações de José
Riva.
“Escolhemos a Arena Pantanal
por ser um estádio de Copa do
Mundo, padrão Fifa e que
poderá receber um bom número
de torcedores para um jogo
contra um time grande.”
Presidente do Bragantino, Marcos
Chedid, ao confirmar escolha da
Arena Pantanal como palco do
confronto entre Bragantino e
Corinthians, pela Copa do Brasil.
“Acredito que está
tudo absolutamente
tranquilo.”
Presidente da Câmara
de Cuiabá, Júlio
Pinheiro (PTB), sobre
eleição da Mesa
Diretora, marcada para
o próximo dia 25, em
que ele deverá ser
reeleito.
“Essa região terá
prioridade absoluta em
nosso Governo.”
Candidato a presidente Aécio
Neves (PSDB), durante sua
passagem por Mato Grosso.
A campanha eleitoral para o pleito de
outubro próximo já está nas ruas. Nas redes
sociais, discussões acaloradas inflamam os
bastidores do processo. Cada um defendendo sua
bandeira. Na TV, a propagandas dos candidatos
começam repetindo estratégias de décadas:
lágrimas, euforia e promessas, muitas
promessas. Algumas coerentes, outras
irrealizáveis. O cômico – se não fosse trágico –
tambémmarca presença. Nas ruas, ainda
predominam a apatia e o grande número de
indecisos. Sem dúvida, não será uma missão
fácil escolher em quem votar. Talvez valha
mesmo escolher por eliminatória, riscando os
nomes que são sinônimos de corrupção,
improbidade administrativa, ficha suja e outros
adjetivos que manchem a moral do candidato. E,
aí, os que sobrarem poderão ser merecedores do
voto. O voto consciente, que não tem preço, não
vale um tanque de combustível ou algumas
migalhas que após as eleições poderão custar
vidas. Votar em branco, nulo ou não comparecer
às urnas pode até parecer uma forma de protesto
contra a política suja que revolta o cidadão
brasileiro. Porém, protestar mesmo é não votar
naqueles que já atestaram a falta de
compromisso com os interesses da sociedade
ou naquele que ingressa na política apenas como
pretexto para galgar o poder. Se o poder emana
do povo, cabe ao povo exercer com consciência
o direito de escolher os próximos governantes,
deputados e senadores. Ou mais uma vez não
adiantará engrossar o coro das lamentações.
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