CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
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CUIABÁ, 3 A 9 DE JULHO DE 2014
MT-020
Motoristas levam 10h na MT-020
Trecho de 200 km é percorrido a 20 km/h pelos motoristas para evitar danos maiores aos caminhões
Sandra Carvalho
Edgard Costa
O caos volta a se
instalar na MT-020, que
liga Paranatinga a Gaúcha
do Norte. Segundo o
motorista Alexandre
Ferreira, muitos levam até
10 horas para percorrer
200 km, média de 20km/
h, para não destruir os
caminhões.
Alexandre não
esconde a revolta: “Se
não pagarmos os
impostos, não podemos
nem carregar o caminhão
para fazer nenhum tipo de
transporte, mas não
estamos vendo o retorno
em investimentos na
infraestrutura do estado”.
Ele destaca que
existem pontos críticos
em que é necessário
engatar a primeira marcha
para atravessar, e clama
por socorro: “Estamos
tendo muito prejuízo com
a manutenção dos
caminhões”. Segundo ele,
ao longo do percurso
sempre existem veículos
parados por problemas
Começa o ‘Estradeiro’ pela BR-242
Com a planilha de
recomendações feitas há
um ano, ao fim do
Estradeiro da BR-242,
em mãos, a equipe do
Movimento Pró-
Logística voltou a
campo no dia 1º de
julho para checar o
status atual da
pavimentação da
rodovia, que corta boa
parte da região Nordeste
de Mato Grosso. Entre
os pontos mais
importantes do check-
list, estão adequações
sugeridas em diversos
trechos e a implantação
de pontes em trechos.
Entre os municípios
visitados neste
Estradeiro, estão
Sorriso, Água Boa, Nova
Xavantina, Nova
Ubiratã, Gaúcha do
Norte e Querência. A
Tangará é grande produtor
O município de
Tangará da Serra é um
grande produtor de
abacaxi do Estado, a
cultura já ocupa uma área
de 200 hectares e obtém
produtividade média de 23
mil frutos/hectare. O
custo para implantação da
cultura do abacaxi está
em torno de R$ 8 mil por
hectare. Hélio ressalta que
caso o produtor já tenha a
muda, o custo cai pela
metade. Vendendo o fruto
por R$ 2,00 a unidade, o
produtor pode retirar da
lavoura aproximadamente
R$ 46 mil em apenas um
hectare. “Nossa intenção
é apresentar uma
variedade ideal para os
agricultores rurais em
2015”, declara Hélio.
Técnico realiza pesquisa com
a cultura do abacaxi
PESQUISA
SandraCarvalho
Comobjetivo de
avaliar a melhor época de
plantio, indução floral,
colheita e o escalonamento
da produção do
abacaxizeiro, o pesquisador
da EmpresaMato-
grossense de Pesquisa,
Assistência e Extensão
Rural (Empaer) HélioKist
realiza um estudo com a
cultivar Ajuba e mostrou
resultados preliminares.
Plantada pela primeira
vez emMato Grosso, a
fruta apresenta tolerância à
luminosidade e
temperatura, destacando-se
pelo sabor doce. A
pesquisa começou em
2012, no Campo
Experimental de Tangará
da Serra (239 km a Médio-
Norte de Cuiabá) e segue
para os campos de Sinop e
Cáceres.
Segundo Kist, a ideia é
deslocar a colheita para
períodos mais favoráveis do
ano, atendendo as
necessidades do produtor
rural e do mercado. Hélio
explica que existemvários
fatores limitantes ao cultivo e
destaca a colheita dos frutos
que ocorre em épocas de
excesso de oferta, preços
baixos, além da
desuniformização da colheita
provocada pelo
florescimento natural, o
que eleva os custos de
produção. Nesta primeira
colheita, a Ajuba pesa
somente 1,1 kg, mas a
expectativa é que o fruto
atinja o peso médio de 1,5
kg. Os experimentos vão
determinar a fenologia e
interação com a
sazonalidade de produção
dos abacaxizeiros de
mudas produzidas in vitro
tambémdas variedades
IAC-Fantástico, Vitória e
Pérola. “Estamos
aproveitando as qualidades
dos frutos, a ideia é fazer
com que a indução do
florescimentol escolha o
momento correto para o
período da colheita”,
esclarece Kist. (Com
Assessoria)
comitiva reúne 18
participantes e é
coordenada pelo
Movimento Pró-
Logística, que por sua
vez é presidido pela
Associação de
Produtores de Soja e
Milho de Mato Grosso
(Aprosoja-MT).
O foco principal é
verificar as condições
de trafegabilidade das
rodovias percorridas e a
qualidade das obras dos
governos federal e
estadual. A rodovia já
está pavimentada entre
Sorriso e a comunidade
de Vila Santiago do
Norte, distrito de
Paranatinga, sendo que
82 km entre os
municípios de Sorriso e
Nova Ubiratã contam
com a manutenção da
concessão gerida pela
associação de
produtores da região. O
único pedágio desse
trecho concessionado
localiza-se no
entroncamento da BR-
242 com a BR-163.
O trecho que ainda
não foi pavimentado, de
Vila Santiago do Norte a
Querência, é composto
por três lotes que serão
licitados até o final de
2014. A pavimentação
desse trecho é
fundamental para a
região leste do estado,
porque interligará a BR-
163 à BR-158 – duas
importantes vias para o
escoamento agrícola de
Mato Grosso. Um dos
problemas identificados
em 2013 é a ausência
das pontes entre Nova
Ubiratã e Vila Santiago
do Norte, o que aumenta
o risco de acidentes no
local. O trecho original é
de 154 km, mas com os
desvios das pontes a rota
ganha aproximadamente
35 km a mais. (Com
Assessoria)
mecânicos devido às
péssimas condições de
tráfego da rodovia.
Durante a última
safra, a Prefeitura de
Paranatinga colocou os
seus maquinários na
rodovia fazendo a
recuperação de pontos
críticos e inclusive
serviço de cascalhamento
em alguns trechos a fim
de dar suporte aos
produtores para o
escoamento de grãos,
além do transporte de
cargas vivas que
abastecem o frigorifico
local. Equipamentos de
uma empreiteira até foram
colocados na rodovia para
iniciar os trabalhos de
asfaltamento no início do
ano, mas por falta de
empenho do governo do
Estado a empreiteira
abandonou a obra.
Associação Pró-
logística de Paranatinga
foi criada recentemente
com membros de várias
entidades no município e
no momento está
procurando resolver os
problemas da MT-30
entre Paranatinga a
Primavera do Leste e a
seguir vai procurar ver a
situação da 020, segundo
relatou o seu presidente.
O município de
Paranatinga possui mais
de 3.000 km de vias
vicinais para que a
prefeitura possa fazer
manutenção e
preservação, sendo assim
praticamente impossível
ainda colocar os seus
maquinários em vias
estaduais, a exemplo da
020 e 130. (Paranatinga
News)
Além de exaustivas para os motoristas, condições da rodovia torna frete demorado e caro
Proprietários dos caminhões contabilizam
prejuízos com a reposição constante de peças
Aprosoja avalia condições das estradas mato-grossenses usadas para escoamento da safra
Experimentos vão determinar interação
com a sazonalidade da produção
Município do Médio-Norte é
recordista em produção de abacaxi