 
          #
        
        
          CIRCUITOMATOGROSSO
        
        
          CUIABÁ, 3 A 9 DE JULHO DE 2014
        
        
          OPINIÃO
        
        
          P
        
        
          G
        
        
          2
        
        
        
          ENTRE ASPAS
        
        
          EDITORIAL
        
        
          OS OLHOS VENDADOS DO TCE
        
        
          #BOMBOUNAREDE
        
        
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          Glauco Martins
        
        
          Revisão:
        
        
          Marinaldo Custódio
        
        
          Reportagem:
        
        
          Camila Ribeiro, Rafaela
        
        
          Souza, Diego Frederici e
        
        
          Renan Marcel
        
        
          Fotografia:
        
        
          André Romeu
        
        
          Editora:
        
        
          Sandra Carvalho
        
        
          Av. Miguel Sutil, 4001C - Pico do Amor - Cuiabá - MT - CEP 78010-500 - Fone: (65) 3023-5151 E-mail 
        
        
        
          Diretor Comercial:
        
        
          José Carlos Teixeira de Carvalho
        
        
        
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          REPRESENTANTE COMERCIAL
        
        
          ESSENCIAL Mídia e Serviços de Publicidade Ltda.
        
        
          São Paulo – SP.
        
        
          Tel.: (11) 3834-0349/99469-0331
        
        
        
          Rio de Janeiro – RJ
        
        
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          Curitiba - PR
        
        
          Tel.: (41) 3306-1659/7811-5476/9979-0683
        
        
        
        
          Porto Alegre – RS
        
        
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          Florianópolis – SC
        
        
        
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          Belo Horizonte – MG
        
        
        
        
          Tel.: (31) 2551-1308/7815-3096/7815-3095
        
        
          REPRESENTANTE COMERCIAL
        
        
          MEDIA OPPORTUNITIES LTDA
        
        
          Brasília - DF
        
        
          Tel.: (61) 3447-4400  7811-7338
        
        
        
          REPRESENTANTE COMERCIAL
        
        
          MEDIA OPPORTUNITIES LTDA
        
        
          Diretora-executiva:
        
        
          Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
        
        
          MT SAÚDE
        
        
          Plano leva calote de R$ 11 milhões
        
        
          MPE aciona ex-gestores do MT Saúde e requer indisponibilidade de bens para cobrir desvio de recursos
        
        
          Foto: André Romeu
        
        
          Sandra Carvalho
        
        
          Mais de R$ 11milhões
        
        
          foram desviados dos cofres
        
        
          do MT Saúde no período em
        
        
          que a autarquia foi
        
        
          administrada pelas empresas
        
        
          Saúde Samaritano
        
        
          Administradora de
        
        
          Benefícios e Open Saúde –
        
        
          Operadora de Planos de
        
        
          Saúde. A conclusão partiu
        
        
          doMinistério Público do
        
        
          Estado de Mato Grosso que
        
        
          ingressou com ação civil
        
        
          pública por ato de
        
        
          improbidade administrativa,
        
        
          compedido liminar,
        
        
          requerendo a
        
        
          indisponibilidade de bens dos
        
        
          envolvidos no esquema
        
        
          fraudulento. As
        
        
          investigações foram
        
        
          conduzidas pela 13ª
        
        
          Promotoria de Justiça de
        
        
          Defesa do Patrimônio
        
        
          Público e da Probidade
        
        
          Administrativa deCuiabá.
        
        
          Ao todo, 12 pessoas,
        
        
          entre físicas e jurídicas,
        
        
          foram acionadas pelo
        
        
          Ministério Público. A lista
        
        
          incluiu, além de diretores das
        
        
          duas empresas, o ex-
        
        
          secretário de Estado de
        
        
          Administração, César
        
        
          Roberto Zílio; o ex-
        
        
          presidente doMT Saúde,
        
        
          Gelson Ésio Smorcinski; o
        
        
          secretário adjunto de
        
        
          Administração,Marcos
        
        
          Rogério Lima Pinto e Silva, e
        
        
          a empresa Remanso
        
        
          Prestadora de Serviços
        
        
          Terceirizados.
        
        
          Segundo oMinistério
        
        
          Público, as empresas Saúde
        
        
          Samaritano e Open Saúde,
        
        
          juntamente com alguns de
        
        
          seus sócios, foram
        
        
          dolosamente cooptadas para
        
        
          colaborar com esquema de
        
        
          desvio de recursos públicos
        
        
          do MT Saúde. As
        
        
          irregularidades começaram
        
        
          com a forma utilizada para a
        
        
          contratação das duas
        
        
          empresas, que se deu por
        
        
          meio de dispensa de licitação.
        
        
          OMPE alega, ainda, que as
        
        
          duas empresas não tinham
        
        
          qualquer condição para gerir
        
        
          o plano do InstitutoMato-
        
        
          grossense e não poderiam ter
        
        
          sido habilitadas a participar
        
        
          do certame.
        
        
          Durante as
        
        
          investigações, foi constatado
        
        
          que a autarquia repassou à
        
        
          Saúde Samaritano o valor de
        
        
          R$ 21,8 milhões, mas boa
        
        
          parte dos pagamentos pelos
        
        
          serviços prestados à rede
        
        
          credenciada não foi
        
        
          efetivada, gerando confusão
        
        
          e prejuízos aos servidores
        
        
          filiados ao plano. “Ora, se as
        
        
          empresas contratadas
        
        
          deixaram de pagar a rede
        
        
          credenciada, logicamente
        
        
          esse recurso foi parar em
        
        
          algum outro lugar,
        
        
          reforçando a tese de desvio
        
        
          de recursos”,
        
        
          destacou o promotor
        
        
          de Justiça Roberto
        
        
          Aparecido Turin, em
        
        
          um trecho da ação.
        
        
          Segundo ele, a
        
        
          “balbúrdia gerada foi
        
        
          tamanha” que o
        
        
          Estado deMato
        
        
          Grosso, por meio do
        
        
          MT Saúde, resolveu
        
        
          assumir a dívida
        
        
          acumulada com a rede
        
        
          credenciada no valor
        
        
          de R$ 43.891.360,51.
        
        
          São valores referentes
        
        
          aos procedimentos
        
        
          médicos executados
        
        
          no período de vigência
        
        
          do contrato 006/2011,
        
        
          firmado com as duas
        
        
          empresas, entre 01/07/2011
        
        
          a 31/03/2012.
        
        
          Durante as
        
        
          investigações, oMPE
        
        
          verificou que até mesmo a
        
        
          empresa Open Saúde
        
        
          ingressou commedida
        
        
          cautelar requerendo o
        
        
          bloqueio da conta bancária
        
        
          da Saúde Samaritano, sob a
        
        
          alegação de diversas
        
        
          irregularidades na gestão
        
        
          contábil e financeira da
        
        
          sociedade limitada, inclusive
        
        
          com denúncia de desvio de
        
        
          dinheiro público. A referida
        
        
          empresa alega que executou
        
        
          o serviço objeto do contrato
        
        
          com o MT Saúde, mas não
        
        
          recebeu da Saúde
        
        
          Samaritano.
        
        
          “Conclui-se que o
        
        
          dinheiro repassado pelo
        
        
          Estado de Mato Grosso à
        
        
          FORAM ACIONADOS
        
        
          PELO MPE
        
        
          César Roberto Zílio, Gelson
        
        
          Ésio Smorcinski, Marcos Rogério
        
        
          Lima Pinto e Silva, Open Saúde
        
        
          Ltda, Antônio Carlos Barbosa,
        
        
          Saúde SamaritanoAdministradora
        
        
          de Benefícios Ltda, Marcelo
        
        
          Marques dos Santos, João Enoque
        
        
          Caldeira da Silva,Washington Luiz
        
        
          Martins da Cruz, Remanso
        
        
          Prestadora de Serviços
        
        
          Terceirizados Ltda, Hilton Paes de
        
        
          Barros e Nirley Storch Dutra.
        
        
          Saúde Samaritano não foi
        
        
          destinado à rede credenciada
        
        
          de prestadores de serviços
        
        
          (ao menos em boa parte)
        
        
          nem tampouco à empresa
        
        
          Open Saúde, que afirma ter
        
        
          efetivamente prestado os
        
        
          serviços concernentes ao
        
        
          contrato”, acrescentou o
        
        
          promotor de Justiça.
        
        
          Para realização do esquema fraudulento, segundo o
        
        
          Ministério Público, a empresa Saúde Samaritano utilizou-se de
        
        
          uma terceira empresa, a Remanso Prestadora de Serviços
        
        
          Terceirizados Ltda. “ASaúde Samaritano firmou contrato de
        
        
          prestação de serviços deAssessoria Empresarial, Assessoria
        
        
          Logística e Auditoria com a com a empresa Remanso tão
        
        
          somente como propósito de “legitimar” o desvio de recursos
        
        
          públicos, vez que não houve a efetiva prestação dos serviços
        
        
          descritos nas notas fiscais”, explicou Turin.
        
        
          Segundo ele, entre os serviços apresentados nas notas
        
        
          fiscais constou o projeto de implantação de farmácia peloMT
        
        
          Saúde. “Bastou uma simples busca noGoogle para detectar que
        
        
          o projeto apresentado pela Remanso, como fimexclusivo de
        
        
          justificar os altos valores recebidos da Saúde Samaritano, não
        
        
          passa de cópia e cola de informações obtidas na internet, como é
        
        
          o caso das páginas da secretaria de Saúde do Estado deMinas
        
        
          Gerais e do portal Novo Negócio”, destacou o promotor de
        
        
          Justiça. As investigações doMPE comprovamque
        
        
          aproximadamente R$ 12milhões saíramdos cofres públicos do
        
        
          MT Saúde sem a correspondente prestação de serviços. Desse
        
        
          montante, R$ 4 milhões foram sacados em espécie. “É de
        
        
          conhecimento notório que esse tipo demovimentação é típico de
        
        
          empresas envolvidas emescândalos de corrupção, pois dificulta
        
        
          o conhecimento do destino final do dinheiro”, afirmou.
        
        
          Samaritano usou outra
        
        
          empresa para desviar
        
        
          Uma cena, no mínimo inusitada, foi
        
        
          compartilhada centenas de vezes ao longo
        
        
          da última semana na rede social Facebook.
        
        
          A foto tirada por um jornalista do portal
        
        
          Repórter MT
        
        
          mostra uma moto que acabou
        
        
          caindo em um buraco na Avenida
        
        
          Historiador Rubens de Mendonça (Avenida
        
        
          do CPA), uma das principais vias da capital
        
        
          mato-grossense. Por aí se vê que a situação
        
        
          não vai nada bem. Se no centro está assim,
        
        
          imagina na periferia.
        
        
          “Não existe aditivo ao
        
        
          contrato de execução do
        
        
          VLT. O contrato inicial
        
        
          venceu no dia 13 de março e
        
        
          a vigência no dia 11 de
        
        
          junho, provavelmente a
        
        
          Secopa irá aditivar sem o
        
        
          suporte jurídico.”
        
        
          Conselheiro substituto do TCE e relator
        
        
          das contas da Secopa, João Batista de
        
        
          Camargo Júnior, sobre o contrato do
        
        
          Veículo Leve sobre Trilhos.
        
        
          “Da minha parte eu nunca
        
        
          serei o primeiro a atacar e
        
        
          trazer denúncias vazias,
        
        
          porque isso não interessa
        
        
          à sociedade. As pessoas
        
        
          não querem um candidato
        
        
          de situação ou oposição,
        
        
          querem um bom
        
        
          candidato.”
        
        
          José Riva (PSD), durante
        
        
          convenção partidária que
        
        
          confirmou sua candidatura
        
        
          ao Governo do Estado.
        
        
          “Se eu nunca administrei
        
        
          nada, também nunca roubei
        
        
          nada.”
        
        
          Senador e candidato ao
        
        
          Governo de Mato Grosso,
        
        
          Pedro Taques (PDT), quando
        
        
          questionado sobre sua falta de
        
        
          experiência política.
        
        
          “Ele precisa estudar e ler
        
        
          mais para falar da Educação
        
        
          em Mato Grosso. Ele precisa
        
        
          lavar a boca antes de falar
        
        
          mal de nós.”
        
        
          Candidato ao Palácio
        
        
          Paiaguás, Lúdio Cabral (PT),
        
        
          ao rebater críticas de Pedro
        
        
          Taques sobre a situação da
        
        
          educação em Mato Grosso.
        
        
          “O nome de Helmuth surgiu porque
        
        
          ele vem mostrando  muita
        
        
          competência,  dedicação e seriedade
        
        
          à frente do Luverdense. Acredito
        
        
          que na FMF ele vai desempenhar da
        
        
          mesma maneira,  com muita
        
        
          competência.”
        
        
          Presidente da Federação Mato-
        
        
          grossense de Futebol, Carlos Orione,
        
        
          ao ‘passar’ a gestão da Federação
        
        
          para Augusto Helmuth Lawisch, que
        
        
          até então presidia o Luverdense
        
        
          Esporte Clube.
        
        
          O Tribunal de Contas de Mato Grosso aprovou, por
        
        
          unanimidade, as contas do governo Silval Barbosa de 2013
        
        
          com 37 recomendações referentes a cinco falhas graves.
        
        
          Uma prática bem comum no TCE, que repetidas vezes aprova
        
        
          contas com várias recomendações e inclusive commultas
        
        
          baseadas nos apontamentos dos técnicos do Ministério
        
        
          Público de Contas. Fica a nítida impressão de que todo o
        
        
          trabalho feito pelo MPC vai para o ralo, com raríssimas
        
        
          exceções. Além do que, as recomendações feitas aos gestores
        
        
          muitas vezes são ignoradas. Tanto que ao analisar as contas
        
        
          de anos seguintes novamente os técnicos apontam uma
        
        
          dezena de reincidências. E fica o cidadão mato-grossense se
        
        
          perguntando qual o efetivo papel do TCE. Se o órgão existe
        
        
          para fiscalizar a gestão pública, por que tem sido tão
        
        
          complacente com absurdos cometidos por gestores mal
        
        
          preparados, ou mal assessorados ou ainda mal-intencionados?
        
        
          É preciso fazer valer todo o empenho dos técnicos e punir
        
        
          efetivamente os responsáveis pelos erros que colocam em
        
        
          xeque o futuro do Estado e a dignidade do mato-grossense!
        
        
          Saúde, educação, segurança, logística... setores essenciais
        
        
          relegados ao abandono enquanto empresas ficam isentas de
        
        
          impostos sem justificativas plausíveis para tal benefício.
        
        
          Lembrando que o TCE tem um número reduzido de pessoal e
        
        
          consome cifras milionárias dos cofres públicos. Portanto, a
        
        
          sociedade espera um TCE muito mais eficiente, austero,
        
        
          menos complacente e mais fiel ao MPC.
        
        
          ERRATA
        
        
          O número da edição passada saiu
        
        
          errada, onde se lê 493 lê-se 494