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CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
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G
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CUIABÁ, 24 A 30 DE OUTUBRO DE 2013
MINHA CASA
Mercado imobiliário, no entanto, reclama da falta de investimento em imóveis de luxo na Capital.
Por: Diego Frederici Fotos: Mary Juruna.
Já são R$ 437 milhões financiados
A demanda por
crédito imobiliário vem
crescendo nos últimos
anos no Brasil. Segundo
dados da Associação
Brasileira das Entidades
de Crédito Imobiliário e
Poupança (ABECIP), em
2016, a participação no
Produto Interno Bruto
desse tipo de
financiamento será de
9,8%; atingindo a cifra
de mais R$ 600 bilhões.
Mato Grosso, um Estado
predominantemente
agrícola, também
aproveita a onda de
investimentos em
imóveis, sobretudo em
programas do Governo
Federal, como o
Minha
Casa, Minha Vida.
De acordo com o
gerente de mercado da
superintendência do
Banco do Brasil em
Mato Grosso, Levi
Carneiro Nepomuceno,
só em 2013, foram
financiados mais de R$
437 milhões em todo o
Estado para o
programa. Para ele o
mercado está aquecido,
pois, diferente de outros
países, que possuem
participação bem mais
contundente no PIB em
financiamentos
imobiliários, o Brasil só
tem a crescer em valores
e número de operações
de crédito para adquirir
imóveis.
Sobram ofertas para classe
D, faltam imóveis de luxo
O presidente do
Conselho Regional de
Corretores de Imóveis de
Mato Grosso (Creci), Ruy
Pinheiro, reconhece a
importância do programa
Minha Casa Minha vida
na redução do déficit
habitacional na Capital,
que é de 29 mil unidades.
No entanto, observa que
o programa atende
apenas a demanda na
classe D. Pinheiro reclama
da pouca oferta, no atual
momento, de unidades
para a classe A. “A
predominância é para as
faixas C e D, com
estabilidade na classe
Copa do Mundo aquece
mercado imobiliário
Nos últimos 15 anos,
o crescimento médio do
mercado - volume de
transações e lançamento
de imóveis - está na órbita
de 5,2%, na média, com o
detalhe que, de 2010 para
cá, o crescimento foi de
12% em 2010, 8% no ano
seguinte e 14%3% em
2012. Neste ano, com
números do primeiro
semestre, a variação
continua positiva na ordem
de 9%. Um dos fatores que
contribuem para o cenário
são os investimentos em
infraestrutura com o
advento da Copa 2014. A
média do mercado
imobiliário na economia,
média”, observa o
presidente do Creci,
citando os condomínios
de luxo, fechados, como
Florais, Belvedere,
Alphaville, como as
principais alternativas, já
que as torres (edifícios
residenciais) com um
dormitório são poucos.
Ruy PInheiro vê com
otimismo os próximos
anos, mas entende que o
avanço do mercado é
pelo fortalecimento da
categoria, pela união de
entidades como Creci,
Sindicato da Construção e
da Habitação, e pelos
investimentos da iniciativa
privada, abertura de juros
e as facilidades relativas
ao desenvolvimento do
País
enfocando apenas de
Cuiabá, é de injeção de
recursos na casa dos 2,03
bilhões/ano, segundo
dados do Creci-MT. O
mercado imobiliário é
monitorado, normatizado e
administrado pelo Creci,
hoje com perto de 5 mil
corretores e 900 empresas
(construtoras,
incorporadoras e
imobiliárias) em todo o
Estado.
“Em um ano, a
demanda por crédito
imobiliário mais do que
dobrou em Mato Grosso,
crescendo 125% em
2013. Como esses
custeios representam
menos de 10% na fatia
do PIB brasileiro –
diferente de outros
países – a demanda por
imóveis só irá aumentar.
O programa
Minha
Casa, Minha Vida
, por
exemplo,
tem
financiamento previsto
de mais de R$ 437
milhões. Se
considerarmos que cada
uma dessas casas possui
empréstimo médio de R$
100 mil, então é possível
construir mais de quatro
mil e trezentas casas com
o montante”, diz ele.
Em recente decisão
do Conselho Monetário
Nacional (CMN), no dia
trinta de setembro de
2013, o valor teto para
financiamento da casa
própria, com utilização
dos recursos do Fundo
de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS), subiu
de R$ 500 mil para R$
650 mil - salvo São
Paulo, Rio de Janeiro e
Distrito Federal, cujo
montante é R$ 750 mil,
com limite de custeio de
80% do valor do imóvel.
Porém, se este for
adquirido pelo Sistema
de Amortização
Constante (SAC), o
percentual pode atingir
90%. Levi, no entanto,
pontua que existem
linhas de crédito
imobiliário para todo
perfil de consumidor,
inclusive os que se
encontram nas camadas
mais abastadas da
sociedade. O
especialista da área
financeira cita o CH
(Carteira Hipotecada)
onde o cliente tem a
possibilidade de custear
até R$ 10 milhões. Em
ambas as faixas de
renda, ele destaca as
condições do negócio,
que possuem atrativos
que vão desde a
carência do início do
pagamento da dívida
até as taxas de juros.
“Tanto no Sistema
Financeiro Habitacional
[SFH] quanto na Carteira
Hipotecada [CH], ambos
destinados a pessoa
física, há boas
vantagens, como
carência de 6 meses para
começar a quitar a
dívida, além de taxas
que correspondem,
respectivamente a 7,8% e
9% ao ano”, finaliza ele.
P r og r ama
Mi nha Ca s a , Mi nha V i da
a j udou a aumen t a r a demanda po r
c r éd i t o imob i l i á r i o em 2013 , que sub i u ma i s de 125% em r e l ação a 2012
Segundo o gerente de mercado da superintendência
do Banco do Brasil em Mato Grosso, Levi
Nepomuceno, procura por imóveis só irá aumentar
Ruy Pinheiro, presidente
do Creci-MT, fala que
os investimentos são
os
feitos sobretudo para as
do p
classes C e D
Ob r a s pu x am
i n v e s t i me n t o s
i mo b i l i á r i o s
em Cu i abá ,
qu e no s
ú l t i mo s
qu i n z e ano s
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c r e s c i me n t o
méd i o de
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1...,2,3,4,5,6,7,8,9,10 12,13,14,15,16,17,18,19,20
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