CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 24 A 30 DE OUTUBRO DE 2013
OPINIÃO
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G
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ENTRE ASPAS
EDITORIAL
A arte de enganar
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Persio Domingos Briante
CIRCUITOMATOGROSSO
Diretora-executiva:
Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
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Editor de Arte:
Glauco Martins
Revisão:
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Reportagem:
Rita Anibal e Camila Ribeiro
Fotografia:
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Editora:
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Agronegócio perde
líder em Mato Grosso
Ex-deputado faleceu menos de um mês após anunciar
aposentadoria para se dedicar ao tratamento de um câncer.
Por Camila Ribeiro. Fotos: Mary Juruna
Na manhã do último
domingo (20), faleceu em
São Paulo o ex-deputado
federal Homero Pereira
(PSD), que há meses
lutava contra um câncer
no estômago. O
falecimento aconteceu 25
dias após o social-
democrata anunciar que
estava deixando a vida
pública para se dedicar
ao tratamento da doença,
que não estava
progredindo da forma
como que ele esperava.
O parlamentar estava
internado no Hospital Sírio
Libanês, vítima de um
câncer de estômago
maligno, do tipo
carcinoma. Ele havia
descoberto o câncer raro
no início deste ano e em
fevereiro se licenciou da
atuação no Congresso
para tratar do tumor.
Durante o tratamento,
Homero teve inclusive de
ser submetido a um
procedimento cirúrgico
para retirada integral do
estômago. Como o
próprio parlamentar
alegou no último mês, o
tratamento convencional
não estava dando o
resultado esperado.
O produtor rural e
técnico agropecuário, que
já foi presidente do
Sistema Famato e do
Senar, ingressou na
política no ano de 2006,
quando foi eleito
deputado federal pela
primeira vez, com mais de
100 votos. Na Câmara
dos Deputados, Homero
foi líder da bancada rural,
atuou junto à Comissão
de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e
Desenvolvimento Rural
(Capadr) e do Meio
Ambiente (CMA). O
deputado era líder da
maior bancada do
Congresso Nacional, a
Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA)
e participou ativamente
da aprovação do novo
Código Florestal.
Homero faleceu aos
58 anos de idade e deixa
dois filhos, Homero Alves
Pereira Junior e Joice Alves
Pereira, e sua esposa,
Irene Alves Pereira.
“Corajoso e
determinado, Homero
sempre se preocupou com
o desenvolvimento da
agropecuária brasileira.
Somos gratos por sua
dedicação e pelos
momentos
compartilhados, seja no
âmbito pessoal ou
profissional, porque foram
experiências marcantes e
ricas em aprendizado.
Mato Grosso está de luto.
Perdemos um grande
líder”, dizia trecho da nota
de pesar do Sistema
Famato.
“O governador escolheu o
VLT, mas agora já diz que não
sairá a tempo da Copa. E
aqueles que antes diziam que
o VLT era o remédio para
todos os males? Ninguém fala
mais disso?”
Senador Pedro Taques (PDT), ao
lembrar que foi criticado pela sua
preferência pelo BRT.
“Se ficar provado que eu sou culpado, eu mesmo me algemo
e me entrego para a polícia.”
Deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) ao sugerir a criação de uma
CPI para apurar esquema que desviou quase R$ 500 milhões na
emissão de cartas de crédito, do qual ele é um dos acusados.
“Falta de integração entre concessionárias e mesmo com o município
tem dificultado o andamento do cronograma de execução. Esse
trabalho quem deveria ter feito era a Secopa, mas não houve um
p l ane j amen to an t er ior . ”
Presidente do Crea-MT, Juarez Samaniego, sobre andamento das obras da Copa.
“O Governo de Mendes é um
genérico da gestão Galindo.”
Candidato derrotado à Prefeitura
de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT),
sobre a administração de Mauro
Mendes (PSB).
“Provavelmente, ele está fora
da realidade de Cuiabá e
não está olhando os números
da mi nha admi n i s t ração. ”
Prefeito Mauro Mendes ao rebater
as críticas feitas pelo petista.
Enganar é crime e está previsto no Código Penal Brasileiro em seu
Artigo 171. Nesta edição, o
Circuito Mato Grosso
chama atenção
para algumas formas de o povo ser enganado, como acontece em
alguns postos cujos proprietários faturam cifras milionárias fraudando
a bomba ou adulterando combustíveis. Neste caso, há também o
crime de furto, Artigo 156, e outros previstos no Código de Defesa do
Consumidor. A edição também traz à discussão, já no âmbito do
serviço público, o caos na saúde, com destaque para a postura
irredutível do desembargador Orlando Perri, presidente do Tribunal de
Justiça, de manter afastado do cargo o atual secretário de Saúde,
Mauri Ribeiro. Mauri descumpriu ordens judiciais que obrigavam o
Estado a garantir assistência a usuários do SUS, assim como seus
antecessores – Agostinho Moro, Pedro Henry e Vander Fernandes. Os
quatro driblaram as notificações, certos de que conseguiriam enganar
a Justiça. Ao invés da impunidade, estão sendo processados por
improbidade administrativa. Finalmente, o jornal mostra que o
governador Silval Barbosa tenta demonstrar tranquilidade, mas não
consegue disfarçar a preocupação com o andamento das obras da
Copa. E num rompante de entusiasmo, chegou a declarar que já está
“passando batom nas obras”. Ou seria maquiando as obras?