CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 15 A 21 DE AGOSTO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 2
MELHOR REMÉDIO
Por José Augusto Filho
DE VOLTA A INQUISIÇÃO
José Augusto é diretor de
teatro e produtor de programas de
variedades
TENDÊNCIAS
Por Edmilson Eid
Edmilson é arquiteto e
festeiro oficial da
Praça Popular
ESTAÇÃO INVERNO
Quem se lembra do
tempo em que queimavam
os suspeitos de bruxaria,
vendia-se o perdão e
garantiam-se lugares no
céu com vista pro paraíso?
Pois bem, a Inquisição
está de volta.
Esta semana as
mídias sociais não falam
em outra coisa que não
seja a guerra que a
primeira-dama do Estado
resolveu travar com o ator
André D’Lucca. A
primeira-dama sentiu-se
ofendida, agredida,
denegrida com as piadas
que o ator, na pele da
personagem Almerinda,
teria feito em um vídeo
onde faz sátira do desvio
de verbas que está sendo
investigado pelo Ministério
Público no Lar da Criança.
Mediante tal
descontentamento, a
primeira-dama se achou
no direito de recorrer à
Justiça para tentar calar o
ator e ainda jura que é a
favor da liberdade de
expressão. Mas a Justiça
não embarcou na onda
da primeira-dama e
indeferiu e ainda deu
coió: Yale Mendes
ponderou que, por ser
pessoa pública, Roseli
Barbosa está sujeita a esse
tipo de situação, já que
pessoas públicas,
sobretudo no meio
político, “estão sempre
envolvidas em sátiras,
piadas e charges,
abordando o tema como
matéria-prima, não só por
artistas, mas pela própria
sociedade, inclusive tal
situação é corriqueira nas
redes sociais e até mesmo
nos programas de
televisão”. Arrasouuu, Yale
Mendes, você nos fez
acreditar que ainda há
justiça na Terra de
Rondon.
Espera ae, deixa ver
se eu entendi: quer dizer
que a primeira-dama se
ofendeu com a piada
sobre o Lar da Criança,
resolveu processar e
tachar o ato de humor de
criminoso??? E o dinheiro
desviado do Lar da
Criança é o quê???
Piada??? A diferença entre
o ator e a primeira-dama
é que na piada do ator
conseguimos dar risada, é
possível se divertir, já do
outro lado... é preciso
entender o que é crime e o
que é humor.
Estamos em 2013, o
mundo já era pra ter
acabado duas vezes, e ao
invés de evoluirmos parece
que a cada dia estamos
andando pra trás. E eu
que achava que a censura
tinha acabado no tempo
da ditadura. Que Nossa
Senhora da Liberdade de
Expressão nos livre do
choque elétrico,
queimadas de cigarro,
toalha molhada e nos
proteja da ira da
primeira-dama.
As cidades brasileiras
neste período de estação de
inverno sofrem com a baixa
umidade relativa do ar, com
níveis inferiores a 30%,
considerando o índice muito
baixo que atinge regiões
onde a temperatura é sempre
quente como nossa capital.
Diante dessa realidade,
que parece refletir uma
tendência mundial, a
sociedade se vê na
obrigação de agir em duas
frentes: a primeira é se
empenhar para conter a
urbanização desenfreada e
apresentar soluções
sustentáveis; a segunda é
amenizar os efeitos do
estrago que já foi feito se
cercando de cuidados que
previnam doenças
ocasionadas pela estação.
Profissionais de
arquitetura orientam seus
clientes com simples dicas
como a de evitar materiais
que acumulam ácaros e
favorecem o desenvolvimento
de doenças respiratórias.
Nos projetos idealizados,
o estudo de insolação e dos
ventos predominantes ajuda
a assegurar o equilíbrio
térmico da construção.
É importante que
materiais de acabamento de
decoração sejam laváveis,
independentemente do seu
uso. Por exemplo: no caso de
cortinas em tecido, opte por
tecidos sintéticos que
permitem a constante
lavagem.
O uso indispensável de
umidificadores de ambientes
é aconselhável em qualquer
situação nesta estação.
Arquitetos e urbanistas
têm esta missão de respeito
ao uso de ocupação do solo,
obedecendo às leis com mais
rigor.
Essa é a dica de
esperança para um mundo
mais saudável.