EDIÇÃO IMPRESSA - 453 - page 16

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 15 A 21 DE AGOSTO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
OLHO DA LHAMA
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr
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João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João
Gordo, é um dos publicitários
mais premiados de Cuiabá
HOMOFOBIA NA RÚSSIA
ABCDEF....GLS
Por Menotti Griggi
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Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
A Comunidade LGBT do Brasil e do
mundo está assustada com o que está
acontecendo na Rússia depois de diversas
informações e postagens nas redes sociais
com as barbáries que estão fazendo com
jovens gays e com a extrema homofobia
que domina aquela nação.
A cada dia surgem novos vídeos com
agressões de neonazistas a homossexuais,
sobretudo a jovens. Virou mania para os
radicais agredirem e publicarem na
internet vídeos que vão desde
espancamentos à tortura. Há indícios de
que pessoas mostradas nos vídeos foram
mortas ou cometeram suicídio depois de
expostas na internet. A onda de violência
que começa a chamar atenção do mundo
começou em junho, quando o governo
sancionou uma polêmica lei que veda
qualquer menção da homossexualidade a
menores de idade. Na prática, a lei
legalizou a homofobia. Se não bastasse o
clima pesado nas ruas, o preconceito
ganha apoio da mídia e conta com o
apoio popular. Um famoso apresentador
de TV russo afirmou que gays devem ser
banidos de doar sangue, esperma e até
órgãos. “Eu acho que impor multas aos
gays por propaganda homossexual para
menores não é suficiente. Eles deveriam ser
proibidos de doar sangue, esperma. E
seus corações, em caso de acidente de
automóvel, deveriam ser enterrados no
solo ou queimados, como inadequados
para a continuação da vida”, afirmou
duramente Dmitry Kiselev, do canal estatal
russo Rossyia1. A declaração foi feita há
mais de um ano, mas somente agora
ganhou destaque nas redes sociais e
expressa a escalada da violência do país.
Enquanto muitos países estão
caminhando a passos largos nas questões
de respeito à comunidade LGBT, a Rússia
patina num período arcaico fazendo
opressão a sua população e criando uma
cultura voltada à homofobia, ampliando a
violência e incitando a morte de pessoas.
Em diversos lugares do mundo a
comunidade gay
está se reunindo
e organizando
“beijaços” em
frente aos
consulados da
Rússia
protestando
contra os
absurdos que
acontecem por lá
com o aval do
presidente Putin.
È o fim dos
tempos!
A publicidade sempre me
proporcionou sentimentos únicos. Uma
dessas sensações foi conhecer alguns
lugares que todo ser humano deve visitar
pelo menos uma vez na vida. Um deles
foi Machu Picchu. Terra de potência
mágica e inconteste, portal mágico onde
afluentes do passado, presente e futuro se
unem numa grandiosa corrente de
energia. A cidade inca fica próxima a
Águas Calientes, um povoado cercado
por uma floresta quase amazônica
rodeada por um rio suntuoso, onde o
que menos pode se
esperar é um período
de seca. De anos em
anos, uma seca
violentava todo
moderno sistema de
produção dos Incas,
perdendo-se safras
seguidas. Os Incas
previam a seca
fervorosa quando
não avistavam na
constelação da
Lhama ( sim, os Incas
usavam a
astrologia), o olho do animal. Não ver o
olho da Lhama era sinônimo de fome,
dor, de sofrimento. Para satisfazer os
deuses, os Incas então sacrificavam a
virgem mais linda da aldeia ( sim, os
Incas utilizavam do sacrifício humano).
Eles previam e tentavam, do jeito deles,
combater a seca.
O olho da Lhama de Mato Grosso é
o frio. Este frio que aflora por agora é o
indicativo de que uma seca recorde se
aproxima. E qual é a nossa prevenção?
Nenhuma. O que faz nós sacrificarmos
não são apenas uma menina, mas sim
famílias e famílias com morte nas
estradas, com enfisema causado pela
fumaça, com a morte do solo, com a
falta de planejamento.
Mato Grosso utiliza de sua cultura
extrativista o sustento de sua explosão
demográfica e de seu aniquilamento
cultural ( este perdendo espaço para a
cultura pop, fenômeno criado na década
de 80 e santificado nos seus dias atuais).
E inexplicavelmente não protegem o meio
ambiente. Quem utiliza não cuida, não
mantém, não dá assistência. E mais. Com
as queimadas diminuem o tempo de
longevidade não só de animais, mas de
nutrientes fundamentais para o solo. Mais
uma vez vamos pagar caro pela falta de
planejamento. Não sou esécialista, mas
vejo que os filhos que usufruem, não
cedem a terra um tratamento de mãe.
Nós, não tratamos da Mama Paccha.
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