CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 4 A 10 DE ABRIL DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 2
FENG SHUI
Por Theresa Pirajá
Theresa é arquiteta,
consultora de Feng Shui e
pregadora oficial de
quadros dos amigos
TENDÊNCIAS
Por Edmilson Eid
Edmilson é arquiteto e
festeiro oficial da
Praça Popular
PARABÉNS CUIABÁ
CANTO DO TRABALHO
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
Por Rosemar Coenga
UM MERGULHO NA MEMÓRIA E NA TRADIÇÃO
O CAÇADOR DE GIGANTES
Quem não se
lembra de ao
menos uma
história da
infância ouvida
com atenção e
expectativa?
Histórias que
ainda circulam
nos trilhos e nos
vagões da
oralidade. Das
clássicas àquelas
inventadas na
hora, meio de
improviso, algo
permanece em
nossa memória.
Ana Maria
Machado já
escreveu mais de
cem livros para crianças e jovens, publicados
em dezessete países, e também obras para
adultos. O livro
Histórias à brasileira %A moura
torta e outras
(2009), publicado pela Editora
Claro Enigma, mereceu o prêmio Figueiredo
Pimentel de melhor livro reconto da Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Este é o primeiro volume de uma série de
histórias à brasileira que Ana Maria Machado
reuniu em livro. Para recontar essas narrativas
da cultura oral e do folclore brasileiro e
universal, a escritora leu obras de estudiosos da
cultura popular e pesquisou coletâneas de
contos de tradições variadas. O resultado é
uma combinação do trabalho de pesquisa e de
memória da autora.
Esse ideário de dar permanência às
tradições orais por meio da escrita vem
atravessando continentes e ultrapassando a
barreira do tempo e influencia ainda hoje a
coleta e reescritura de nossas histórias, lendas e
mitos como fez Ana Maria Machado em
Histórias
à brasileira.
O livro contém inúmeros contos
populares que fizeram parte de minha geração e
de milhares de leitores como, por exemplo,
O
macaco e a viola, o veado e a onça, Festa no
céu, Dona Baratinha, Maria Sapeba, Pimenta no
cocuruto
e A m
oura torta
, que nos revela a história
de uma bruxa negra, escrava que devido a um
trágico engano, confunde sua imagem refletida
nas águas de um rio com a de uma mocinha
jovem, branca, encarapitada numa árvore a
esperar pela volta do príncipe. A partir daí,
motivada pelo ciúme, pela raiva, pelo despeito, a
moura durante toda a narrativa comete uma série
de delitos que acabam por ser o motivo de sua
perdição, queimada viva numa fogueira e tendo
suas cinzas jogadas ao vento.
Tantas histórias vindas de uma tradição oral
perpetuaram-se nos livros e no imaginário de
muitas gerações e permanecem em nossas
memórias.
A energia do trabalho
precisa de um corpo físico
atuante e equilibrado e
mente tranquila. Ria e ame
muito. A alegria e o amor
são os melhores escudos. O
canto do trabalho fica no
meio da parede da entrada
principal. Comparo o canto
do trabalho com o mar.
Quando olhamos para o
mar as nuances de cores são
variadas, de acordo com o
reflexo externo, ou seja, se o
pôr do sol é vermelho nos
trará nuances avermelhadas
nas águas e assim por
diante. Então digo que a cor
do mar é o reflexo do
externo. Assim também o
canto o trabalho é o reflexo
dos nossos objetivos e
sentimentos que irão se
espelhar em qualquer que
seja nossa profissão. Incrível
como tudo no universo é
perfeito. Neste tão
encantado canto do trabalho
o elemento que predomina
energeticamente é a ÁGUA
que também simboliza o
inconsciente com tudo que
está no fundo da mente,
bem guardadinho, que
ninguém ousa mexer. E
quando alguma coisa faz
revirar, aparecem as
impurezas. Por isso, às vezes,
é melhor deixar parados os
problemas que não damos
conta de resolver. Assim eles
por si só se vão. Como as
impurezas do fundo do mar
que se
transmutam
em
alimentos
para os
peixes e
até mesmo
como
fertilizantes
para as
plantas
aquáticas.
Assim é a
vida. O
que não damos conta de
resolver por estar além da
nossa capacidade física,
entregamos ao “SER
SUPREMO” que saberá
como fazer. A forma
predominante é circular que
simboliza movimento. A cor é
o preto, porque, através de
estudo, sabe-se que, no
fundo do mar, a cor
predominante é o preto.
Acho que o canto do
trabalho é o mais importante
do Baguá uma vez que é
através do trabalho que se
tem sucesso, prosperidade,
relacionamento, criatividade,
amigos, espiritualidade e
saúde. Nesse local devem
ser colocados móveis fortes,
robustos, simbolizando uma
carreira sólida. Na mesa
onde se trabalha, façam
uma produção com objetos
de peso como segurador de
livros, estatuetas, tudo muito
bem organizado. Essa mesa
tem que estar sempre
posicionada de uma
maneira que se possa ver
quem está entrando. A mesa
de trabalho é sinal de
competência e organização.
Então, tenham-na sempre
em ordem e arrumada. Estar
sempre com o trabalho
atrasado devido à
desorganização é um
péssimo sinal: as energias
não fluem e nada se renova,
fica um ciclo vicioso de
estagnação. Coloquem
sempre um cristal
transparente sobre a mesa
para movimentar as
energias.
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
Jack: O Caçador
de Gigantes
, de Bryan
Singer, é uma releitura
do conto inglês
João e
o Pé de Feijão
. No
filme, Jack (Nicholas
Hoult), um jovem
camponês, ouvia desde
pequeno as lendas do
grande Rei Erik, que
havia derrotado um
exército de gigantes e o
exilado em uma terra
acima das nuvens.
Isabelle (Eleanor
Tomlinson), a princesa
do Reino de Albion,
também havia crescido
ouvindo as mesmas
histórias e alimentando
o mesmo desejo por
aventuras de Jack.
Um acaso leva os
dois jovens a descobrirem juntos que as lendas
eram verdadeiras e que Albion estava novamente
em perigo. Completam o afinado
cast
os atores
Ewan McGregor, que faz o leal cavaleiro Elmont;
Stanley Tucci, que interpreta o traiçoeiro
conselheiro real Roderick; e Bill Nighy, que
empresta sua inconfundível voz ao general dos
gigantes Fallon.
Jack: O Caçador de Gigantes
é um filme sem
grandes pretensões e este é seu maior trunfo, pois
se não podemos contar com muitas surpresas, ao
menos não teremos decepções. A história é
contada de forma bem direta e, por vezes, mais
violenta do que de costume para os filmes do
gênero, mas a boa química do elenco e as piadas
na medida fazem do filme um programa divertido
para crianças e adultos.
O uso comedido do 3D realçou uma história
simples que cumpriu seu papel de divertir. O
cinema não precisa ser sempre profundo e
complexo... Às vezes é bom sentar em frente à
telona e assistir um filme leve e divertido, cuja
única função seja a de fazer a pipoca descer mais
suavemente.
Parabéns à nossa
cidade tão querida e
estimada por todos que
nasceram e os que foram
adotados. Nossa Cuiabá,
terra amada de um povo
tão acolhedor que nos
abriu suas portas, suas
varandas e seus quintais
aos que vieram em busca
de um novo horizonte.
Cidade, capital,
ensolarada, esverdeada
pelas suas mangueiras,
cajueiros e bocaiuvas, seu
artesanato e sua cultura
nos orgulha com tanta
criatividade e
miscigenação.
A sua culinária é um
dos carros-chefe de sua
tradição. Comer pacu
com farofa de banana
passou a ser um dever de
todos que por aqui
passam.
Cuiabá, formadora
de opiniões na política do
Estado e que carrega a
carga de ter o centro
político administrativo no
seu leito, que tem
compromissos e
responsabilidades. Mãe
que se dedica aos seus
filhos legítimos e
adotivos, dando
esperanças e
oportunidades para seu
melhor futuro.
Atualmente com seu
amadurecimento, passa
por uma remodelação
urbanística para que o
desenvolvimento e
crescimento venham ao
encontro de toda a
população que aqui vive
e transita, mas nunca
deixa de lado as suas
tradições.
Parabéns Cuiabá
pelos 294 anos de luta e
fé, e que a cada ano se
renove essa força que nos
dá vida e coragem todos
os dias. Obrigado.