CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
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CUIABÁ, 17 A 23 DE OUTUBRO DE 2013
MT-PARÁ
Ao todo, mais de 30 municípios de Mato Grosso e do Pará serão beneficiados com o traçado ferroviário de 1,8 mil km.
Da Redação. Foto: Reprodução
Obra de ferrovia terá início em 2015
A ferrovia que
interliga os estados de
Mato Grosso e Pará pode
ter as obras iniciadas em
2015. A previsão é do
presidente da Empresa de
Planejamento e Logística
(EPL) Bernardo Figueiredo.
De acordo com o
representante do Governo
Federal, os próximos
passos para a
implantação da ferrovia,
A FERROVIA
O projeto de
ferrovia MT-PA tem seu
traçado partindo de
Água Boa (MT) até
Barcarena, no nordeste
paraense. Também é
analisada a
possibilidade de a
ferrovia seguir do
município mato-
grossense até Marabá,
no sudeste do Pará.
A ligação com o
nordeste seria
viabilizada com a
construção de dois
ramais, um até o porto
de Vila do Conde
(Barcarena) e outro até
o porto de Espadarte
(em Curuçá, PA), que
está em projeto de
implantação.
Lideranças políticas e
empresariais de Sorriso
solicitaram a inclusão
do município no trajeto
da ferrovia por meio
de um ramal.
Ao todo, mais de
30 municípios de Mato
Grosso e do Pará
serão beneficiados
com o traçado
ferroviário de 1,8 mil
km, melhorando a
qualidade de vida de
mais de 3 milhões de
pessoas.
cujo idealizador do
traçado ferroviário é o
deputado estadual José
Riva (PSD), é a realização
do estudo de viabilidade,
estudo de engenharia,
modelagem e contratação
da empresa que construirá
a linha férrea.
“Isso demora um
tempo. Vamos construir
uma proposta para
implementá-la em partes,
através de ramais.
Também temos que passar
pelo crivo do ministro dos
Transportes e da União de
uma forma geral. Porém,
o prazo para a
preparação do projeto é
entre um ano e meio no
máximo e temos a
condição de deixá-lo
pronto para começar em
2015”, garantiu Bernardo
Figueiredo durante
encontro com comissão de
políticos mato-grossenses
em Brasília.
Ainda segundo ele, a
proposta complementa o
esforço que está sendo
feito pelo Governo
Federal e faz sentido a
sua implantação. “O
potencial de produção e
crescimento econômico da
região justifica essa obra e
concordo com a classe
política de Mato Grosso
de que a falta de
infraestrutura inviabiliza o
crescimento”, disse
Bernardo Figueiredo, que
sugeriu inclusive
adequações ao projeto
para estar em
consonância com o Plano
Nacional de Viação
Ferroviária.
O deputado Riva
comemorou o resultado
da reunião em função de
o presidente da EPL dizer
que não precisava ser
convencido da
importância da obra, pois
já conhecia o projeto e a
viabilidade. “Já tínhamos
convicção da viabilidade;
essa ferrovia representa a
redenção não apenas
para Mato Grosso e Pará,
mas é fundamental para o
Brasil, pois representará,
facilmente, o aumento de
produção em mais de 30
milhões de toneladas até
2020, ampliando em 50%
a produção nacional de
grãos e minérios”,
justificou.
INTEGRAÇÃO
TO e MT cobram a Transbananal
Orçada em aproximadamente R$ 1,5 bilhão, a TO-500 terá 90 km e vai facilitar o escoamento da produção dos dois estados.
Por Antônio Borges Neto/TO. Fotos: Antônio Borges Neto
As cidades de São
Félix do Araguaia (MT) e
Formoso do Araguaia (TO)
sediaram uma grande
manifestação pela
transposição da Ilha do
Bananal, a maior ilha
fluvial do mundo.
Conhecida como Rodovia
Transbananal, que
também foi um dos sonhos
do ex-presidente Juscelino
Kubitschek, a travessia da
Ilha do Bananal facilitará o
escoamento da produção
e o intercâmbio entre os
dois Estados. Quando
construída, a TO-500 vai
encurtar em até mil
quilômetros a distância
para escoamento da
produção que sai do Mato
Grosso, Pará e Tocantins.
Atualmente, os produtos
são encaminhados aos
portos de Paranaguá (PR)
e Santos (SP).
Com a rodovia, toda
a mercadoria poderá ser
transportada para os
portos de Aratu (BA), Itaqui
(MA) e Vila do Conde (PA),
além de permitir o
escoamento da produção
do Norte e Centro-Oeste
via Oceano Pacífico. A
pavimentação deste trecho
também vai melhorar as
condições de vida de 5 mil
indígenas em 22 aldeias
da região da Ilha do
Bananal.
Orçada em
aproximadamente R$ 1,5
bilhão, a TO-500 terá 90
km, o que vai possibilitar a
ligação de dois trechos da
BR-242 nas barrancas do
rio Javaé (cuja origem é
Salvador, BA) até o Estado
de Mato Grosso.
Entre os serviços
previstos estão cotados sete
pontes, a maior delas
sobre o rio Araguaia
dotada de uma ótima
estrutura ambiental, entre
elas alambrados laterais,
108 passagens inferiores
(para dar segurança aos
pedestres e evitar acidentes
com índios ou animais na
tentativa de atravessar a
via), duas praças de
pedágio e bolsões que
servirão de pontos
turísticos. A proposta é
realizar o serviço por meio
de Parceria Público-
Privada (PPP).
Para o engenheiro
José Rubens Mazzaro,
idealizador e realizador do
estudo técnico da
construção da rodovia, o
que falta é um decreto
presidencial que o Estatuto
do Índio prevê e que a
presidente Dilma estará
dizendo que poderá fazer
uma obra federal, uma
obra de utilidade pública
em terra indígena. “A partir
do momento que ela
autorizar, estaremos
discutindo com a
comunidade indígena e os
governos do Tocantins e
do Mato Grosso até
chegar num projeto
federal”, afirmou.
MANI FESTO
Somente no último dia
do evento mais de 5 mil
assinaturas foram colhidas
e a expectativa é que nos
próximos dias esse número
alcance mais de 30 mil.
Uma comissão a ser
formada por
parlamentares, os dois
governadores, entidades
sociais indígenas e
produtores rurais, deverá
se deslocar em breve até
Brasília para juntos discutir
com a presidente Dilma
Prefeitos consideram rodovia
a redençãoparaosdoisestados
Para o prefeito de São Félix do Araguaia, José
Antônio Almeida (PSD), o Baú, que chegou à região em
1972 e desde então vem defendendo a pavimentação
da estrada, a sua logística integrará duas grandes
economias do Centro-Oeste com o mundo e vai virar de
ponta-cabeça os corredores de exportação de grãos.
Já o prefeito de Formoso do Araguaia, Wagner da
Gráfica, afirmou que o movimento ficará marcado na
história de Formoso do Araguaia. “Esse foi um evento
que nos deixou muito felizes, honrados e acima de tudo
em ter tido a oportunidade de atravessar a Ilha do
Bananal e ter uma recepção magnífica pelo nosso
colega prefeito Baú, da cidade de São Félix, vereadores,
prefeitos e deputados da região, e agora tendo essa
honra de recepcioná-los aqui na nossa cidade”, disse.
Lideranças indígenas defendem transposição -
Caciques de 22 aldeias localizadas na Ilha do
Bananal aderiram ao movimento em defesa da TO-
500. Os líderes indígenas Cleilton Javaé e Daniel
Coxini Karajá, representantes das tribos Javaé e
Karajá, afirmaram que querem muito ver essa estrada
construída. A única exigência é de que respeitem a
cultura indígena, o meio ambiente e sejam
assegurados os direitos da sua população.
Rousseff a pavimentação
logística, uma vez que a
rodovia será a grande
redenção para o Brasil.
GOVERNO DE TO
O governador de
Tocantins, Siqueira
Campos, considerou a
assinatura do manifesto um
importante passo dado
para que a travessia da
Ilha do Bananal se torne
realidade. “Nós temos que
organizar as
endomigrações. Não
podemos continuar
isolados, o Mato Grosso e
o Tocantins. Aqui temos
calcário, temos fosfato e
muitas outras coisas para
complementar a produção
do Mato Grosso, assim
como vocês possuem
diversos produtos e serviços
para complementar a
nossa produção”, destacou
o governador. (Portal do
Amara l )
P r o j e t o p r e v ê que r odo v i a i n t e r l i gue Ma t o
Gr os s o ao Pa r á e t ambém ao No r de s t e
L i d e r an ç a s po l í t i c a s ma t o - g r o s s e n s e s
bu s c a r am apo i o do Go v e r no F ede r a l
As s i na t u r a de man i f e s t o oco r r eu apó s t r a v e s s i a da I l ha do
Banana l , de São Fé l i x (MT ) a t é Fo rmo s o do A r agua i a ( TO)