CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 17 A 23 DE OUTUBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
GARVIDADE
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
O artista plástico
Adriano Figueiredo
apresenta”Policromia”-
no espaço do
Shopping Pantanal.
Sob o patrocínio
de Café & Prosa,
mostra pinturas e
canecas em porcelana
pintadas.
Adriano
Figueiredo dedica-se à
pintura, a partir de
1999.
Eu o compreendo
tal qual uma arvore em
pleno florescimento.
Entretanto a estrutura
dessa muda, já se
antecede em belos
frutos - porque é
localizável e
fortalecida nesta
árvore, os valores e
princípios norteadores
de conjugação -
sobretudo na busca de
plasticidade, mato
grossense e brasileira.
Uma pintura
inspirada e
fundamentada numa
linguagem tematizada.
Celebra a
realidade cultural. A
OOLHAR VÍTREO ALGEMADO
classificação está
expressa ante os
gestos
incessantemente
quentes e coloridos.
Adriano
Figueiredo assume a
condição de artista
plástico, quando
valoriza a cultura e a
realidade da gente e
do local aonde vive.
Esta arte contém
um aspecto ardente,
visto que adiciona
qualidades de alto
nível, como arte,
técnica e temática,
enfim.
É ressaltada em
seu âmago, a
conjuntura entre
abstração e figuração
- formada por linhas
curvas e filetadas -
assim como uma
espécie de rejuntes
que se interligam num
embaralhado vívido.
Concede ao
pintar, o “aspecto vítreo” -
como que intencionado
em algemar o nosso olhar,
direcionando-o à mais
pura contemplação do
belo. É capaz de imitir a
impressão de que -
estamos no interior de
uma igreja. Esta
observação, envolta na
clareza de expressão -
comprova que esta arte de
caráter libertária, brota da
ótica e da alma do artista.
É demonstrado um
traçado sinuoso na
impermanência de
direção, sem deixar
ângulos, enquanto
conectado à
admiração do
mundo globalizado.
Há uma
acentuada querência
de cumplicidade e
de envolvimento,
diante desta
policromia,
precisamente na
elegância do gesto
aberto e na tranquila
desenvoltura do
artista.
É a Arte de
espelho, quando
capaz de abranger
admiradores e
participantes -
afetivos ou fãs em
todos os níveis,
incluindo-os à
pirâmide social.
Está repleta de
propriedades
luminescentes ,
conforme os elementos
plásticos de foto presença
- como se fossem
articulados e procedentes
da parte posterior do
quadro. Há uma certa
intenção em projetar as
imagens à frente.
Mediante este
deslumbrante conjunto
visual - sistematiza o
diferente processo do viver
mato grossense . Esta
comparação artística
constitui e representa a
nossa dignidade.
Vem à superfície
como peixe fora d’água a
relevante originalidade -
na intenção de espelhar os
reais valores da
localidade em questão,
tais como, cajus, peixes,
dançarinas do siriri, violas
, mangas, pequis,
borboletas, onças
pintadas, jacarés, São
Jorges, São Beneditos,
enfim.
Vale a pena conferir a
“POLICROMIA” de
Adriano Figueiredo. Leve
as crianças, pois outubro é
o mês delas.
João Sebastião
Barros, é Prêmio de
Viagem ao País.
É comentarista criativo
enquanto expressão, status
e função social.
Gravidade
, de
Alfonso Cuarón, é um
projeto que ficou na
geladeira por mais de
quatro anos, pois ainda
não existia a tecnologia
para se concretizar a
visão desse brilhante
diretor mexicano... mas a
espera valeu a pena, pois
o resultado não é apenas
um filme... é uma
experiência arrebatadora!
A história é simples e
direta: a Dra. Ryan Stone
(Sandra Bullock) e Matt
Kowalski (George
Clooney) trabalham juntos
para sobreviver a um
acidente que os deixou à
deriva no espaço. Não se
trata de uma ficção
científica... não há aliens
ou Ovnis aqui! Há
simplesmente a luta para
se sobreviver no mais
hostil dos ambientes.
O trabalho de
Sandra Bullock –
contrariando as minhas
preconceituosas
expectativas – é
colossal! A dedicação e
o envolvimento
emocional e físico da
atriz ficam claros em
todas as cenas e são
dignos de prêmios. Os
efeitos visuais são
impressionantes e nos
faz sentir tão vulneráveis
na imensidão do espaço
quanto Stone e
Kawalski. Quanto ao
3D... devo assumir que
não sou o maior dos
entusiastas dessa
tecnologia, mas
Gravidade
me fez
repensar... pois esse tipo
de filme é a razão de ser
da tecnologia 3D. Espero
que Hollywood pare um
pouco de arremessar
coisas em nossas cabeças
e passe a usar o 3D de
forma mais sutil e
inteligente como aqui.
Gravidade
é
angustiante e extremamente
envolvente. O tempo dentro
da sala de cinema passa
rápido demais e eu já saí
com vontade de ver o filme
de novo. Alfonso Cuarón
acaba de fazer história no
cinema... através dessa
obra-prima... através desse
épico instantâneo.