CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 17 A 23 DE OUTUBRO DE 2013
OPINIÃO
P
G
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ENTRE ASPAS
EDITORIAL
NOVOS TEMPOS
Presidente do Conselho Editorial:
Persio Domingos Briante
CIRCUITOMATOGROSSO
Diretora-executiva:
Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
Propriedade da República Comunicações Ltda.
Editor de Arte:
Glauco Martins
Revisão:
Marinaldo Custódio
Reportagem:
Rita Anibal e Camila Ribeiro
Fotografia:
Mary Juruna
Editora:
Sandra Carvalho
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CAB
Foto: Mary Juruna
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“O atraso não tem
importância diante
do legado.”
Senador Blairo Maggi (PR),
sobre obras da Copa em
Cuiabá e Várzea Grande.
“Pedro Taques (PDT) é um
bom candidato, mas não
agrega politicamente e
acha que todo político não
é sério, que só ele é.”
Deputado estadual Romoaldo
Júnior (PMDB).
“O governo do PT não se
preocupa com o Estado.”
Senador Pedro Taques (PDT), ao
afirmar que a presidente Dilma
Rousseff ‘deve’ investimentos em
logística para Mato Grosso.
“Muitos que entram na política pensam só em si
próprios e não no povo. Entram pra arrumar a
própria vida e esquecem de governar.”
Prefeito de Juara, Edson Piovesan.
“Nós temos que avaliar que muitos idosos
são condenados à morte em função da
falta de esclarecimento e da
automedicação. Por isso mesmo, eles são
uma questão de saúde pública.”
Vereador Mário Nadaf (PV), ao afirmar que
continuará defendendo Projeto ‘Pinto Feliz’ que
prevê a distribuição de remédios para disfunção
erétil a pessoas com mais de 60 anos.
É certo que as recomposições de perdas salariais no serviço
público acontecem basicamente por meio de greves. O gestor só
mexe o corpo se sua imagem for afetada por paralisações,
especialmente nas áreas da educação e da saúde. E categorias
como estas acabam vivendo dois extremos: baixos salários e
empréstimos consignados intermináveis. Atolados em dívidas,
sobrevivem empurrando o orçamento com a barriga. A
autoestima fica lá embaixo e a qualidade dos serviços prestados
à sociedade cai naturalmente, situação agravada pelas péssimas
condições de trabalho a que muitos são submetidos. Este quadro
se contrapõe às propagandas institucionais que tentam vender
uma gestão planejada, eficaz e eficiente. Tentam, mas não
conseguem. E a culpa do fiasco, com certeza, não é do cidadão,
o mesmo que não acredita mais em promessas de políticos
pouco comprometidos com o cargo que exercem e,
principalmente, com a sofrida população. Afinal, são décadas
de enganação. Aos poucos o eleitor começa a olhar com mais
lucidez para esses gestores, a questionar, exigir, e esse novo
perfil deve interferir no resultado das próximas eleições. As
manifestações populares que eclodiram em 2013 evidenciam
novos tempos. Que venham as mudanças!
Já são 20 meses de promessas
Finalmente a Câmara de Cuiabá instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o contrato.
Por: Rita Anibal. Fotos: Mary Juruna
A popu l ação cu i abana so f r e com a f a l t a r ede de
água e e s go t amen t o s an i t á r i o
Dentro de três anos os
cuiabanos terão água de
qualidade nas torneiras 24
horas por dia e até 2022
terão 100% do seu esgoto
coletado e tratado. Essas
são as principais metas do
contrato de concessão de
30 anos, assinado dia 21
de fevereiro de 2012 entre
a Prefeitura de Cuiabá e a
CAB Ambiental. Para atingir
essa meta, a CAB anunciou
investimentos de R$ 900
milhões, sendo que R$ 315
milhões nos primeiros cinco
anos do contrato. Já se
passaram 20 meses e a
população grita em uma só
voz por falta de água, o
que prenuncia o não
cumprimento das promessas
pela concessionária dentro
dos prazos contratuais.
Assinado sob protesto
da sociedade organizada, o
contrato de R$ 516 milhões
imposto pelo então prefeito
Francisco Galindo até
agora não começou a dar
retorno à população. Parte
desses milhões foi usada em
encontro de contas – dívida
da Prefeitura junto à antiga
Sanecap – e a outra parte
ainda não se sabe
exatamente de que forma
foi investida. O certo é que
a concessão levou a
prefeitura a perder recursos
do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC 1).
Com a posse do novo
prefeito Mauro Mendes
(PSB), vereadores de
oposição ameaçaram
montar uma CPI para
investigar o cumprimento do
contrato e que foi abortada
por manobras políticas.
Finalmente agora, em
outubro, mediante ordem
judicial, foi instalada a
aguardada CPI da CAB e
que tem como presidente o
vereador Renivaldo
Nascimento (PDT). “A mesa
diretora da Câmara travava
o pedido”, reclama.
O vereador revela que
a falta d’água em vários
pontos da cidade ocorre
por não haver investimento
e que “a CAB tem de
colocar dinheiro novo; não
pode só arrecadar, é
preciso investir em novas
redes e refazer as mais
antigas”. Aparentemente, o
fato de a CAB não alocar
novos recursos no sistema
de abastecimento reflete em
serviços precários e, a cada
dia, “surge uma fossa nova,
tornando a cidade
malcheirosa”, expõe
Nascimento.
Renivaldo Nascimento
considera uma vergonha o
serviço de água e esgoto
que se tem hoje e devido à
concessão e observa que a
prefeitura já perdeu muito
dinheiro do Governo
Federal. A CAB Cuiabá, por
sua vez, emitiu nota de que
não rebaterá críticas nem se
manifestará em entrevistas e
questionamentos de
membros da CPI enquanto
não for notificada
oficialmente para prestar
esclarecimentos na
comissão.