CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 13 A 19 DE JUNHO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
CADEIRA DE BALANÇO
PPor Carlinhos Alves Corrêa r
Carlinhos é jornalista
e colunista social
CHAPADA DOS GUIMARÃES
REFLEXOES
PPor Marco Ramos
Marco é numerólogo, advogado
e troca de nome de acordo com a
energia do momento
EXEMPLO DE MESTRE I
Falar em professor Aecim Tocantins é ver
uma Cuiabá mais humana e fraterna. Um ser
humano de fé, cultura, sabedoria, política,
educação, enfim, um dos poucos cuiabanos de
reserva moral nata. As suas referências são das
mais brilhantes. É considerado o cinco-estrelas
da suma inteligência cuiabana. Em pleno vapor
do dia 8 de junho, agradeceu a Deus pelos
seus 90 anos de lucidez e recarregado com a
Luz do Espírito Santo. Pela manhã do sábado,
uma Santa Missa na Catedral do Bom Jesus de
Cuiabá, celebrada por Dom Bonifácio Piccinini,
que pregou um belíssimo sermão acerca da
trajetória deste homem temente a Deus.
Presentes a sua fiel escudeira D. Celita e
familiares, como também diversos segmentos
da tradicional sociedade cuiabana. Após a
celebração religiosa, os convivas foram até o
Hotel Mato Grosso Palace se deliciar com um
brunch regado a gastronomia cuiabana, sob a
coordenação da elegante Lurdinha de Oliveira
Nigro. Foi um verdadeiro encontro de pessoas
dos quatro costados da cuiabania.
EXEMPLO DE MESTRE II
Com uma agenda de serviços prestados a
sua terra natal, o excelente professor Aecim
Tocantins seguiu as pegadas da intelectual
professora Aline Tocantins, que foi um marco de
referência na educação na Capital. Com
relevantes serviços prestados a Mato Grosso antes
da divisão, depois da divisão do Estado, ocupou
o mais alto cargo na vida pública. Um homem
inteligente, de uma personalidade marcante,
manteve bom relacionamento com quase todos
os governadores e primeiras-damas do Estado,
com acesso livre dentro das cortes palacianas.
Muitas vezes o professor Aecim tinha como
grande trunfo a sabedoria, a inteligência, e era a
base de muitos políticos como orientador. Me
lembro do professor Aecim nas reuniões políticas
da UDN, na residência do Mestre Inácio, no
lendário bairro do Baú. Também na casa do
Inácio aconteciam as festas religiosas: Senhor
Menino e Santa Cecília. O professor Aecim
sempre foi grande parceiro e amigo do mestre.
Em tudo que fez, escreveu com letras de ouro,
tendo como base o legado humildade, carisma
e amor ao próximo. Parabéns.
BODAS DE OURO
A melhor maneira de sermos felizes no
amor é respeitando a individualidade de cada
um para construirmos uma união regada pelo
amor e felicidade. Celebrar 50 anos de uma
união feliz requer muito equilíbrio e respeito, que
são a base para viver anos bem casados. O
casal exemplar da tradicional sociedade
cuiabana Loescir Addor Alvez Corrêa e Élzio
Alves Corrêa, no passar do dia 27 de maio,
brindou esta importante data. As bênçãos das
alianças foram uma prova do assopro da força
do Espírito Santo, Deus presente em suas vidas,
que são movidas pelo amor. A Santa Missa foi
emocionante. Os belos sermões tocaram nos
corações de todos os presentes. Cercados pelo
carinho dos filhos Danielle, Gisele, Élzio Júnior,
netas, genros, noras, enfim as presenças das
famílias Addor e Alves Corrêa e dos amigos do
casal que foram desejar felicidades. A vida
transformada pelo amor do casal Loescir e
Élzio, chamados a viver sob as bênçãos divinas.
Que este exemplo de união toque nos corações
de muitos casais. Deus os abençoe.
CASA DA FESTA
Antigamente o povo cuiabano, quando se
falava em festas de santo, já vinha à mente
desta gente festeira a “Casa da Festa”, onde
acontecia uma verdadeira passarela de gente
que entrava e saía. Ali se reuniam voluntários
que prestavam os seus dotes culinários e na
confecção das delícias servidas. Na pacata
Cuiabá, a festa de São Benedito era uma
verdadeira mistura de classes sociais. O
importante era a fé ao santo festeiro, a união
dos povos que fazia todos os dias da Casa da
Festa serem festivos. Havia ali um altar para os
festeiros colocarem as insígnias de São
Benedito. O cortejo saía da casa rumo à Igreja
Nossa Senhora do Rosário para assistir à Santa
Missa. Após as celebrações religiosas, que
aconteciam durante a madrugada, a
população se reunia para o chá com bolo,
regado com delicioso chocolate. As noites
varavam num bate papo saudável, com muita
fartura. Era uma pá de gente que por lá
passava para um acolhimento fraterno. Os
tempos se passaram e só nos restam
lembranças, saudades da Casa da Festa que
continua até hoje como referência popular, a
Casa de Bembém. Boas lembranças da
Cuiabá, terra dos meus amores.
Poucas cidades no país têm uma beleza
tão próxima como a nossa Chapada.
Imaginar Cuiabá desenvolvendo o turismo sem
estruturar este local é imaginar Paris sem a Torre
Eiffel. Pena que nossos gestores públicos ainda
não tomaram consciência disso, e o que foi
feito até agora para dinamizar o turismo nessa
região é pífio, chegando a ser ridículo. A
cidade e seu entorno vêm sendo tratados com
pobreza de ideias e descaso. Vejamos a
situação da Cachoeira da Martinha, por
exemplo, que nos fins de semana é um
pandemônio, com fluxo de pessoas muito
maior do que suportaria, churrasquinhos sendo
feitos às margens dos riachos, sem o menor
controle e com o lixo jogado ali mesmo. Para
quem não foi, ou há muito tempo não vai lá,
aconselho ver e se preparar para o choque
diante de tamanha degradação e desrespeito
à natureza. Este é só um exemplo do que vem
ocorrendo neste patrimônio que deveria ser
tratado como imenso carinho e visto como um
local que poderia gerar renda para a região.
Depois do fechamento da “Salgadeira”, vimos
este tipo de “turismo” ser espalhado por todos
os locais na região. “Turismo” este que deveria
ser banido dali, pois é altamente prejudicial,
sem contar os inúmeros motoristas que voltam
dirigindo totalmente alcoolizados. Chapada e
seu entorno – e não só o parque hoje
constituído – deveriam ser tratados no seu todo
como uma cidade-parque, com legislação
própria regulamentando o tipo de calçamento
para não interferir na beleza natural e manter a
permeabilidade do solo que abastece suas
cachoeiras, seus riachos, bem como a
limitação de construções (altura, materiais a
serem utilizados, projetos arquitetônicos), a
exemplo do que é feito hoje em Arraial
D’Ajuda, Bahia, que tem este tipo de
legislação que organiza as construções para
entrar em harmonia com o ambiente, o que
gerou um paraíso. Devemos escolher em
transformar Chapada em Arraial ou em Porto
Seguro – quem conhece sabe do que estou
falando. Não só o lixo jogado ali é poluição,
mas também as construções são poluições
visuais num local que deveria focar no turismo
de eventos, de contemplação, cultural e de
ecoturismo, incluindo-se o esportivo. O que
vemos hoje é a Chapada ser transformada
num verdadeiro Piscinão de Ramos, nada
contra, mas ali não é o local para este tipo de
turismo que degrada imensamente o local. A
cidade está sem proposta e estamos vendo um
momento ser perdido, uma “janela” de
oportunidades, como a Copa, que poderia ser
o gatilho para deflagrar uma mudança no
direcionamento da região, fazendo com que
encontrasse definitivamente seu destino. Além
disso, vemos, nos últimos tempos, a cidade ser
tomada por ONGs direcionadas ao
“tratamento” de dependentes químicos, que
recebem dinheiro público para isto. Poucas, ou
nenhuma, fazem um trabalho sério. Pelas
fontes informadas a partir desse fato, a
violência cresceu mais de 50% na região –
coincidência ou não, cabe reflexão. Não
sejamos tolos de imaginar que muitos que
estão em “internação” vão ser impedidos de
sair e entrar destes locais para buscar os
entorpecentes e “recursos” para comprar na
região. É muita ingenuidade. A pergunta que
fica é: quem controla?; quem libera estes
alvarás? A meu ver, a região não deveria ser
para esta finalidade! Qual é o caminho que
queremos dar para o município tão rico e ao
mesmo tempo tão pobre?!
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