CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 30 DE MAIO A 5 DE JUNHO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
CADEIRA DE BALANÇO
PPor Carlinhos Alves Corrêa r
Carlinhos é jornalista
e colunista social
O TAL DO POLITICAMENTE CORRETO
REFLEXOES
PPor Marco Ramos
Marco é numerólogo, advogado
e troca de nome de acordo com a
energia do momento
CELEBRAÇÃO A NOSSA
SENHORA
Chamou-se Rua do Oratório a Rua de
Baixo, como ainda é denominada, ou Rua
Sete de Setembro. Depois chamada de Rua
Ricardo Franco. Na Rua do Oratório,
porque ali o português José Manoel,
segundo a história, mandou construir a
Capela que se transformou na Igreja do
Senhor dos Passos. Nesta igreja se encontra
a imagem do Senhor dos Passos e um belo
quadro com a imagem de Nossa Senhora
do Perpétuo Socorro, e que pela primeira
vez terá a sua festa. Nos dias 24, 25 e 26
de junho será o tríduo e no dia 27 a
grande festa com quermesse e procissão
em frente o largo da igreja. Ali se encontra
enterrado o médico alemão dr. Frederico
Augusto Muller, como também o padre
Wanir Delfino César, autor da crônica
“Cuiabá, Celeiro de Ouro”. Para o povo
de Deus celebrar Maria é um ato de fé e
gratidão.
BELA HISTÓRIA
BELA HISTÓRIA
Igreja do Senhor dos Passos significa o
querido Mestre Amado Jesus carregando a
cruz. Esta imagem mexe profundamente
com o ser humano. Conta a lenda,
segundo alguns cronistas da época, que o
português José Manoel fora enterrado vivo,
tendo sofrido um ataque de catalepsia.
Assim narram os fatos que, ao receber as
primeiras pás de terra, ele voltou a si,
desesperado, rompendo os fechos do
caixão, para espanto de muita gente que
estava acompanhando o enterro, pulando
fora. Como gratidão a Deus, fez promessa
de construir uma capela tirando esmola e
durante a sua vida vestia mortalha.
DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA
Segundo relatos, a devoção a Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro, no Brasil,
alcançou grande popularidade em diversas
capitais. A devoção a Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro começou a ser
propagada a partir de 1870 e espalhou-se
por todo o mundo. Trata-se de uma pintura
do século XIII, de estilo bizantino. Segundo
a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por
um negociante. E, desde 1499, foi honrada
na Igreja de São Matheus, em Merulana.
Em 1812, o velho Santuário foi demolido.
O quadro foi colocado, então, num
oratório dos padres agostinianos. Na Igreja
do Senhor dos Passos tem uma réplica do
quadro de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro sendo adorada pelos devotos.
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi
colocada na Igreja de Santo Afonso, em
Roma. De semblante grave e melancólico,
ela traz no braço esquerdo o Menino Jesus,
ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro
cravos em uma cruz. Ela é o socorro seguro
certo dos que a invocam com amor filial.
BELEZA QUE SE IMPUNHA
Quando se fala em misses, logo já
vinha à mente as musas brasileiras Marta
Rocha, Terezinha Morango, Adalgisa
Colombo, Ieda Maria Vargas, Marta
Vasconcelos, enfim, outras belas brasileiras
que marcaram até hoje os concursos de
Miss Brasil. Hoje, quando se olha para uma
miss, ela está totalmente transformada por
várias correções, o que a deixa muitas vezes
exagerada. Me lembro de alguns concursos
de beleza realizados na Capital em que
vinham moças de todo o Mato Grosso, isto
antes da divisão. Misses que marcaram a
beleza mato-grossense até hoje são
lembradas: Marilene de Oliveira Lima,
Eliney Figueiredo Pinheiro, Kátia Escudeiro,
Moalir Metello, Nara Nardez e Santa
Butakka, entre outras. Elas impunham a
credibilidade na beleza, no
comportamento, eram o centro das
atenções em qualquer aparição pública. Os
tempos agora são outros. Para enfrentar
uma passarela é preciso dispor de muitos
reais.
Agora é moda, e se tornou uma
imposição social o tal do politicamente
correto. Tudo bem que havia abusos no dia-
a-dia com certos setores da sociedade, há
exceções, porém, e este “porre” de
politicamente correto está ultrapassando a
fronteira do bom senso. Estamos tentando
criar uma sociedade pura, séptica,
“ultraperfeita”, utópica, porém sendo levada
ao estágio de uma neurose coletiva, na qual
todos estão se tornando vítimas de alguma
situação, todos são coitadinhos indefesos,
oprimidos pela sociedade. Coisa chata isso!
Quando surgiu a “teoria do politicamente
correto, importado dos países nórdicos
puritanos ( continuo chamando de teoria, e
pra mim nunca deveria ter saído disso),
pensei até que poderia ajudar a sociedade
a melhorar, mas assim não o vejo hoje em
dia. Estamos criando uma sociedade chata,
complicada, cheia de mecanismos de
policiamento social, pior do que a polícia de
costumes que há em países Islâmicos. Agora
nem mesmo uma piada pode ser feita que
já vem centenas de “pseudo-vítimas”
bradarem! Há a ilusão de que isso
melhorará, mas nada, o resultado está aí,
um país hoje neurótico social e que não
resolveu absolutamente nada em termos
práticos. Estamos tentando criar cidadãos
ultraprotegidos pelas leis do estado, como se
vivessem em uma bolha, séptica, totalmente
limpa, isenta de qualquer contaminação de
traumas, sem nenhuma interferência
externa...Dentro desse ambiente de
“laboratório” o “tadinho” vai crescer com
possibilidades de explorar toda sua
potencialidade! Mas na verdade não é isso
que ocorre, o ser humano precisa de
confrontação, precisa ser testado, pois só
assim se fortalece e desenvolve mecanismos
de defesa. A confrontação é o combustível
da superação. Todos os exemplos que
vemos de superação de “limites” na história
humana foram de pessoas discriminadas
que levantaram a cabeça e enfrentaram o
mundo, e não ficaram mendigando
tratamentos diferenciados. Olhem Roosevelt,
paraplégico! Olhem as paraolimpíadas,
inúmeros exemplos de pessoas que saíram
da zona de conforto, abandonaram o papel
de vítimas e fizeram um diferencial da
média! Do fogo se forja o aço! Agradeço
aos “Bullings” (palavra horrorosa que
copiamos) que sofri, agradeço às
discriminações que sofri, agradeço às
ridicularizações de sofri, pois delas me tornei
mais forte, mais decidido, um ser humano
mais maduro! Prefiro que me chamem de
puta, de viado, de aleijado, de preto, de
mongol, de cego, de surdo etc a me usarem
palavras doces e amáveis que apenas
disfarçam o preconceito e me fazem
ludicamente pensar que o mundo mudou,
me acomodando. Prefiro que usem palavras
duras, mas que me fazem levantar e encarar
o mundo como ele é! O respeito começa
pela consciência de sua própria capacidade
e da coragem de olhar o mundo de frente!
Chega de coitadinhos e vítimas! Pois estes
nunca se superarão!