CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 4 A 10 DE SETEMBRO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
Wania Monteiro de
Arruda é nutricionista funcional,
aficcionada em receitas saudáveis
e saborosas, que divulga em seu
site e no Insta @wmarruda
NUTRITIVA
Por Wania Monteiro de Arruda
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
SETIVESSE CONHECIDOOXINGUANTES... ALIMENTE SEU CÉREBRO
Se eu tivesse conhecido o Xingu
antes... a Bélgica não teria perdido o
Congo
. Foi assim que o rei Leopoldo
III, da Bélgica, expressou seu
sentimento quando visitou o Parque
Indígena do Xingu, em 1964. O
monarca era um profundo conhecedor
de ictiologia e se encantou com as
centenas de espécies que os meninos da
aldeia lhe traziam dos rios.
Leopoldo III herdou terras ao longo
do rio Congo, o segundo maior rio da
África. Seus antecessores impuseram ao
povo colonizado um regime de terror,
incluindo trabalho escravo, prisões,
torturas, assassinatos em massa. O
território africano deixou de ser
possessão pessoal de Leopoldo II e foi
reconhecido como Colônia Belga, em
1908, passando a se chamar Congo
Belga. Na década de 1950, tomou corpo
o movimento político congolês e em
1956 o grupo
Conscience Africaine
divulgou um manifesto reivindicando a
emancipação do país. No ano seguinte,
a Bélgica autorizou a realização das
primeiras eleições na colônia.
O ano de 1959 foi marcado por
constantes distúrbios, que muitas vezes
degeneraram em combates de rua que
forçaram a Bélgica, então comandada
pelo Rei Balduino, filho de Leopoldo III,
a tornar o Congo Belga independente, e
que a partir de junho de 1960 passou a
se chamar República Democrática do
Congo.
Foi nesse contexto que Leopoldo III
proferiu a frase
Se eu tivesse conhecido
o Xingu antes
...
a Bélgica não teria
perdido o Congo
. No Parque Indígena
do Xingu, parece que
entendeu que cada
povo tem seu modo de
viver e que a colônia
africana, assim como
as comunidades
indígenas, enfrenta
vários desafios
contemporâneos
decorrentes de um
processo de ocupação
regional desordenado e
movido por interesses
individuais que abrem
mão do respeito à
dignidade dos povos
autóctones,
principalmente quando
a disputa por território
se trava entre
silvícolas e o avanço
do agronegócio.
O funcionamento do cérebro
depende de uma rede de comunicação de
mensagens formada por uma complexa
interligação de mais de 100 bilhões de
neurônios (células nervosas), nutridos,
protegidos e auxiliados por células da
glia, que se comunicam por sinapses
elétricas e químicas, sendo estas últimas
executadas através de
neurotransmissores. O cérebro necessita
de 20% de todo oxigênio que
consumimos e de 25%a 30% de toda a
energia que obtemos. O seu
funcionamento depende de uma tarefa
relativamente simples que realizamos
várias vezes ao dia de forma consciente,
a alimentação. Somente a partir da
alimentação é que conseguimos obter
toda a energia e todos os nutrientes
necessários para que este sistema
controle de maneira adequada todos os
nossos atos e ações, funções físicas,
mentais e emocionais. Apesar de o
cérebro controlar todas as nossas
funções, é o único órgão que não tem
reserva significativa de energia, ou seja,
o pequeno estoque de glicogênio que ele
dispõe se localiza nos astrócitos.
Portanto, ele é totalmente dependente da
energia obtida da alimentação adequada.
Sua principal fonte de energia é a
glicose, por isso é totalmente inadequado
em pessoas saudáveis fazer dieta rica
apenas em proteínas e
gorduras, retirando todo o carboidrato da
alimentação. O cérebro foi preparado
para funcionar à base de glicose, que ele
precisa retirar continuamente da corrente
sanguínea, por isso a importância de
comer várias vezes ao dia. A sensação de
bem-estar que sentimos é produzida pela
capacidade que temos de pensar,
imaginar, criar soluções para tudo que
enfrentamos no dia a dia, e isso somente
é possível graças a uma constante troca
de mensagens entre os neurônios no
cérebro. Para tanto, temos que comer os
alimentos abaixo relacionados que
ajudam na transmissão dessas mensagens
são: abacate, ovo,
brócolis, couve,
couve-flor, quinoa,
linhaça, atum e
sardinha, carnes
magras, frutas
vermelhas (amora,
morango, framboesa),
banana, castanha-do-
pará, nozes,
amêndoas, espinafre,
feijão, lentilha,
ervilha.
Concluo que
nutrientes dão
inteligência às nossas
emoções.