EDIÇÃO IMPRESSA - 504 - page 19

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 4 A 10 DE SETEMBRO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
THINKANDTALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo
MickeyMouse ...”
PECHAKUCHA
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo.
Vive a vida intensamente.
8
Por Amauri Lobo
INFINIT
RESPONSÁVEIS
PRINCÍPIO DE TUDO
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João Gordo,
é um dos publicitários mais
premiados de Cuiabá
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clóvis Mattos
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
Você por um acaso já
ouviu falar em
Pecha Kucha
?
Já foi convidado para
uma
Pecha Kucha Night
?
Como será que se pronuncia
isso? As respostas a essa
pergunta encontram-se ao
longo dessa dica.
Pecha Kucha
é um termo
japonês e equivale a ‘
chit
chat
em inglês. Ou seja, ‘
bate
papo
‘, ‘
conversa informal
‘ em
português. A pronúncia é
estranha, mas você conseguirá
fazê-la se aprender as partes.
Assim, repita cada ‘
sílaba
por vez :
-
tchak
-
tcha
.
Lembrando que o ‘
tch
‘ é o
tch
‘ do gaúcho quando diz
tchê
‘. Pratique aí! Agora que
você sabe a origem e a
pronúncia de ‘
pecha kucha
tem que saber o que é isso.
Pecha Kucha
é um tipo
de apresentação feita
em
powerpoint
na qual o
apresentador só pode usar
20
slides
e cada
slide
só pode
ser exibido durante 20
segundos. Outra coisa
interessante é que a transição
de um
slide
para o outro é
automática; ou seja, o
apresentador tem que falar
sobre cada
slide
por apenas 20
segundos. Ele não pode
intervir de forma alguma na
transição dos
slides
. O tempo
total que cada apresentador
tem para demonstrar suas
ideias em uma
Pecha Kucha
é
de apenas 6 minutos e 40
segundos. Afinal, 20
slides
em
20 segundos dá exatamente
6min 40seg.
Uma
Pecha Kucha
Night
nada mais é do que uma
noite na qual as pessoas se
encontram em um local para
fazer apresentações nesse
formato. Inicialmente,
Pecha
Kucha Nights
eram eventos
nos quais
designers
se reuniam
para apresentar suas ideias,
estabelecer o
networking
e se
divertirem. Hoje em dia,
Pecha
Kucha Nights
são eventos que
envolvem pessoas de todas as
áreas profissionais. Podem ser
até mesmo amigos que se
reúnem depois de algum
tempo, por exemplo, para
contar aos outros o que
aconteceu durante
certo período.
Você pode
organizar uma
Pecha
Kucha Night
com o
tema ‘
Viagens
Convide seus amigos,
prepare os comes e
bebes, ligue os
equipamentos
necessários e, então,
cada participante terá
que falar sobre suas
‘viagnes’ em
formato
Pecha Kucha
.
É muito divertido! No
seu trabalho, você
pode convidar o
pessoal do seu departamento
para apresentar os projetos para
2015 ou falar sobre os
resultados de 2014. Enfim, você
pode fazer sobre o que bem
quiser; no entanto, a regra de
20×20 deverá ser respeitada.
Professores e estudantes de
inglês podem fazer
apresentações com temas
específicos:
falar sobre família,
planos futuros, a cidade ou
região em que mora, profissão,
meio ambiente, etc
) e mostrá-las
em uma
Pecha Kucha Night
na
escola ou outro local de
interesse comum. O objetivo
será o de se divertir e falar sobre
o tema escolhido em inglês. Não
há a intenção de corrigir os
apresentadores, comentar as
apresentações, apontar erros e
falhas, avaliar a desenvoltura,
etc. Essa é uma ideia
interessante para desenvolver
a fluência e outras habilidades
relacionadas à aprendizagem da
língua inglesa.
See ya! Take care!
Temos a tendência
inequívoca de transferir a
responsabilidade para alguém
que não nós mesmos.
Responsabilidade sobre o quê?
Sobre tudo. Sobre fatos que
outros protagonizaram, que
nós mesmos realizamos e,
pior, sobre detalhes íntimos
sobre os quais sequer falamos.
Mas culpamos alguém.
Somos responsáveis por
tudo o que nos ocorre. Não há
escapatória. E se apenas
nestas horas lembramos de
culpar Deus, passamos a
demonstrar esta estranha
forma de crer. Crer em um ser
superior apenas quando
pensamos que ele está errado.
Pois, no acerto, nos
apressamos para assumir os
louros da vitória.
Este é o ser humano.
Quando ateu,
transfere para a
sociedade a
culpa de algo
que não
esteja
correto.
Quando
crente,
transfere
para o
criador esta
culpa. Ambos,
porém, só
assumem os bônus.
Alguém precisa ficar
com os ônus! Que tal,
por exemplo, jogar a culpa
no político corrupto eleito
com o nosso voto? E se não
votamos exatamente naquele,
foi nosso sistema democrático
quem elegeu a todos. Portanto,
somos todos comparsas.
O melhor caminho é
exatamente assumirmos nossa
parcela de participação nos
fatos. Nesta via, receberemos
de volta aquilo que enviamos.
Colheremos o que plantamos.
Teremos o que fizemos. Faz
parte de nossas vidas saber
que cada reação é fruto de
uma ação e que, portanto, tudo
tem um porquê. Assim, a cada
novo dia nos é lançada uma
esteira de possibilidades de
ações que gerem reações.
Caberá a nós a opção de
pegarmos cada item nesta
esteira da linha de montagem
de nossos futuros. Operários
de nós mesmos. Complexidade
industrial...
Parece que foi ontem.
Comunista de carteirinha, vi o muro
desabar, aturdido, acabando com
uma guerra que de fria tinha apenas
o nome.AURSS tinha se
desmantelado. BerlimOriental
voltava a abrir suas portas para o
Ocidente. Depois dessa queda, a
cortina de ferro caiu emmuitos
outros países. O processo de
igualdade proposto pelos discípulos
de Marx sucumbiu à falta de
perspectivas, à falta de opções.
Sucumbiu pela falta de liberdade.
O capitalismo havia vencido o
comunismo.
Capitalismo que se espalhou
como uma peste negra, invadindo
de Pequim aVarsóvia, de Katmandú
a Quito, transformando as
diferenças num grande e cada vez
mais mercado comumglobalizado.
Money is money. Vendemos
indulgências em cada esquina. Nada
é mais importante que a liberdade.
O comunismo se esqueceu
disso. Apenas poucos roubavam e
ficavam cada vez mas ricos. No
capitalismo, vai de cada um. Não
precisa pertencer ao partido. É
verdade que nunca tivemos tanta
gente passando fome no mundo
como agora nesse regime do
capital. Fome esta que marcou os
regimes totalitários e que
acompanha muitos regimes
democráticos. Pergunte pra
qualquer pessoa. É preferível
passar fome, mas pode ir até a
esquina. É preferível passar fome,
mas poder ter autonomia de seus
pensamentos. É preferível passar
fome assim que passar fome tendo
que achar que tudo é lindo. O
regimemilitar brasileiro, por
exemplo, tinha como bandeira um
regime democrático, igualitário.
Queria defender a democracia
americana, o país da liberdade. Mas
sem liberdade. Com agressão. Com
tortura. Paradoxalmente os que
lutavam contra o regime
representavamquemperpetuava
seus líderes no poder. Fidel, Che e
companhia representavamum
mundo onde teoricamente todos
teriam as mesma oportunidades.
Como sempre, na história
somos meros fantoches.
Pior que tem gente que apoia a
volta de um regime militar. Como
alguém pensa assim, não sei. O que
não víamos naquela época é que
simplesmente se tratava de duas
potências travando um duelo de
dominação territorial, omesmo
duelo que Hitler tramava com seus
generais antes das batalhas, mas
entre dois países que tocavam,
literalmente, o foda-se para nós sul-
americanos.Avelha tática de
arrebanhar mercado e súditos, bem
conhecido pela Igreja Católica e
pelaRealMarinhaBritânica.
Nenhumdeles tem a mínima
preocupação com nós, os
cucarachas.
Somos peões num tabuleiro de
xadrez. O primeiro a entrar morre
na batalha. Batalha que agora
enfrentamos por outra ação ocular.
Autofagia do capitalismo impera
como Nero. Nossa guerra é contra
o nosso vizinho, que é
bombardeado por mensagens que
despertam o desejo, que não tem
condições de comprar aquilo que
lhe é oferecido. Escravos do
consumo, que fizeram toda uma
geração se desvirtuar. Hoje é feio
estudar, temos escolas fracas e não
investimos em ensino naAmérica.
Resultado que temos diversas
Venezuelas, países ditos
democráticos, que matam seu
povo. Mas lá tem gente ganhando
dinheiro.
Decididamente um lado
venceu, pois nesse lado pode-se
tudo. Matar, roubar, desviar,
fraudar, e dependendo da igreja, até
se libertar. No capitalismo pode-se
tudo. Inclusive ser livre.
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