CUIABÁ, 24 A 30 DE JULHO DE 2014
Luiz Marchetti é cineasta
cuiabano,
mestre em design em arte
midia, atuante na cultura de
Mato Grosso e é careca.
CULTURA
Por Luiz Marchetti
Fotos: Luiz Marchetti
VIDA VIVIDA
ABERTURADA EXPOSIÇÃO DE CARLOS LOPES
Nesta quinta feira dia 31 as 19h abre na
CASA DO PARQUE
a mais nova Exposição deste artista plástico. Venha prestigiar e conhecer suas mais
novas obras com curadoria de
MAGNA DOMINGOS
e textos da professora e imortal da Academia Mato-grossense de letras
MARILIA BEATRIZ
FIGUEIREDO LEITE
. Entrada franca. Info: 3365 - 4789.
SOBRE CARLOS LOPES
MARÍLIA BEATRIZ
Sagrado é emCarlos Lopes o possível ritual de suas telas. Todas estão envoltas na magia da circularidade.Algo de eterno
comparece na linguagem pictórica e, o que envolve os seus traços, as suas imagens é a marca de sua individualidade.
Individualidade que se configura em pássaros, em folhas enfim, que está inserta no umbigo do natural com o circular a
circunscrever o projeto da identidade.
Identidade subvertida com despojamentos e sínteses de transição atribuindo títulos figurativos a quadros quase informais.
Outros momentos existe um rigor é quando as cores iluminam e elas mesmas nascem como temas dos quadros. Carlos Lopes
rompe com o seu passado e vai buscar num caminho entre telúrico e mágico resposta para o seu anseio de fazer arte.
CIRCUITO IN CONCERT: GRÁTIS
REBECA SILVA DE ALMEIDA :
Minha historia com a Musica começou tocando
em igreja, mas eu não via musica como profissão porque os instrumentos me pareciam
muito caros. Na escola eu procurei e consegui tocar em banda, foi assim que a
TROMPA
um dia ‘me escolheu’. Muitas pessoas ainda que me chamassem de
talentosa me desencorajavam enquanto profissão: “Você não vai ter carreira no mundo
da musica!” Foi muita força de vontade não permitir que esses comentários não
mudassem meu sonho. Eu morava em Manaus, minha mãe adoeceu, com depressão e
desvio de coluna viemos cuidar de minha mãe aqui em Cuiabá. Parei tudo com a
musica. Foi meu padrasto quem mencionou o INSTITUTO CIRANDA em Cuiabá. Fui
até la, consegui e depois de um tempo, entrei na Banda Sinfônica. Assim a musica me
levou para viagens pelo interior de Mato Grosso, viajei por lugares que eu não teria
condições de pagar. Não me imaginava entrar num mundo de musica orquestral. A
musica me deu coragem, ousadia e amor próprio. A disciplina me fez entrar na
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO onde estudo Licenciatura em Musica.
Sou hoje professora no INSTITUTO CIRANDA- algo que amo e toco na Orquestra
sinfônica do Estado, ou seja, tenho uma carreira em construção.
RENATOBARRETO:
Eu so tinha ligação com a
musica porque meu pai toca
violão, mas eu tinha muito
pouco contato. Quando o
Ciranda chegou em
NOVA
MUTUM
eu conheci e
comecei a estudar o
VIOLINO
e a musica se
tornou a coisa mais
importante na minha vida.
Caráter, acho que influenciou
muito o meu caráter, ajudou o
meu psicológico. La em Nova
Mutum eu estudava muito e
me destaquei, assim fui
convidado a ser monitor de Violino, trabalhava com as crianças, os mais novos. Quando
terminei o ensino médio, me mudei para Cuiabá , assim comecei a dar aula no
INSTITUTO CIRANDAde violino e entrei na na UNIVERSIDADE FEDERALDE MATO
GROSSO onde estudo Licenciatura em Musica. Essa é minha profissão.
RYKAELLE
RIBEIRO VIEIRA:
Diferente de outros
lugares onde passei, no
INSTITUTO CIRANDA
eu tive uma formação
com base sólida para o
meu instrumento, pra eu
realmente aprender a
técnica correta com o
TROMBONE
. Antes eu
aprendia um pouco com
uma pessoa, um pouco
com outra, eu ficava a
mercê de outras pessoas.
Quando consegui entrar
no INSTITUTO
CIRANDA eu tive aulas de graça com profissionais informados, com técnica. Meu
professor hoje tem formação profissional. Ali eu percebi que esse é realmente o
instrumento que eu quero estudar e me profissionalizar com ele.
Eu mexo com a industria criativa, trabalho com
exposições, publicidade, projetos de audiovisual,
circuitos culturais e em entrevistas, é impressionante:
como tem tanto jovem já cristalizado. Ser jovem em
nada significa saber o que acontece de frescor na
cultura popular. Eu tento estimular para uma formação
pedagógica mais profissional, uma cultura menos
deslumbrada com a internet e fama instantânea, mas a
força da ignorância bem vestida, falando com
desenvoltura é desanimadora. O Brasil tem muito jovem
novinho e já todo erradinho. Rico ou pobre,
preocupadíssimo com facebook, com grife de carro,
deprimido na infância com culpas religiosas. Existe algo
mais triste que ouvir comentário de jovem
preconceituoso e violento? Fui assistir ao ensaio do
INSTITUTO CIRANDA e quando acabaram estas
entrevistas, eu me senti aliviado, revigorado, foi como
um banho. Não é apenas a música. A formação
pedagógica que o Instituto Ciranda gerou nessas
crianças e jovens, é profunda. Eles são diferentes entre
si, afinal ninguém é igual ao outro, mas possuem ritmos
diferentes da maioria dos ‘outros’ jovens, possuem
diversos assuntos, outra maneira de olhar quando a
gente conversa, um interesse totalmente diferente de
escutar e de lidar com o dialogo. Até o foco, o ritmo, a
atenção deles é diferente. Jovens iluminados: eles trarão
a musica para a comemoração da nossa Edição 500. A
Orquestra do Instituto Ciranda com seus 52 integrantes
está firme e forte ensaiando para a
apresentação na
quinta, 07 de agosto, no gramado do Jornal Circuito
Mato Grosso
. Voce e sua família durante a apresentação
da Orquestra, vão se deliciar com um repertorio alegre
e pontilhado de tango, e agora sabem que cada som,
cada aprendizagem veio de uma conquista, de uma vida
entregue com seriedade a industria criativa de Mato
Grosso. No palco eles nos representam: Como cada
profissional que se dedica nas palavras, nas paginas
deste jornal, cada musico desta orquestra, toca, assopra
e escolhe o melhor para que a musica siga
transformando nossos dias.
Circuito in Concert : Reserve suas cadeiras para o
concerto gratuito ao ar livre no fone (65) 3023 5151
O historiador, escritor e imortal Carlos Gomes de Carvalho lançou o
Dicionário de Termos e Expressões de Mato Grosso
pela
KCM Editora
.
O livro é resultado de uma longa pesquisa de mais de dez anos sobre o falar de nosso Estado desde o século XVIII até os dias de hoje. São quase
1.500 verbetes, adotados por 77 autores e pesquisados em 99 livros, além de outras publicações na imprensa. Fiquei encantado com a pesquisa
porque as frases que
GOMES DE CARVALHO
extraiu para os exemplos dos termos mencionados no Dicionário são espetaculares. O parâmetro
que ele adotou, além de informativo, é refrescantemente inspirador e muito bem-humorado.
Cada termo é uma nova narrativa, uma história à
parte
. Se você não nasceu mas mora em Mato Grosso, adquira o
Dicionário de Termos e Expressões de Mato Grosso
pelo papel referencial da
nossa cultura, e se sua família é desta região, acredite: eis aqui um tesouro importante de nossa literatura que você deve levar para casa,
celebrando o poder das palavras ora no linguajar popular, ora em análises de linguagem acadêmica, sempre em movimento.
CARLOS GOMES DE CARVALHO E NOVO DICIONÁRIO