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PANORAMA
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CUIABÁ, 19 DE DEZEMBRO DE 2013 A JANEIRO DE 2014
INDEA
Estado vive risco de colapso sanitário
O alerta partiu de agropecuaristas com base em relatório que aponta sucateamento histórico do órgão.
Por: Sandra Carvalho. Fotos: Divulgação
Um relatório
elaborado por entidades
relacionadas à
agropecuária do Estado
aponta sucateamento
histórico do Instituto de
Defesa Agropecuária de
Mato Grosso (Indea) e
risco iminente de um
colapso sanitário. O
documento foi entregue
ao procurador-geral de
Justiça, Paulo Prado,
contendo todas as
dificuldades enfrentadas
pelo órgão, que é
responsável pela
segurança sanitária e
PROJEÇÃO 2014
Produção de MT será
de R$ 40,6 bilhões
O Valor Bruto da
Produção (VBP) de Mato
Grosso em 2014 será o
maior da história do
Estado, com volume
previsto de R$ 40,6 bilhões,
segundo o Imea.
Apesar de o
crescimento previsto para o
próximo ano ser mais
tímido, apenas 2,8% em
relação a 2013 (R$ 39,5
bilhões), a projeção
positiva se deve,
principalmente, às cadeias
de soja e algodão, pois
juntas elas representam
61% do VBP.
O VBP é o principal
indicador de receita no
campo e representa o
volume de produção
multiplicado pelo preço de
mercado. Toda a riqueza
gerada dentro de uma
propriedade rural também
O Imea estima aumento de 9% na produção de soja em Mato
Grosso, mas uma leve redução de 1% no preço do produto
impacta na sociedade e
na economia local. Os
dados correspondem ao
VBP das culturas de soja,
milho, algodão, arroz,
cana-de-açúcar, produtos
florestais, bovino, suíno,
ave e leite.
O Imea estima
aumento de 9% na
produção de soja em Mato
Grosso, mas uma leve
redução de 1% no preço
do produto. Isso se deve à
projeção de crescimento da
safra brasileira e à boa
safra americana.
Em relação ao
algodão, a tendência é de
aumento na demanda pela
pluma e isso irá impactar
em uma pressão sobre os
estoques e o preço. Em
contrapartida, a previsão
para o milho é de queda
na produção, motivada
pela boa safra americana.
O reflexo disso para o
milho é a previsão negativa
de 28% do VBP em relação
ao ano passado.
“Apesar de prevermos
redução na produção do
milho (-27%) e estabilidade
no preço, no geral os
números mostram uma
expectativa positiva para a
agropecuária de Mato
Grosso em 2014. É claro
que só teremos melhores
resultados quando tivermos
uma logística mais eficiente
e compatível com nosso
volume de produção”,
avalia o presidente da
Famato, Rui Prado.
Segundo o
superintendente do Imea,
Otávio Celidonio, o setor
da pecuária alcançará R$
10,8 bilhões no VPB,
representando aumento de
6,4% em relação a 2013
(R$ 10,1 bilhões). Merecem
destaque os segmentos de
suínos e aves, que devem
crescer 22%.
“Para esta cadeia
nossa expectativa é
abertura de novos
mercados internacionais
para fomentar ainda mais
a produção e agregar mais
valor ao Estado, além de
dar continuidade à força
dos mercados interno e
externo. Se produzirmos
mais carnes aqui, a soja e
o milho serão convertidos
em proteína animal e isso
será revertido em economia
como um todo”, avalia
Celidonio.
proteção da saúde do
rebanho animal do
Estado.
Conforme as
entidades, o Indea não
dispõe das mínimas
condições de trabalho,
pois o orçamento
destinado para atender às
necessidades do órgão foi
reduzido. Com isso, vários
programas sanitários estão
sendo prejudicados, o que
impossibilita a realização
da maioria das atividades.
Os pecuaristas
reclamam ainda que falta
material básico de
atendimento às suspeitas
de doenças infectas
contagiosas suscetíveis ao
rebanho do Estado e
temem um colapso de
ordem sanitária,
principalmente nas regiões
de fronteira, caso não
sejam tomadas
providências.
O segmento pediu a
intervenção do procurador
Paulo Prado, para exigir do
Executivo o cumprimento de
suas responsabilidades
institucionais e legais na
proteção da saúde do
rebanho animal de Mato
Grosso. De acordo com
Prado, os dados trazidos
no relatório são
extremamente
preocupantes. “As
informações são graves e
poderão repercutir no
cenário econômico do
Estado. Vamos
encaminhar toda
documentação à
Procuradoria de Justiça
Especializada de Defesa
da Cidadania e do
Consumidor, que vai
analisar junto com os
representantes do setor
quais as melhores
medidas a serem
adotadas”.
O documento foi
assinado pelos
representantes da
Associação dos
Criadores de Suínos de
Mato Grosso (Acrismat);
da Associação dos
Criadores de Mato
Grosso (Acrimat),
Associação Mato-
grossense dos Criadores
de Ovinos e Caprinos
(Ovinomat) e Sindicato
das Indústrias Frigoríficas
de Mato Grosso
(Sindifrigo-MT).
PECUÁR I A
Com 29 milhões de
cabeças de gado, o
rebanho mato-grossense é
o maior do país e ocupa
o 2° lugar no ranking dos
exportadores de carne.
Das 83 plantas frigoríficas
aptas para exportação,
18 estão localizadas em
Mato Grosso, com abate
mensal de 497 mil
cabeças. A carne suína
ocupa o 5° lugar em
produção e em carne de
frango a 7ª posição no
ranking nacional. (Com
Assessoria)
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Ma t o Gr o s s o s e j a a ma i o r da h i s t ó r i a
