CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 1 A 7 DE AGOSTO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
RATZINGER SABIA MUITO BEM ...
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr
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João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João
Gordo, é um dos publicitários
mais premiados de Cuiabá
PAPA PEDE UMA IGREJA INCLUSIVA
Ligue: (65) 3023-5151
ABCDEF....GLS
Por Menotti Griggi
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Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
A visita do Papa Francisco
repercutiu de diversas formas no
Brasil e no mundo. O Papa, com toda
sua simplicidade, agradou a todos.
Eu confesso que fiquei olhando
atentamente os momentos em
que ele falou, rezou e com
uma simpatia enorme fez crer
ainda mais na máxima que
carrego sempre em minha
vida “Menos é Mais”.
De certa maneira, o
que agradou muito a
Comunidade LGBT foi
sua fala de “inclusão”
dos gays na Igreja e
não a exclusão ou
a homofobia tão
presente no
discurso dos
evangélicos
fundamentalistas,
aliás, após a
fala do Papa
Francisco, o
polêmico (ainda)
presidente da
Comissão de
Direitos
Humanos (CDH)
da Câmara dos
Deputados,
Pastor Marco
Feliciano (PSC-SP), criticou a
imprensa e afirmou que os veículos
de comunicação distorceram as
declarações do Papa Francisco sobre
homossexuais de forma “desonesta”,
pois durante a sua viagem de volta
ao Vaticano, Francisco afirmou que os
homossexuais não devem ser
discriminados e sim integrados à
Igreja. “Se uma pessoa é gay, busca
Deus e tem boa vontade, quem sou
eu para julgá-la?”, disse o Papa.
Sinceramente o Falastrão
Feliciano não perde oportunidade
nenhuma de tecer comentários
polêmicos e não deixaria passar em
branco as declarações de Francisco.
O fato é que o Papa veio,
agradou pela sinceridade,
honestidade e clareza com que expõe
suas ideias e pensamentos.
Por enquanto, estou mais para
acreditar que é possível sim uma nova
visão e uma inclusão maior
de gays junto a sua
igreja, templo, espaço
místico ou onde quer
que seja neste não tão
laico chamado Brasil.
O Papa Francisco é tudo aquilo e
muito mais que a igreja católica queria.
Humilde, inteligente, sincero.
O primeiro pontífice não europeu
em 1.200 anos, o primeiro nascido nas
Américas, o primeiro papa Jesuíta. A
maior jogada de marketing desde o
lançamento da Bíblia. Sua
inquietação em meio ao povo,
procurando a multidão, passa
sobretudo amor. Um amor
incondicional. Desde o carro usado,
as entrevistas concedidas, tudo nesse
santo padre parece diferente. É claro
que a população nota, nitidamente,
essa aproximação.
– Putz... Vão matar o papa,
Anésio. Do jeito que está bagunçado
vão matar o Papa no Rio de Janeiro –
berro desesperado vendo as imagens
do povo cercando o carro próximo
à Cinelândia.
– Mas Johan. Ele é o líder de
uma religião que prega vida eterna.
Ele não pode ter medo de morrer.
Senão, que vendedor é ele que não
confia no seu produto.
Anésio e suas teorias. Todas
verídicas.
Na propaganda temos um ditado
que diz que quando um cliente tem
uma surpresa boa, ele conta para
duas ou três pessoas. Mas quando
ele tem uma surpresa negativa, espalha
pelo menos para oito pessoas. Humano
sempre pessimista. Acho que passamos
por esse momento no Brasil. Não que
esteja tudo bem, longe disso. O
problema não é só nosso. Não são
somente os políticos. O mundo está
apodrecendo. O sistema está todo ruim.
O planeta não aguenta mais. Nem o
povo. Temos de começar a mudar o
mundo pelo nosso quintal. Vamos
espalhar amor. Vamos espalhar
solidariedade. Pelas nossas ruas. Vamos
nos reinventar com respeito. Vamos
manifestar contra o que é errado em
todos os segundos de nossas vidas.
Vamos fazer do patriotismo um bem
comum e não individual. Os otimistas
são a maioria. Nós, do bem, somos a
maioria. Chegou a hora de mudarmos.
– Amor, por isso sou apaixonada
por você. Seus sonhos contagiam.
Que a Flor seja a primeira,entre
milhares.
“Uma árvore que cai faz mais
barulho do que uma floresta que
cresce”
Papa Francisco.