CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 25 DE ABRIL A 2 DE MAIO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 2
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clovis Mattos
TENDÊNCIAS
Por Edmilson Eid
Edmilson é arquiteto e
festeiro oficial da
Praça Popular
MARCA DO SUCESSO
MARIGHELLA
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
PPor Rosemar Coenga
r
n
O LIVRO ONDE SE MORA
UM PORTO SEGURO
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
o
a m
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
Era uma vez... É
assim que tudo começa.
São três palavras
simples, mas quando
estão juntas abrem as
portas para um mundo
novo, imprevisível. O
primeiro “era uma vez”
de uma criança
normalmente é seguido
de outros tantos. É uma
viagem sem volta. E
realmente desse mundo
fantástico ninguém quer
voltar.
No dia 2 de abril
comemorou-se o Dia
internacional do Livro
Infantil, para lembrar
que, há 208 anos,
nascia o dinamarquês
Hans Christian Andersen. Muitos não conhecem esse nome,
mas certamente não se esquecem de suas obras:
O Patinho
Feio
,
O Soldadinho de Chumbo
,
A Pequena Sereia
e
A
Polegarzinha
. A origem humilde do escritor não impediu que
criasse histórias que encantaram gerações por todo o mundo.
O Brasil também tem seu “Hans Andersen”: José Bento
Renato Monteiro Lobato. O dia de seu nascimento, 18 de
abril, foi adotado no país como o Dia Nacional do Livro
Infantil. Grande parte das histórias infantis de Monteiro
Lobato é ambientada no Sítio do Picapau Amarelo. O sítio
transporta o leitor para um Brasil rural, simples e inocente.
Seus personagens, muitos deles crianças como os próprios
leitores, estimulam a fantasia e a imaginação em suas
aventuras. “De escrever para marmanjos já estou enjoado.
Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um
mundo”, teria dito o escritor.
Adotando com humor e irreverência inigualáveis uma
linguagem extremamente personalizada, descontraída,
baseada no coloquialismo brasileiro, é como se o escritor
revestisse uma segunda e mais autêntica personalidade, que
faria dele um inovador linguístico mais “moderno” do que
qualquer um dos rebeldes de 22 que tanto atacara.
Tematicamente, sua literatura para crianças foi incorporando
de maneira original, única no mundo, o maravilhoso e o
real, fundindo as tradições do fabulário de outros povos com
o nosso folclore. Suas histórias imortais, tão simpáticas ao
imaginário infantil, dizem muito a adultos e crianças.
Um Porto Seguro,
do sueco Lasse
Hallström, conta a
história de Katie
(Julianne Hough) que,
fugindo de Kevin (David
Lyons), seu marido
violento e alcoólatra,
encontra na pequena
Southport, na Carolina
do Norte, um lugar
seguro para se
reestabelecer. Uma vez
lá, ela se apaixona por
Alex (Josh Duhamel),
um comerciante local
que, assim como seus
filhos, sofre com a
perda recente de sua
esposa.
O filme se
desenvolve de forma
cambaleante, com um roteiro apressado e incapaz de
construir uma narrativa suficientemente sólida para que
possamos digerir o que se passa nos minutos finais das
quase duas horas de projeção. A insana conclusão da
narrativa acaba por demolir o pouco que havia sido
construído até ali. O
cast
também não se acertou, sendo
visível o desconforto e a falta de química entre Hough e
Duhamel. Porém, é necessário reconhecer que a atuação
do australiano David Lyons é, provavelmente, o único
ponto alto do filme.
Um Porto Seguro
é a oitava adaptação de um livro
do americano Nicholas Sparks, que ficou mundialmente
conhecido por escrever histórias românticas que
geralmente têm um forte componente trágico. Mesmo
não sendo um grande fã do estilo de Sparks, devo
reconhecer que ele tem habilidade para escrever essas
histórias e que algumas adaptações para o cinema
renderam bons frutos, como
O Diário de Uma Paixão
em
2004.
No caso de
Um Porto Seguro
, só restou a certeza de
uma adaptação ruim que, se não fosse sua inconsistência
e falta de personalidade, poderia ter valido a pena.
Sua empresa ou
seu comércio tem como
a principal
identificação a marca
na fachada de seu
imóvel.
A apresentação do
seu trabalho, o tipo de
produto que você
vende tem que ser visto
em primeiro plano para
que seu cliente ou
paciente se identifique.
Os tamanhos e as
cores são algo de um
bom projeto para que
não se comprometa o
visual externo. O
exagero ou mesmo a
timidez não podem
atrapalhar neste
momento em que o seu
trabalho tem a sua
grandeza e
valorização.
Os grandes
criadores dos logotipos
que serão aplicados
não somente em
fachadas mas também
em impressões, depende
do uso de sua empresa
ou comércio.
Os materiais a
serem utilizados nos
painéis de identificação
ou mesmo as letras de
seu logotipo estão
sempre atualizados a
cada momento, pois
são muitos os
lançamentos de
materiais no mercado
da propaganda.
No projeto para
essa aplicação é muito
importante que o
arquiteto, junto com o
publicitário, trabalhe
na mesma linguagem
de aplicação do
logotipo em fachadas.
A ousadia e a
modernidade
trabalham
simultaneamente em
busca de resultados
para que a sua logo
seja atrativa para o
resultado esperado
pelo cliente. Esta é a
nossa dica.
Cuidado que o
Marighella é valente,
disse Cecil Borer, diretor
do Dops do Rio, antes
de despachar uma
equipe para capturá-lo
em seguida ao golpe de
64. Depois de nove anos
de apuração, chega às
livrarias a aguardada
biografia de Marighella,
o guerrilheiro intrépido,
bem-humorado e
sedutor. Seu autor é o
premiado jornalista
Mário Magalhães, por
muitos anos repórter
especial e ombudsman
da
Folha de S. Paulo
.
A narrativa percorre
a vida, a obra e a
militância do controverso
mulato baiano que foi
deputado federal, poeta
e estrategista da
guerrilha no Brasil.
Passagens pela prisão,
resistência à tortura,
A u t o r :
Má r i o
Maga l hãe s ,
E d i t o r a :
Companh i a
das Le t ras
Ca t e g o r i a :
Ci ênc i as
Humanas e
Soc i a i s /
Po l í t i ca
assaltos a bancos (e a
um trem pagador),
tiroteios, espionagem
internacional, tudo é
apresentado em ritmo de
thriller, com revelações
desconcertantes.
A biografia de
Carlos Marighella
(1911-69) é também um
livro sobre a história
política entre as décadas
de 1930 e 60. Por isso,
figuras como Fidel
Castro, Getúlio Vargas,
Carlos Lamarca, João
Goulart, Che Guevara,
Luiz Carlos Prestes,
Carlos Lacerda e Olga
Benário aparecem como
coadjuvantes de luxo.
Vigiado pela CIA e
monitorado pelo KGB,
Marighella conseguiu se
manter ativo ao longo
de seus quase 40 anos
de militância, mesmo
quando procurado
internacionalmente. No
mundo inteiro,
personalidades o
apoiaram, como Jean-
Paul Sartre, Glauber
Rocha, Jean-Luc
Godard, Augusto Boal,
Joan Miró e Luchino
Visconti. Em paralelo ao
trabalho de campo,
Marighella publicou
livros e textos que se
tornaram clássicos em
dezenas de idiomas,
como o
Minimanual do
Guerrilheiro Urbano
.