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CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
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CUIABÁ, 31 DE OUTUBRO A 6 DE NOVEMBRO DE 2013
CONDOMÍNIOS
Síndicos têm grandes desafios para manter uma boa qualidade de vida no condomínio, começando pela inadimplência dos
residentes. Por: Diego Frederici. Fotos: Diego Frederici
Inadimplência de taxas chega a 30%
FENATRAN
Ford lança novos modelos na Fenatran
A Extra Caminhões é a distribuidora da Ford em Mato Grosso e também se faz presente nas principais feiras do ramo.
Da Redação. Fotos: Divulgação
A Ford está expondo os
novos caminhões Cargo 816
e Cargo 1119, destinados
ao segmento de 8 e 10,5
toneladas, na Fenatran,
maior feira de veículos
comerciais da América
Latina, que acontece no
pavilhão de exposições do
Anhembi, em São Paulo.
Os recém-lançados
caminhões extrapesados,
Cargo 2842 e Cargo 2042,
são outros destaques da
mostra. Outra novidade da
linha Cargo 2014 é a
motorização preparada para
operar com o Diesel B20
(adição de 20% de
biodiesel).
Como demonstração, a
Ford exibe ainda um Cargo
2429 na configuração 8x2,
com eixo dianteiro direcional
extra, transformado por
implementador. O objetivo é
mostrar a versatilidade da
linha, que nesse caso tem a
capacidade ampliada para
29 toneladas.
“Com esses
lançamentos, a linha Ford
Cargo passa a contar com
19 modelos e se consolida
como uma das mais
modernas e completas do
mercado”, diz Steven
Armstrong, presidente da
Ford América do Sul. “Como
dissemos no lançamento do
Cargo Extrapesado, este é o
ano da Ford Caminhões e a
nossa linha presente na
Fenatran comprova isso”.
O Novo Cargo
Extrapesado, primeiro
caminhão global da Ford, é
o grande destaque da feira.
Com ele, a Ford passou a
atuar em praticamente todos
os segmentos do mercado,
com uma linha que une
tecnologias avançadas para
o desempenho e
produtividade com a
tradicional robustez e
assistência pós-venda da
marca.
“Lançamos o Cargo
Extrapesado e pouco mais
de um mês depois estamos
apresentando o novo Cargo
de 10,5 toneladas e o
Cargo 816 remodelado”,
diz Guy Rodriguez, diretor
de Operações de
Caminhões da Ford
América do Sul. “Isso mostra
a nossa disposição de
crescer com a oferta de
novas soluções para o
mercado”.
A Fenatran - Salão
Internacional do Transporte é
o evento-referência na área
de produtos e serviços
destinados aos
transportadores de cargas e
operadores logísticos. Com
mais de 35 anos de
tradição, promove a
realização de negócios e a
exposição dinâmica de
lançamentos globais para
milhares de profissionais do
setor interessados em
conhecer as tendências do
segmento.
Um condomínio, seja
ele residencial ou comercial,
possui demandas das mais
variadas naturezas, de
modo a manter uma
qualidade de vida
satisfatória para seus
moradores. Dessa maneira,
a figura do síndico tem
papel fundamental para
que esses serviços possam
ser realizados, cabendo a
ele também administrar os
recursos disponíveis e os
problemas que
eventualmente podem
prejudicar essa gestão,
como a inadimplência dos
residentes desses espaços.
Para o gerente
executivo do Sindicato das
Empresas de Compra,
Venda, Locação e
Administração de Imóveis
Residenciais, Comerciais e
Condomínios de Cuiabá e
Várzea Grande (Secovi-
MT), Ubirajara Souto, o
síndico precisa estar
preparado para entender o
desafio e a complexidade
da administração de um
condomínio, ao mesmo
tempo que lida com os
Administradora ajuda a
fazer “meio de campo”
Conviver em grupo
ajuda a criar laços que,
cedo ou tarde, podem ser
necessários para nossa
própria sobrevivência e
desenvolvimento. Os fatores
positivos, entretanto, não
excluem os desafios da
convivência entre as
pessoas. A vida num
condomínio, onde disputas
das mais diversas origens
chocam-se com
personalidades e egos, não
é diferente, fazendo dos
administradores de
conjuntos residenciais e
comerciais verdadeiros
conciliadores nessa
trincheira moderna.
Wannya de Souza
Coelho é uma dessas
figuras que ajudam no
relacionamento entre
moradores e síndicos de
condomínios. Sócia-
proprietária da Alternativa
Administradora de
Condomínios, em Cuiabá,
ela relata que seu papel vai
além de prover assistência
“É como ser o prefeito de
uma cidade”, diz síndico
Falta d’água,
problemas com
segurança, estacionar
em local proibido,
otimizar recursos...
Todos os problemas
comuns em cidades,
sejam elas de grande
ou pequeno porte que,
a depender da
infraestrutura, podem
ser facilmente
solucionados – ou não.
Entretanto, os casos
citados acima também
fazem parte do
cotidiano dos
condomínios e,
dependendo do seu
tamanho, podem
tornar-se verdadeiros
desafios.
Para o síndico do
Edifício Milão, Marco
Pessoz, os problemas
de um condomínio, de
acordo com seu número
de moradores, não
ficam devendo àqueles
jurídica e contábil para seus
clientes. Não raro, recebe
também reclamações dos
condôminos, levando as
queixas ao representante do
conjunto.
“O trabalho de um
administrador de
condomínio vai além de
prover assistência jurídica,
contábil ou cobrança de
inadimplentes. Recebemos
ligações dos moradores se
queixando de todo tipo de
problema e depois
conversamos com o síndico,
que é quem sempre tem a
palavra final”, diz ela.
E as responsabilidades
não param por aí. Segundo
a empresária, tudo que se
refere ao condomínio
(orçamentos para serviços,
sugestões de melhorias e
relacionamento com
moradores etc.) também
dizem respeito à
administradora. Ela diz, no
entanto, que algumas
pessoas não estão
preparadas para viver nesse
tipo de espaço, tendo em
vista que regras precisam ser
seguidas para uma
convivência harmoniosa.
“Morar num
condomínio é diferente de
morar numa casa. Num
conjunto não se pode
alterar a fachada, por
exemplo. Assim que alguém
se muda para lá, o síndico
deve disponibilizar um
informe com as normas
vigentes”, diz ela.
encontrados por prefeitos
de alguns municípios,
principalmente nos
empreendimentos
imobiliários mais
modernos, que contam
com diversas torres
residenciais, por exemplo,
cada uma com dezenas
de residentes e uma
administração comum,
que tenta resolver os
problemas da melhor
forma possível.
“Nesses
empreendimentos que
possuem várias torres
(prédios), não é raro
vermos mais de duas
mil pessoas convivendo
no mesmo espaço.
Algumas cidades não
têm esse número de
habitantes”, diz ele.
Segundo o
administrador, o síndico
deve contar com uma
assessoria para auxiliá-
lo no trabalho, do
contrário, pode
desempenhar um
serviço ruim,
acarretando até mesmo
processos na Justiça.
“Na maior parte
das vezes, o síndico tem
sua vida pessoal e suas
responsabilidades. Para
evitar dor de cabeça, é
aconselhável que ele
seja assessorado em
seu trabalho”, pondera
ele.
eventuais problemas que
surgem, como a
inadimplência e os conflitos
de relacionamento entre os
moradores.
“Muitas vezes o síndico
quer fazer tudo sozinho, ao
invés de ter um profissional
ou uma empresa
qualificada para fazer um
serviço”, ressalta ele.
De acordo com
Ubirajara, Cuiabá e Várzea
Grande têm juntas 718
condomínios, entre
residenciais e comerciais e,
até 2016, há previsão para
as ambas terem em torno
de mil conjuntos. As
projeções têm respaldo na
participação do crédito
imobiliário no PIB brasileiro.
Dados da Associação
Brasileira das Entidades de
Crédito Imobiliário e
Poupança (Abecip)
apontam que, em quatro
anos, mais de R$ 600
bilhões serão investidos
nesses financiamentos,
correspondendo a quase
10% do Produto Interno
Bruto. O gerente executivo
da Secovi lamenta, no
entanto, a baixa adesão
dos moradores nas
assembleias e reuniões
condominiais. Em muitas
delas, segundo ele, os
participantes acabam
deixando de lado questões
coletivas para se concentrar
em disputas pessoais,
fazendo com que, algumas
vezes, o síndico sinta-se
desmotivado a assumir essa
tarefa, uma vez que disputas
jurídicas relativas ao
condomínio também são de
sua responsabilidade. “Além
de tratar de problemas
pessoais, que não são de
sua alçada, o síndico
responde juridicamente pelo
condomínio, como em
relação a recolhimento do
INSS dos funcionários”,
afirma ele.
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mo r ado r e s e s í nd i c o s
Marco Pessoz diz que
problemas nos
problemas
condomínios não ficam
devendo aos encontrados
em alguns municípios
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