EDIÇÃO IMPRESSA - 464 - page 17

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 31 DE OUTUBRO A 6 DE NOVEMBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 5
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
i R
DONA AUSENTE
THINK AND TALK
PPPor Laura Santiago a i
LauraédiretoradaYes!Cuiabá
e apaixonada pelo Mickey Mouse ...”
NÃO TER NADA A VER
Como é que se diz não ter nada a
ver em inglês? Essa é uma expressão
comum no dia a dia de nós falantes do
português, não é mesmo? Portanto, nesta
dica você vai aprender como dizê-la em
inglês. Para dizer não ter nada a ver
em inglês use a expressão
have nothing to do. Nem
pense em interpretar essa
expressão ao pé da letra.
Apenas aprenda que é assim
que se diz não ter nada a
ver em inglês e ponto final.
Veja os exemplos:
· I have nothing to do with
this incident. (
Eu não tenho
nada a ver com este
incidente.
)
· What you’re saying has
nothing to do with what
you believe. (
O que você
está falando não tem nada a
ver com o que você crê.
)
· As far as I know, Michael
has nothing to do with
that. (
Até onde eu sei,
Michael não tem nada a ver
com isso.
)
Além da forma acima, você também
pode usar a estrutura not have anything
to do:
· I don’t have anything to do with
this incident. (
Eu não tenho nada a ver
O ano de 2013 corresponde ao
120º aniversário do escritor – e tantas
coisas mais que foi – Mário de Andrade
(1893-1945), conhecido como aquele
que aprendeu muito. Paulicéia
Desvairada, de 1922, abre as portas
para a poesia brasileira,
um inventário
das vivências, percepções e sensações
desencadeadas pela modernização de
São Paulo
que
ora é tumba de homens
massacrados pelas ‘monções da
ambição’, de bandeirantes ou de
capitalistas, ora é palco de multicoloridos
festejos
.
O Sequestro da Dona Ausente
,
um estudo que percebe a ausência da
mulher no folclore luso-brasileiro, consiste
em uma análise primordial sobre a cultura
brasileira. O termo
Dona Ausente
vem do
além-mar, de terras portuguesas, para
entender o sentimento amoroso dos
homens navegantes para exaltar a
ausência da mulher amada.
Se no folclore fuso-brasileiro a
ausência do gênero feminino ganhou a
preocupação de Mário de Andrade, e na
mitologia indígena? Onde está a mulher
no fato, na passagem dos tempos
fabulosos, na invenção das tradições
(termo do historiador Eric Hobsbawm)
que, sob forma de alegoria, deixa
entrever a criação? Em que plano figura?
Assim como o papel da mulher indígena
na vida social é considerado pelos
homens como secundário, o que diz a
narrativa mitológica sobre isso?
Há tempos foi perguntado a um índio
Nambiquara do Cerrado, habitante do
com este incidente.
)
· What you’re saying doesn’t have
anything to do with what you
believe. (
O que você está falando não
tem nada a ver com o que você crê.
)
· As far as I know, she doesn’t have
anything to do with that. (
Até onde eu
sei, ela não tem nada a ver com isso.
)
Mas digamos que você queira perguntar
se alguém tem algo a ver com algo
m
.
O que fazer? Neste caso esqueça a
palavra nothing e use a palavra
any t h i ng:
· Do you have anything to do with
that? (
Você tem algo a ver com isso?
)
· Does Peter have anything to do
with her? (
Peter tem alguma coisa a ver
com ela?
)
· Did they have anything to do with
that whole situation? (
Eles tiveram algo
a ver com essa situação toda?
)
Por fim, há duas expressões em
inglês,
desconhecida de muitos, que
usam essa estrutura. Elas são: what
does that have to do with the price
of tea in China? e What does that
have to do with the price of fish?
Elas são usadas quando alguém muda
drasticamente o assunto de uma
conversa ou fala algo totalmente fora do
rumo da conversa. Em português seria
algo como E o que é que isso tem a
ver com aqu i l o?
Chapadão dos Parecis, a quem pertencia
o papel principal em sua ordem social
indígena, na vida profana. Sem
pestanejar, respondeu calorosamente: “
Ao
homem
!”. Logo em seguida, foi
indagado: “E no mundo sagrado, aquele
que nem todos podem ver?”. O mesmo
índio, não tão abruptamente e sem muito
entusiasmo, respondeu: “À
mulher. O
mundo invisível é da mulher. Nele, é ela
quem manda”
.
O rico repertório
mitológico indígena, não
diferentemente do regional,
privilegia a figura masculina
em detrimento da feminina.
Em algumas etnias, pode-se
até mesmo dizer que a
presença da criança possui
um destaque mais acentuado
se comparada à da mulher.
Será que Dona Ausente se
faz presente no mundo
ocidental?
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