EDIÇÃO IMPRESSA - 464 - page 19

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 31 DE OUTUBRO A 6 DE NOVEMBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
PARA EMAGRECER, O QUE FAZER?????
Wania Monteiro de
Arruda é nutricionista funcional,
aficcionada em receitas saudáveis
e saborosas, que divulga em seu
site e no Insta @wmarruda
NUTRITIVA
PPor Wania Monteiro de Arruda
u
CADEIRA DE BALANÇO
PPor Carlinhos Alves Corrêa
r
Carlinhos é jornalista
e colunista social
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
PPor Rosemar Coenga
o
TRADIÇÃO E CULTURA ORAL AFRICANA
MUSEU HISTÓRICO
Quem trafega pela Praça da
República não imagina as
maravilhas de móveis, quadros,
pratarias, faqueiros, aparelhos de
jantar, cristais importados, espelhos
de cristais, entre outros objetos
pertencentes à antiga Residência
dos Governadores. Neste prédio
onde funcionou o Tesouro do
Estado, prédio que abrigou as
escolas: Normal Pedro Celestino e
Escola Modelo Barão de Melgaço,
Secretaria de Estado de Turismo e,
hoje, Museu Histórico do Estado.
Há anos que o Museu Histórico do
Estado se encontra com as portas
fechadas, e aos poucos as histórias
vividas da antiga Residência dos
Governadores vão se apagando
da imaginação dos que as
vivenciaram, e para as novas
gerações é uma pena que os fatos
fiquem só escritos no papel. Falta
de visão do mandatário máximo
do Estado de não usar essa
ferramenta para atrair turistas,
visitação pública numa capital que
vai sediar a Copa do Mundo de
2014. Em 1996 o governador
Jayme Campos decretou que todos
os objetos pertencentes à Residência
fossem transformados em acervo
para se incorporar ao Museu
Histórico de Mato Grosso. Todos os
objetos e peças pertencentes à
antiga Residência foram
catalogados com essa finalidade.
O abandono é total por parte do
poder público, acho uma pena na
valorização da prata da casa,
como sempre digo: “As tradições
são as rugas e os cabelos brancos
da História”.
O RASQUEADO CUIABANO
Segundo Mário de Andrade, a
definição da palavra rasqueado:
“... Arrasta as unhas de um só
polegar sobre as cordas sem
pontear”. A sociedade da época
não via o rasqueado cuiabano
com bons olhos, nos chamados
tchinfrins (bailes de baixa categoria
ou quiçaça), onde se praticavam
formas de dançar como liso,
crespo, rebuça e tchuça... Os
movimentos dos passos eram bem
sensuais para a época. Deram
uma nova roupagem no
rasqueado, os grupos musicais
voltados ao tema: Banda do
Mestre Inácio, Conjunto Serenata,
Zulmira Canavarros, Dunga
Rodrigues, Nardinho
(acordeonista), Benjamim Ribeiro,
Conjunto Cinco Morenos. Também
fizeram história na capital os
compositores cuiabanos: Honório
Simaringo, José Agnello, Dante
Miraglia, Mestre Albertino, Vicente
dos Santos, Tote Garcia, Luiz
Cândido, Luiz Duarte, Mestre Luiz
Marinho, Zelito Bicudo, Odare Vaz
Curvo, Nilson Constantino, Namy
Ourives, José Rabelo Leite, Gigo,
Chilo e tantos outros baluartes que
deram ênfase na educação musical
na capital. Com o passar do
tempo, o rasqueado aos poucos
foi penetrando na elite cuiabana,
principalmente nas festas religiosas
como a do Divino Espírito Santo e
a de São Benedito.
RETRATISTA OU FO A
TÓGRAFO
Antigamente, em Cuiabá, a
sociedade falava ‘retratista’ quando
via um fotógrafo cobrindo eventos.
Segundo o relato, a fotografia
parece um meio de transcrever a
realidade. Eram as lentes de Lázaro
Papazian, Elza Arauz Coani Perez,
do fotógrafo armador Orlando
Nigro, Cláudio Bastos, Raimundo
Bastos, Miguel Peres Lopes, Mitsuo
Daima, Arturo Perez, Jorge
Bodstein, Rubens, Juracy Santos,
entre outros que fizeram da
fotografia um registro histórico, um
legado vivo da capital. Um
fotógrafo parece fornecer prova de
que algo aconteceu através dos
registros da câmara, prova que as
fotografias não mentem. Ao mexer
nos arquivos de fotografias,
mentalizamos histórias vividas,
sejam elas residenciais, de ruas, de
pessoas comuns, de políticos,
solenidades, casarios, reflexões do
passado em que nos deparamos
com o desenvolvimento e a
modernidade, nos olhos nascidos
da imaginação do século XX,
lembranças a serem vividas,
recordadas através de um retratista.
Os fotógrafos que aportaram em
Cuiabá tiveram suas
particularidades, características que
os distinguiam e que forneceram
instrumentos de divulgação da
cidade e de seus habitantes.
Sunday Ikechukwu Nkeechi
ficou conhecido no Brasil como
Sunny. Para manter sua tradição,
escreve contos sobre a história da
África nigeriana e de seus
ancestrais como uma forma de
cuidar da memória do seu povo,
mantendo o passado vivo por
meio dos valores divulgados na
sua literatura, confirmando a
relevância dos conhecimentos
produzidos através da articulação
entre a História e a Literatura no
enriquecimento do universo
mágico cotidiano.
Os livros
Uloma:
a casa da
beleza e
Contos da lua e da
beleza perdida
foram publicados
pela Editora Paulinas. O conto
Uloma:
a casa da beleza” foi
inspirado nas deliciosas histórias
que o autor ouvia nas noites de lua
cheia ou lua nova com os sete
irmãos e a família debaixo dos
pés de mangueira na aldeia, na
cidade de Nkalagu, oeste da
Nigéria.
Em
Contos da lua e da
beleza
,
Sunny apresenta mais cinco
contos resgatados da literatura oral
nigeriana. Mantendo seu estilo
simples, marcado por sentenças
curtas e figuras de repetição, os
conteúdos são mais densos. A
presunção, a soberba, a
ganância, a inveja são alguns
temas de Contos da Lua.
Em “Nwaugo: a beleza
perdida” é narrada a história de
um homem que, iludido pela
beleza física, pagou o preço com
a morte de seu animal de
estimação mais querido. “Onyia: a
lenda da Sabiá” conta a história
de uma jovem que perdeu, aos
poucos, toda a família. “Ikeputa
Obuluele
:
a força que destrói”
narra a história de um rapaz que,
desde menino, sonhava em ser
lutador. Alcançado o desejo,
Ikeputa Obuluele, famoso e
temido, não soube respeitar os
seus limites, na condição de ser
humano que era, e pagou com a
vida. Em “Mbêghóriri Enyi
:
a
Tartaruga contra o Elefante”,
conta-se o que aconteceu no dia
em que a Tartaruga se aproveitou
da ingenuidade do Elefante para
torná-lo prisioneiro, e recebeu a
mesma sentença. E, finalmente, em
“Apun’Anwu
:
longe do sol” lemos a
história de um rei que, mesmo
sendo justo e trabalhador, não foi
poupado dos invejosos que lhe
tiraram sua maior riqueza: a filha.
Assim como em
Ulomma
, o livro
foi ilustrado por Denise
Nascimento, que mergulhou na
cultura nigeriana e construiu
imagens impecáveis na técnica e
na idealização.
Para emagrecer, o que
fazer????? Está chegando
o final do ano, as festas, e
aí????? Todos nós
sonhamos em ter saúde em
um corpo perfeito e
esbelto.
E, por causa disso,
muitos entram de cabeça
nas mais loucas dietas de
emagrecimento.
Com mais de vinte
anos de experiência na
área de Nutrição, tenho
estudado esta relação do
alimento com a saúde
corporal. Penso que num
corpo formado por trilhões
de células, sendo que destas
50 milhões se renovam
diariamente, se não temos
nutrientes para que isso
aconteça, não se consegue
emagrecer, tampouco
aumentar a massa muscular,
diminuir a flacidez e a
celulite, e ter saúde e
qualidade de vida. Então, o
que funciona para
emagrecer????
Comer, ter comida
saudável e nutritiva...
Sou contrária à adoção
de dietas restritivas e
radicais, principalmente as
que surgem do nada, sem
nenhuma comprovação
científica dos benefícios para
o organismo. A própria
palavra dieta já pressupõe
tempo limitado, ou seja, terá
um começo e um fim, não
contribuindo para uma
mudança de comportamento
alimentar. Uma alimentação
saudável e nutritiva nos leva
ao funcionamento adequado
do organismo, entenda-se,
um estado isento de
doenças, com plena
disposição e capacidade
mental e emocional.
Trocamos alimentos naturais
e saudáveis por produtos
industrializados cheios de
aditivos químicos,
nutricionalmente pobres.
Concluo que para
emagrecer com saúde se faz
necessário comer alimentos
saudáveis e ricos em fibras,
como folhosos, legumes,
cereais integrais, feijão,
frutas e carnes magras.
1...,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18 20
Powered by FlippingBook