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CIRCUITOMATOGROSSO
PANORAMA
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CUIABÁ, 3 A 9 DE OUTUBRO DE 2013
INVESTIMENTOS
Representantes da classe industrial participam do I Congresso de Promoção a Investidores do Mercosul em Pedro Juan Caballero.
Por: Sandra Carvalho. Foto: Divulgação
MT conhece política do Paraguai
“O Paraguai passa
por novos tempos e nós
queremos abrir portas para
os empresários brasileiros”,
disse o governador do
Departamento de
Amambay, Pedro
Gonzáles, dando a tônica
do I Congresso
Internacional de Promoção
a Investidores do Mercosul,
ocorrido em Pedro Juan
Caballero, no Paraguai,
na última sexta-feira (27).
O evento contou com a
comitiva do Sistema
Federação das Indústrias
no Estado de Mato Grosso
(Sistema Fiemt).
Composta por 40
participantes entre
diretores, presidentes de
sindicatos patronais e
industriais mato-grossenses,
a Missão Prospectiva ao
Paraguai organizada pela
Fiemt, por meio do Centro
Internacional de Negócios
(CIN-MT), teve como
intuito buscar alternativas
utilizadas pelo país vizinho,
que contribuem para
elevar a competitividade
das empresas. O
Congresso contou com a
participação de cerca de
450 empresários brasileiros
de diferentes estados e de
países vizinhos como a
Argentina.
Recepcionados pelo
governador Pedro
Gonzáles e pelo secretário
de Planejamento e
Desenvolvimento de
Amambay, Cláudio Sertão,
o grupo pôde conferir de
perto o novo projeto
político do Estado, que tem
interesse em proporcionar
uma nova estrutura ao país
com atração de indústrias
e outras empresas.
“Pretendemos utilizar,
dentre uma série de
estratégias que englobam
incentivos fiscais e
infraestrutura aos futuros
investidores, o Regime de
Maquila, que beneficia o
produtor que vai produzir
não para vender para o
Paraguai, mas para
exportar essa mercadoria”,
pontuou o governador.
“Apesar de todos os
benefícios, o que o
investidor procura é
segurança jurídica. A
chance de o Paraguai
receber os investidores
estrangeiros,
principalmente os que
fazem fronteira com o país,
é grande, já que a
logística é favorável e já
há incentivo para instalar
um centro de distribuição
em Ponta Porã”, comentou
Jandir Milan, presidente da
Fiemt. O presidente reforça
que a intenção é a
complementariedade dos
negócios, mantendo suas
matrizes no Brasil, com
abertura de filiais sob o
Regime de Maquila.
Dando sequência ao
encontro no Paraguai, o
presidente do país,
Horacio Cartes, foi
recebido na segunda-feira
(30) na sede da
Confederação Nacional
da Indústria (CNI), pelo
presidente da entidade,
Robson Braga e
presidentes de federações
de Indústrias do Brasil para
tratar das relações
comerciais de interesse da
indústria entre os dois
países. Para o presidente
do Sistema Sesi-Fiemt,
Jandir Milan, Pedro Juan
Caballero tem potencial
para instalar um parque
industrial que contribuirá
para a competitividade
das empresas paraguaias
e brasileiras. “Em Cuiabá,
os 700 hectares
disponibilizados para este
fim se exauriram em 10
anos. Com o Regime de
Maquila e um espaço
como este disponibilizado,
os empresários se animam
ainda mais para
investimentos”, enfatizou
Milan. De acordo com o
presidente, a intenção é
fortalecer tanto o parque
fabril de Mato Grosso
quanto o de Amambay e,
assim, estreitar relações
comerciais com o intuito de
fortalecer o comércio
bilateral entre os países.
(Com Assessoria)
Brasileiro é exemplo de
sucesso no país vizinho
“O Paraguai é um
país que está receptivo
para a indústria e os
novos investimentos.
Aqui me senti
valorizado”, enfatizou o
empresário brasileiro
Luiz Saldanha, que há
dois anos instalou sua
fábrica de seringas no
país.
Segundo ele, o
poder público
paraguaio trata o
investidor com
seriedade e com o
comprometimento de
resolver os problemas,
desde que esses
estejam legalmente em
dia com suas
atividades. “O governo
paraguaio atende,
escuta e resolve com o
objetivo patriótico de
fazer com que o seu
país saia da condição
de indústria fragilizada
para a de primeiro
mundo”, conta. Ainda
de acordo com ele, o
custo-benefício de
produzir no Paraguai é
viável, e seus produtos
não são rejeitados no
Brasil por conta da
localidade da fábrica.
“Nossos produtos
ocupam lugar de
destaque no Brasil,
sendo que em nenhum
dos mercados internos
temos rejeição. Daqui
saem produtos com
qualidade e logística
facilitada”, disse
Saldanha. O empresário
relata que a boa
experiência da fábrica
no Paraguai também se
estendeu para o quadro
de funcionários. “Nossos
colaboradores que não
estavam acostumados a
produzir com normas
ISO em pouco tempo
aprenderam a trabalhar
dessa maneira”.
Saldanha diz que
não se arrepende de
transferir sua produção
do Brasil para o
Paraguai, porque
dificilmente conseguiria
produzir com o mesmo
nível e custo em outra
localidade brasileira.
“O Paraguai é viável e
Pedro Juan Caballero é
a porta para essa
viabilidade. Fronteira
seca, tranquila,
harmônica e pacífica”.
O empresário ainda
disse que acredita que
com a política
atualmente adotada,
nos próximos cinco anos
o Paraguai crescerá o
equivalente a 20 anos.
O g r upo f o i r e c epc i onado pe l o gov e r nado r Ped r o Gon z á l e s e
pôde con f e r i r de pe r t o o novo p r o j e t o po l í t i co do Pa r agua i
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