EDIÇÃO IMPRESSA - 457 - page 16

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 12 A 18 DE SETEMBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
NASCE UM ANJO
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr
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João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João
Gordo, é um dos publicitários
mais premiados de Cuiabá
CARTA BEM-HUMORADA VIRA FEBRE
ABCDEF....GLS
Por Menotti Griggi
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Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
Parece que nem tudo são espinhos
quando jovens ao redor do mundo resolvem
assumir sua homossexualidade para a família
ou para amigos próximos. E foi assim que
aconteceu este mês quando uma carta bem-
humorada, escrita por uma mãe norte-
americana ao seu filho gay, tornou-se a
última sensação nas redes sociais. O
adolescente norte-americano Zach Gibson
recebeu um bilhete carinhoso da mãe,
Michelle Conway McClain, após assumir sua
orientação sexual através de seu perfil no
Facebook, na semana passada. Ela apoiou o
fato de ele ser gay, mas indicou sua real
preocupação: “A única coisa que me
preocupa é o número de copos de
refrigerante vazios e garrafas de chá em seu
quarto”. Na carta, a mãe escreveu: “Zach, eu
fiquei surpresa com seu post no Facebook, no
qual você revela que é gay. Eu quero que
você saiba que eu te amo
incondicionalmente. Eu te amo com minhas
ações, não apenas com minhas palavras. Eu
tenho muito orgulho de você. Você é a
pessoa mais corajosa que eu conheço. Eu
sempre lutarei por você. A sua orientação
sexual não te define. Você continua sendo o
garoto que ganhou meu coração para
sempre. A única coisa que me preocupa é o
número de copos de refrigerante e garrafas
de chá vazias no seu quarto. Jogue-os fora
antes que as formigas tomem conta. Te amo,
sempre, Mamãe”.
A carta viralizou nas redes sociais, desde
que foi divulgada na página do Facebook
da campanha NOH8 (de suporte aos grupos
LGBTs), no último dia 5. O adolescente
deixou seu comentário sobre o assunto: “Eu
não esperava tanto apoio. Eu sabia que
minha mãe iria ficar bem, mas eu nunca
esperei por essa carta. Eu nunca esperei que
tantas pessoas a espalhassem por aí. Isso
significa muito”. Até esta semana, a
publicação da carta havia sido
compartilhada mais de 37 mil vezes e
recebido mais de 122 mil comentários no
Facebook. Ao site Upworthy, Michelle explicou
porque decidiu deixar o bilhete: “Eu sabia
que não iria ver Zach antes de eu sair do
trabalho naquela manhã. Eu não queria que
ele iniciasse o dia dele sem saber do meu
apoio integral, apesar de eu ter certeza de
que ele já sabia disso. Eu postei a carta no
meu perfil no Facebook sabendo que meus
amigos e familiares pensariam que isso era
típico meu. Eu não tinha ideia de que a carta
se tornaria uma enorme sensação na
internet”.
Exemplos bons de tiramos o “fardo” que
carregamos sobre a nossa sexualidade e o
pavor de a família descobrir.
Meu conselho sempre: tudo vem na hora
certa. Viver no armário é estar vulnerável a
toda opressão, homofobia e preconceito.
Vera Capilé, na sua infindável
sabedoria e simplicidade, disse que
antigamente, logo quando seu pai
chegou a Cuiabá, ouviam-se pelas ruas
da cidade sinfonias, serenatas, pianos
como trilha sonora de um ambiente que
respirava cultura.
Durante anos, nossa querida capital
era celeiro de inúmeros e talentosos
artistas, ensinados pela magia de Dunga
Rodrigues e seus suaves dedos brancos
como a tecla, com alma misturada entre
o ébano e o marfim. Situação utópica de
se imaginar por esses dias.
Ainda bem que a utopia, em se
tratando de cultura, é um impossível
realizável. De forma eletrônica ou por
mídias que conhecemos a cada instante,
escutamos neste mês de setembro muitas
sinfonias, serenatas, saraus pelas ruas da
capital e por sua cidade vizinha mais
bonita, Chapada dos Guimarães.
Metaforicamente é verdade.
Muito mais colorida, viva e forte que
Phoenix, a cultura de Mato Grosso
renasce com a proximidade da
primavera, florindo grandes sementes
para nossa completa valorização.
Setembro Freire é a completa
maximização de uma cultura
democrática, oferecendo a pureza da
poesia atrelada a todos os tipos de
estímulos aos sentidos. Sentidos que vão
aflorar num festival de Jazz, num lugar
paradisíaco, com atrações simplesmente
de nível mundial. Chapada in Jazz supera
todas as nuances de um grande
espetáculo, só não tão grande quanto a
luz do mais proeminente retrato da cultura
viva e mutante de Mato Grosso: Clóvis
Hirigaray. Declarado embaixador das
artes, ele acaba de criar longas e
merecidas asas.
Clovito vai voar pro Louvre. Vai pro
Prado. Vai pro Tate. Clovito, você vai pro
céu.
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