CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 12 A 18 DE SETEMBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
PARALELO 15
Por Bolívar Figueiredo
A CIDADE PERDIDA DE FAWCETT E DE VALDON VARJÃO
BolívarFigueiredoé jornalistae
artistaplásticoformadoemBrasília,militante
verde e fundador nacional do PV,
sagitariano, calango do cerrado e
assuntadordefatosevarredordepalavras.
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clóvis Mattos
POESIA
Entõ. A vida de
pesquisador é cheia de
encruzilhadas. Ao
escrever sobre o
desaparecimento do
coronel inglês Percy
Harrison Fawcett em
maio de 1925, lá pelas
bandas do Alto Xingu,
que até hoje continua
envolto em mistérios e
lendas, assim, deparo-
me com o nome de
Valdon Varjão, o qual
conheci e privei de sua
amizade quando ele
integrava a bancada
federal do nosso Estado
do Mato Grosso na
Câmara dos Deputados
em Brasília, isto no final
dos anos 80.
Valdon Varjão
faleceu em Barra do
Garças no dia 3 de
fevereiro de 2008, foi
historiador, empresário,
escritor, político,
garimpeiro, comerciante,
agropecuarista, tabelião,
contador e escritor, além
de fundador e membro
do Instituto Histórico e
Geográfico de Mato
Grosso. Ocupou os
cargos de vereador,
senador (na década de
1970, pela Arena),
deputado estadual,
deputado federal e
prefeito de Barra do
Garças. Uma figura que
passava um ar de
“ingenuidade”, mas ali
estava um maçom
graduado e conhecedor
do ocultismo. E foi ele
que me falou a respeito
de um documento
conservado na Biblioteca
Nacional, que descreve
ruínas gigantescas e
inscrições cuneiformes
encontradas no século
XVII por um grupo de
tropeiros vindos da
Bahia, rumo a Mato
Grosso, sendo que
Fawcett obteve uma
cópia desse material, o
que reforçou sua crença
na cidade perdida.
Segundo Valdon
Varjão, esta civilização
estaria no maciço central
brasileiro.
Entõ, são dezenas de
versões que tentam
explicar o
desaparecimento do
explorador Fawcett, indo
do fantástico ao
canibalismo. O jornal
Folha da Noite
, em abril
de 1937, trazia relato de
um caçador suíço
chamado Stephan Rattin.
Ele dizia que encontrou
Fawcett prisioneiro dos
“índios morcegos” no
interior do Mato Grosso.
Já o sertanista
Orlando Villas-Bôas
acreditava que coronel
inglês teria sido morto
por Kuikuros. Segundo
ele, o explorador foi
abatido com
bordunadas. Uma
suposta ossada do
britânico foi encontrada
pelo sertanista na
década de 1950, porém
a família dele se recusou
a fazer o exame de
DNA.
Mensagens
telepáticas recebidas por
membros da família
Fawcett e por amigos,
segundo o sobrinho-neto
do coronel Fawcett
Timothi Patterson – em
seu livro,
Il templo di
Ibez
, os três aventureiros,
após terem partido do
acampamento do
Cavalo Morto, região da
Serra do Roncador,
entraram em contato
com um sumo
sacerdote do Templo.
Este personagem,
trajado solenemente
para a ocasião, fez a
Fawcett um discurso
revestido de
formalidade. Saudou-o
como sendo o fundador
de um novo povo, o
inaugurador de um novo
estado de consciência
para toda a
Humanidade.
Destacou sua
persistência. E assim, o
acesso a Ibez foi
permitido para Fawcett,
e ainda segundo o livro,
ele viveu e trabalhou
fisicamente dos 58 aos
90 anos de idade,
tendo passado para
outra dimensão.
Após de centenas de
expedições à procura
dos Fawcett, o destino
do militar britânico
continua um mistério e
assim virou lenda, com a
agravante de Fawcett ter
sido amigo dos escritores
ocultistas H. Rider
Haggard e Arthur Conan
Doyle, que mais tarde
utilizaram suas histórias
como base para
escreverem a obra “Lost
World”. Suas histórias
também serviram de
inspiração para a
criação do personagem
Indiana Jones. E antes
que eu vá também,
Saravá, Amém, até o
portal que vem.
vou chamar-te de
amor, amor...
vou chamar-te
de amor
porque já avistei
o mar
nos teus olhos
já colhi cores e
perfumes
nos teus poemas
já pulei os muros
dos sonhos
[de mãos dadas]
contigo...
Agora posso
chamar-te
de amor, amor.
descuido-me...
descubro-me em ti
quando nesses
Sandra Souza
L op e s
Poeta paulista
Da série -
Poe t as da
R e d e
versos
mudos
descuido-me...
dos verbos
[perfeitos
rascunhos]
do meu astuto
amor.
não calo-me...
não calo-me
quero que ouças
o gemido
do vento
na tua face
– eu, ausente.
quero que sintas
a fecundidade do
meu olhar... quente
não calo-me
canto os verbos
mesmos inertes
no sepulcro
dos meus lábios
morada dos beijos
congruentes
não calo-me
quero despir a
madrugada
nessa quietude
perigosa
rasgando o poema
cansado
nesse meu grito
poente...