CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 8 A 14 DE AGOSTO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
CADEIRA DE BALANÇO
PPor Carlinhos Alves Corrêa r
Carlinhos é jornalista
e colunista social
Info: (65) 3365-4789
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
PPor Rosemar Coenga
o
ROSALVA BORDADEIRA! ROSALVA RENDEIRA!
Celso Sisto é escritor, ilustrador,
contador de histórias do grupo
Morandubetá (RJ), ator, arte-educador,
crítico de literatura infantil e juvenil,
especialista em literatura infantil e
juvenil pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em
Literatura Brasileira pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC),
doutor em Teoria da Literatura pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUC-RS) e responsável
pela formação de inúmeros grupos de
contadores de histórias espalhados
pelo país. Tem 60 livros publicados
para crianças e jovens e já recebeu
vários prêmios pela qualidade de sua
obra, dentre eles o prêmio de autor
revelação (FNLIJ, 1994), ilustrador
revelação (FNLIJ, 1999), melhor livro
infantil (Açorianos, 2011).
O maior encanto para Celso Sisto
é a possibilidade de bordar com
palavras, costurar as tramas, para
construir com elas uma vida enfeitada
e perfumada de boas histórias. O livro
Rosalva mãos de fada
(2012),
publicado pela Editora Paulinas, é um
verdadeiro mergulho na história da
bordadeira sonhadora que queria se
casar. Entre conversas, comidas
gostosas e modinhas, as moças fazem
rendas e bordados. Rosalva, em uma
procissão de Nossa Senhora dos
Navegantes, conhece o seu amor.
Ela, que nunca havia versado sobre
as artes do amor, descobre então este
sentimento. Ele aprende a fazer rendas,
bordados e tudo que ela pode ensinar.
A preparação do enxoval (que parece
ser imenso e muito trabalhado) dura
muito tempo. Algo acontece e muda
totalmente a história. O livro é uma
obra-prima em letras e desenhos.
Celso Sisto, sempre poético, faz com
que mergulhemos na vida de Rosalva,
como se o coração pulsante da moça
estivesse no nosso peito. André Neves
complementa o texto com a delicadeza
de um bordado em que as rendas se
confundem com a própria história, com
o próprio mar. E pensar que a vida a
gente borda a cada momento, como
Rosalva faz e somos totalmente
responsáveis por ela, mas
principalmente sensíveis ao amor e à
desilusão. Simplesmente um livro
imperdível! Para saber mais sobre o
seu trabalho visite o site
OLHADEIRA DE SORTE
Cuiabá é uma capital cheia de crenças,
fé, superstição, até mesmo quem duvida dos
búzios, do baralho a clarividência etc. Como
temos amizade com diversos tipos de
pessoas, de A a Z, sempre as minhas
atenções foram voltadas a todos com
igualdade. Neste arrasta a sandália na
capital e em todo o Mato Grosso, a
sucessão governamental é vista como
dúvidas pelos analistas de plantão da
política no Estado. Pelo andar da
carruagem, dentre os nomes em alta
rotatividade para a sucessão governamental,
os mais apontados são: Senador Pedro
Taques, Lúdio Cabral, Chico Dantas, Julier
Sebastião, Teté Bezerra, José Riva, enfim,
nomes e sobrenomes que visam governar
Mato Grosso. Em bate-papo com uma
famosa “olhadeira da sorte”, ela falou a
mesma coisa com toalha branca, espalhou
as cartas onde aparecem nomes que estão
em alta cotação da política, mas ela disse
que esses não vão governar Mato Grosso.
Abrindo de novo as cartas, surge o nome de
um homem de visão, que foi destaque na
mídia nacional, que comandou diversas
pastas como secretário no Governo
passado, aos poucos vem amarrando os
acordos em diversos municípios no Estado.
Não será surpresa se ele for o novo
governador na sucessão de Silval Barbosa.
BOAS LEMBRANÇAS
Quando nos lembramos de alguns
políticos que conhecemos quando
presidiam a augusta Casa do Povo, o perfil
da Assembleia Legislativa era mais
humanitário nos anseios da população. No
ano de 1962, o então prefeito de Cuiabá,
Vicente Emílio Vuolo, doou uma casa
central para edificação da sede da
Assembleia Legislativa do Estado de Mato
Grosso. A edificação construída no campo
do Ourique foi inaugurada em 15/08/
1972, recebendo o nome de Palácio Filinto
Muller, pelas lutas do governador do
Estado e também deputado José Manoel
Fontanilhas Fragelli e o presidente da
época, deputado Nelson Ramos de
Almeida. É bom lembrar que todos os ex-
presidentes da Assembleia que eu conheci
fizeram uma excelente administração na
presidência. Mas as boas lembranças são
as do deputado Ubiratan Francisco Vilela
Tom Spinelli, que presidiu a presidência de
83 a 84, revolucionou nas áreas cultural,
social, política e empresarial, seu lado
solidário, humano na forma de tratar as
pessoas com igualdade. Também foi criada
na sua gestão a Sala da Mulher, tendo
como presidente Bia Spinelli, que foi um
marco na área social e até hoje é lembrada
por muitas senhoras de deputados que
presidiram esta Sala.
CHUVA DIVINA
A maioria das pessoas quer mudar o
mundo, somente não a si mesmas. O clima
quente, outras dizem que tem que mudar, as
queimadas esquentam a terra e evaporam o
calor. Perguntamos para Deus lá em cima, a
resposta que é o homem na sua ganância
por falta de amor. Enquanto a chuva de caju
não chega, só nos resta ver a revoada das
folhas de outono em nossos quintais, e mal
ouvimos o tão afinado canto dos pássaros e
o sabiá no seu canto forte “chove, chover...”.
Enquanto as nossas doceiras com os tachos
brilhando aguardam a “chuva divina”, na
abundância dos frutos para deliciosas
compotas, pastas, enfim, tudo que uma boa
mesa pede, doceiras religiosas devem estar
com o terço nas mãos e pedindo a São
Pedro chuva, outras no lava-cruz, para
quando abrirem as torneiras a água caia em
abundância lavando a alma humana.
CUIABÁ, TERRA-MÃE
Cuiabá catita quase chegando aos seus
300 anos, maquiada pelos ipês coloridos, aos
poucos o verde que era idolatrado por D.
Aquino Corrêa cada vez mais vai se
distanciando para o progresso da ex-Cidade
Verde, como era chamada. Cuiabá, berço de
heróis, terra de homens e mulheres que
dedicaram sua vida para o bem-estar da
cidade e de seus habitantes, que
transformaram esta terra de D. Aquino Corrêa,
Dr. Silvio Curvo, Dr. Virgilio Alves Corrêa Neto,
Lenine de Campos Póvoas, João Pedro de
Arruda Neto, Vicente Emílio Vuolo, Anna
Pinheiro, Telê Vieira, Dunga Rodrigues, Elza
Migro, Aidinha Epaminondas, Mariana Palma,
Lurdes Oliveira, Dona Bembém, Maria
Taquara, Carmindo de Campos, e tantos
outros como os fotógrafos Chau, Mitú, Elza,
Rubens, Silvio e outros que através de suas
fotos nos deixaram um legado histórico de
registros da eterna capital de Mato Grosso.