EDIÇÃO IMPRESSA - 452 - page 20

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 8 A 14 DE AGOSTO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 8
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
o
a m
MINHA MÃE É UMA PEÇA
REFLEXOES
Por Marco Ramos
Marco é numerólogo, advogado
e troca de nome de acordo com a
energia do momento
SAÚDE DO BRASIL
O governo
brasileiro, desde os
manifestos, apresenta
um show pirotécnico
para a população
brasileira. Uma
solução de fachada,
que tem o intuito de
tirar o foco mais uma
vez da questão mais
séria desta área no
país, deixando de
buscar uma solução
definitiva. A intenção
é mais uma vez jogar
a culpa na falta de
médicos e não
abordar a verdade
nua e crua que são os
desvios, a
roubalheira, não só
falta de investimentos,
mas o mau uso dos recursos que já estão aí.
Dentro de tudo isso, com tamanha corrupção,
anunciar também destinar maiores recursos é o
mesmo que jogar mais água num balde que
está furado. Tudo vai se perder. A questão é
muito mais de justiça, polícia, condenação e
crime do que simplesmente disponibilizar mais
médicos.
Médicos sem hospitais, sem remédios, sem
infraestrutura, ou é médico fada madrinha ou
milagreiro. Não há o que fazer! Imaginar estes
médicos nos lugares mais longínquos sem nada,
é imaginar que eles vão carregar no lombo o
doente até chegar em um centro melhor. Ora,
ora, meus leitores, tudo o que este governo vem
tentando fazer é enganar a população mais
simples que não tem discernimento para pelo
menos garantir estes eleitores para o ano que
vem. Nada mais, nada menos. Porém se
esquecem que uma grande parte da população,
que antes era composta de eleitores seus, já não
mais quer saber dos que estão lá em cima.
Estão tentando tapar o sol com a peneira, como
sempre fizeram, mas estão se enganando,
pensando que dessa vez irão garantir suas
reeleições. Ledo engano, ano que vem surge a
surpresa dos manifestos deste ano, por ora
silenciosos, porém ativos no mundo digital, o que
mantém a memória dos que participaram das
passeatas frescas e prontas para o boicote nas
urnas eletrônicas. A não ser que estejam já
contando com a manipulação dos votos, o que não
é impossível, pois o sistema eleitoral brasileiro é
questionável, mas as autoridades juram que é
seguro. Acho mentira! Quero ver a prova! Sendo
assim, vemos que nada mudou e tudo está como
dantes, porém há cada vez mais insatisfação
popular, que não é somente de jovens como a
mídia tenta mostrar erroneamente, mas sim de
todas as camadas da sociedade. É uma bomba-
relógio, porém nossos políticos estão tentando
desarmá-la de maneira amadora. E a saúde...
continua sendo relegada a décimo plano mais uma
vez!
Minha Mãe é
uma Peça: O
Filme, de André
Pellenz, é a
adaptação da
peça homônima
estrelada pelo
talentoso Paulo
Gustavo. O filme
conta a história
de Dona
Hermínia, uma
mãe estridente,
exagerada e
desbocada, mas
que dedicou sua
vida aos filhos
Garib (Bruno
Bebianno) – que
é o único que se
casou e deixou a
casa da mãe –
Juliano (Rodrigo
Pandolfo) e Marcelina (Mariana Xavier). O
marido de Hermínia, Carlos Alberto (Herson
Capri), se separou dela para ficar com Soraia
(Ingrid Guimarães), uma verdadeira perua.
Após ouvir acidentalmente seus filhos falarem
mal dela, Hermínia, se sentindo desprezada,
decide ‘desaparecer’ e ficar uns dias na casa
de uma tia, deixando seus filhos sozinhos em
casa tendo que se virar.
Minha Mãe é uma Peça
é, sem dúvida,
um dos filmes brasileiros mais engraçados
dos últimos anos, mas sofre do mal mais
recorrente no cinema nacional: o descuido
com o roteiro! Tudo é feito com a intenção
de se encaixar o máximo de cenas cômicas à
história, usando
flashbacks
de forma
exaustiva para se contar piadas engraçadas
sim, mas difusas e inúteis em relação à
narrativa. O filme passa longe de ser
cansativo, pois é muito eficaz em seu objetivo
principal: fazer rir! O elenco de apoio tem
uma atuação mediana, mas agrada. Porém,
é o talento colossal do protagonista que
desponta: mesmo interpretando uma
personagem escandalosa e que dá de
ombros ao ‘politicamente correto’, Paulo
Gustavo escapa da caricatura e nos faz
esquecer rapidamente que é um homem
quem dá vida à Hermínia.
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