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PANORAMA
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CUIABÁ, 4 A 10 DE JULHO DE 2013
FERRONORTE
Ao todo, a estrutura de expansão da Ferronorte vai gerar 3,5 mil empregos na região quando a obra estiver concluída.
Por: Camila Ribeiro e Sandra Carvalho. Fotos: Reprodução
Trilhos impactarão economia em Roo
A expansão da
Ferronorte até a cidade de
Rondonópolis, sul de Mato
Grosso, deve provocar um
forte impacto econômico
na região. Quando o
trecho de 252 km de
extensão estiver concluído,
ainda este ano, os dois
novos terminais da
ferrovia receberão mais
12 milhões de toneladas
de carga por ano,
escoando a produção de
grãos do Estado até o
Prefeito cobra responsabilidade
social da concessionária
Duplicação de rodovia
de acesso inclui viaduto
Terminal começa a operar no segundo semestre de 2013
O prefeito Percival
Muniz, de
Rondonópolis, tem
cobrado da América
Latina Logística (ALL)
investimentos de
compensação para o
município, que segundo
ele são de direito da
cidade por conta do
financiamento feito
junto ao Banco
Nacional de
Desenvolvimento
Econômico e Social
(BNDES). “Precisamos
de mais Unidades de
Terapia Intensiva (UTIs),
uma ponte sobre o rio
Vermelho, a duplicação
da BR-163 até o
terminal e ambulâncias
para o Samu”, sugeriu
Muniz durante evento
que debateu a ferrovia.
O projeto de
duplicação do acesso à
rodovia prevê a
construção de um grande
viaduto na região do
posto Trevão
(entroncamento das BRs
163 e 364), com várias
passagens subterrâneas
para permitir o acesso ao
aeroporto municipal e às
rodovias estaduais como
a MT-471.
A obra, segundo o
superintendente do Dnit
em Mato Grosso, Luiz
Antonio Garcia, está
orçada em R$125 milhões
e deverá ser custeada com
recursos do Programa de
Aceleração do
Crescimento (PAC).
A expectativa é licitá-
la através do Regime
Diferenciado de
Contratações, agilizando
o processo. “Estamos
empenhados porque
entendemos que esta obra
é tão ou mais importante
que a própria duplicação
do segmento da BR-163
até Posto Gil”, observa.
De acordo com o
secretário-extraordinário
de Estado de
Acompanhamento da
Logística Intermodal de
Transportes, Francisco
Vuolo, ainda esta
semana o Instituto
Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis
(Ibama), deverá fazer
uma vistoria ao terminal
Rodoviário de
Rondonópolis para emitir
a licença operacional
(L.O.) para a obra. Já
no segundo semestre
deste ano, o terminal
deve começar a operar.
Em relação ao trecho
Rondonópolis-Cuiabá
(220 km), o secretário
afirma que os estudos de
viabilidade estão sendo
realizados pela
Universidade Federal de
Santa Catarina e se
encontram em fase
avançada. Segundo ele,
as análises estão sendo
realizadas nos moldes do
Programa de
Investimentos em
Logística. Ele revela
também que após a
apresentação desses
estudos, serão realizados
trabalhos para dar início
à busca de subsídios e
ao processo licitatório da
obra nesse trecho.
No tocante ao trecho
Cuiabá-Santarém (1.800
km), o secretário alega
que ainda precisam ser
feitas análises mais
detalhadas, por se tratar
de um trecho muito
longo. Ele revela,
contudo, que os
trabalhos nesse sentido
também caminham a
passos largos.
Porto de Santos, com
previsão de chegar a 17,5
milhões de toneladas em
2015.
O terminal de
Rondonópolis deve se
converter em um
Complexo Intermodal, que
segundo a ALL será o
maior do país. Trata-se de
um gigante de 400
hectares, com estrutura
moderna de carga e
descarga ferroviária.
“Teremos capacidade
para abastecer
simultaneamente dois
trens, com cargas
diferentes, em até seis
horas, num total de 120
vagões”, diz Trevisan.
“Será um ganho de
produtividade enorme”,
diz Thiago Trevisan,
gerente de Infraestrutura
de Projetos da ALL,
concessionária da
ferrovia.
“De início, vamos
transportar grãos,
especialmente de soja,
mas também queremos
cargas de óleo de soja,
milho, algodão, madeira
certificada, contêineres
refrigerados e derivados
de petróleo. Tudo vai
depender da demanda
futura”, acrescenta
Trevisan. O custo total do
projeto é de R$750
milhões, sem contar a
construção dos terminais
de Rondonópolis e
Itiquira, sendo 90%
financiado pelo BNDES.
O projeto atrai
importantes players do
agronegócio, como o
NobleGroup, trading de
commodities que já definiu
uma área no Complexo
de Rondonópolis para
implantar uma indústria de
biodiesel.
Além disso, o projeto
prevê a implantação de
uma área de serviços com
230 mil m
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para atender
os caminhoneiros e a
população local. O
complexo contará com
shopping, banco,
farmácia, supermercados,
hotel, restaurante e posto
de combustível e estrutura
para receber até 1,5 mil
caminhões por dia. Ao
todo, a estrutura de
expansão da Ferronorte
vai gerar 3,5 mil
empregos na região
quando a obra estiver
concluída.
Segundo Gustavo
Okihiro, técnico da
concessionária, o terminal
terá sete tombadores e
cada um tem capacidade
para descarregar até 10
caminhões por hora, o que
permitirá atender todo o
fluxo sem ocasionar filas e
congestionamentos na
rodovia. Ele também
destacou que a área tem
um espaço para o
estacionamento para cerca
de 5 mil caminhões e será
dotada de infraestrutura
(banheiros, restaurantes
etc.) para atender os
motoristas enquanto
aguardam a descarga.
“Com isso, será possível
acabar com as filas
quilométricas de caminhões
à espera para descarregar
e ainda teremos uma
redução de pelo menos
10% no custo do frete”,
prevê o secretário de
Estado de Logística
Intermodal de Transportes,
Francisco Vuolo, filho do
idealizador da Ferronorte,
Vicente Vuolo.
Tr anspo r t e f e r r ov i á r i o deve r eduz i r em pe l o menos 10% o cus t o do f r e t e em MT
S e c r e t á r i o
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Te rmi na l t e r á capac i dade pa r a aba s t e c e r do i s t r en s
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