Página 2 - EDIÇÃO IMPRESSA - 442

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 30 DE MAIO A 5 DE JUNHO DE 2013
OPINIÃO PG 2
www.circuitomt.com.br
ENTRE ASPAS EDITORIAL
A LEI DO RETORNO
Presidente do Conselho Editorial:
Persio Domingos Briante
CIRCUITOMATOGROSSO
Diretora-executiva:
Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
Tiragem da edição 436 auditada
por PWC de 23.350 exemplares
Propriedade da República Comunicações Ltda.
Editor de Arte:
Glauco Martins
Revisão:
Marinaldo Custódio
Reportagem:
Mayla Miranda,
Rita Anibal e Débora Siqueira
Fotografia:
Pedro Alves
Editora:
Sandra Carvalho
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NORDESTE
Dilma esgota o estoque nacional
Concessionárias ainda nem conseguiram entregar todos os 8 mil caminhões adquiridos no ano passado.
Por: Rita Anibal. Fotos: Reprodução
O Governo Federal, por
meio do Ministério do
Desenvolvimento Agrário
(MDA), fez a compra de
1.415 caminhões-pipa e
1.415 caminhões-caçamba
para doar aos municípios do
semiárido brasileiro que
engloba os nove estados
nordestinos.
Com isso, esgotou-se o
estoque de caminhões de
linha específica – criados
para o Exército – que podem
ser adaptados para ser
usados como pipa ou
caçamba. O setor está meio
apreensivo, pois a aquisição
de grandes volumes de
veículos especiais está
impactando principalmente
os implementadores.
Eduardo Campelo,
diretor da Ford do Brasil em
Brasília, disse ao Circuito
Mato Grosso que teme que
não haja produto disponível
no mercado para atender à
demanda do MDA e os
consumidores, além da
preocupação de que os
preços disparem de forma
assustadora para o cidadão
comum. Segundo Eduardo
Campelo, a compra de
veículos pesados pelo
Governo Federal começou
no ano passado com o
lançamento do PAC
Equipamentos, quando
foram adquiridos mais de 8
mil unidades de todas as
montadoras do país. Ele
conta que até hoje as
montadoras estão
entregando o pactuado com
o governo. O diretor revela
que para essa compra
emergencial, o MDA fez uma
pré-consulta à Anfavea para
que se verificasse a
disponibilidade de cada
montadora, o que totalizou
1.415 caminhões para cada
tipo. O ministério verificou o
preço de cada indústria e fez
uma média para a
aquisição. Serão necessários
muitos mais, só que as
próximas compras serão
feitas por licitação.
Estão sendo
beneficiados pelo Governo
Federal os estados do
Maranhão, Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas,
Sergipe e Bahia, além de
algumas localidades de
Minas Gerais e do Espírito
Santo. Essas unidades
adquiridas atendem apenas
parcialmente à demanda do
Ministério, pois eram as
únicas disponíveis para
entrega.
“Dois mandatos de governador e um de senador representam 16 anos
de vida pública. Estou desestimulado. Por exemplo, para coçar alguma
parte do corpo tem que existir a coceira. E estou sem coceira.”
Senador Blairo Maggi (PR), o criador, sobre sua possível candidatura ao Paiaguás
substituindo sua criatura, Silval Barbosa (PMDB), e antevendo que quem ocupar a
cadeira vai passar por maus bocados.
“Isso aqui está uma bomba atômica.
Então, salve-se quem puder, a gente
está fazendo o máximo para resolver
– assumimos há quatro meses e
vamos alugar um hospital.”
Kamil Fares, Secretário Municipal de
Saúde, sobre o caos vivido pela Saúde em
Cuiabá e alertando que está quase
acontecendo um naufrágio.
“Esta é a última vez que isso
acontece. Não vamos mais
aceitar. Precisamos analisar os
projetos de interesse de Cuiabá
com cuidado. As comissões
precisam emitir seus pareceres de
forma de t a l hada. ”
Presidente da Câmara Municipal, João
Emanuel (PSD), garantindo que não
passará mais nenhuma mensagem de
autoria do Executivo que chegar com
regime de urgência especial.
Impor um modelo de terceirização de serviços públicos essenciais
sem aprovação popular e principalmente sem análise técnica
consistente de sua viabilidade ou se sobrepondo à
constitucionalidade não poderia mesmo trazer bons resultados. O
Circuito Mato Grosso volta ao assunto Organizações Sociais de
Saúde, as OSSs, nesta edição, para mostrar a crise deflagrada entre
o Governo do Estado e o modelo terceirizado de gestão da saúde
imposto pelo ex-secretário Pedro Henry, conhecido nacionalmente
em escândalos de improbidade administrativa. O modelo, que serve
de esteio para a formação de “currais eleitorais” aprovado por
Silval, agora se volta contra o governador com a denúncia de
estoque de medicamentos de alto custo mantidos no depósito do
setor gerenciado pelo Instituto Pernambucano de Assistência e
Saúde, o Ipas, um dos que mais recebe repasses milionários dos
cofres públicos. A terceirização tem se tornado frequente e, segundo
especialistas, significa um perigo para a gestão pública,
principalmente por representar a falta de competência para a
garantia de serviços de qualidade em alguns setores. Ainda nesta
edição, que começa a chegar também ao município de Primavera
do Leste, pesquisa mostra que Mato Grosso não conseguiu reduzir,
nos últimos 10 anos, o índice de pobreza das famílias, ranking
motivado também pela concessão indiscriminada de incentivos
fiscais e desvio de recursos de fundos que seriam para investir em
educação, estradas e habitação.
“O empreendedorismo é o motor de um
país. É essa capacidade que faz a
diferença entre países que dão certo e os
que es t ac i onam. ”
Roberto Civita, idealizador das revistas Veja,
Exame e da versão brasileira da Playboy, um
sonho do jornalista desde a sua volta ao país.
“A liberdade, antes de tudo, é o
lema que corre no sangue de minha
família, na luta pra construir um
Brasil melhor e mais justo para os
nossos filhos.”
Ruy Mesquita, sócio-diretor do jornal O
Estado de S. Paulo.
Cami nhõe s e s t ão s endo adqu i r i do s pa r a s e r d i s t r i bu í do s em mun i c í p i o s do No r de s t e
A ma i o r i a do s v e í cu l o s s e r á pa r a t r an s po r t a r água Ação de D i lma Rou s s e f f pode i n f l ac i ona r me r cado