CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 9 A 15 DE MAIO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 2
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clovis Mattos
TENDÊNCIAS
Por Edmilson Eid
Edmilson é arquiteto e
festeiro oficial da
Praça Popular
TURBULÊNCIA IMOBILIÁRIA
O PRAZER DA LETRA
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
Por Rosemar Coenga
r
n
PARA SEMPRE MÃE
SOMOS TÃO JOVENS
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
o
a
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
Cl ov i s Ma tos
Ensinar a ler, não pela
obrigatoriedade de se
cumprir uma carga horária
de sala de aula, mas pelo
prazer que se pode tirar
das letras impressas em
revistas, livros, gibis,
jornais, bulas de
remédios, internet. Ensinar
a ler, pelo prazer de viajar
nas fantásticas histórias
contadas pelos Irmãos
Grimm em “Branca de
Neve e os Sete Anões”, “A
Bela Adormecida”, “João
e Maria”; pelo prazer de
brincar com Narizinho,
Pedrinho e a Boneca
Emília no Sítio do Pica-Pau
Amarelo imaginado pelo
incrível Monteiro Lobato,
ou ainda pelo prazer de
alçar voos com Ivens
Scaff, Lucinda Persona,
Manoel de Barros, ensinar
a ler, pelo prazer de sentir
“Cem Anos de Solidão”,
com Gabriel García
Márquez, de mergulhar
em “Vinte Mil Léguas
Submarinas” com Julio
Verne. Ensinar a ler pelo
simples prazer de saber
ler.
Assim eu sonho e vou
construindo a minha parte
nesta história. Por acreditar
que nenhum processo de
educação chegará a bom
termo se junto não se
desenvolver um bom
programa de incentivo à
leitura, levo por aí o
Inclusão Literária,
instalando pequenas
bibliotecas, fazendo
itinerância com biblioteca
ambulante e, como disse
Monteiro Lobato: “Um
País se Faz com Homens e
Livros”, eu levo os livros e
seu
conteúdo
ajudará a
formar
caráteres.
Sonho
ainda mais
quando
imagino
que os livros
que
esparramo
formarão
grandes
leitores,
poetas, escritores e
professores que juntos
comigo, nesta luta
guerrilheira, se
multiplicarão e formarão
cidadãos que, além de ler,
saberão interpretar as
letras e as mensagens que
elas transmitem. Aí sim
terá valido o Inclusão
Literária.
Acredito, assim como
Rubem Alves, que a
“Leitura é droga perigosa
e vicia...”, ela dá prazer, o
“Prazer da Letra”. Este é o
grande barato da Leitura.
E não me digam que
jovem não gosta de ler,
eles não têm é incentivo,
oportunidade e, se alguns
não gostam, a culpa não
é deles. As escolas só os
ensinam a ler pelo sentido
gramatical ou por
obrigação de aprender
aqui o que um dia verão
em uma prova de
vestibular, assim não
sobra tempo de lhes
mostrar a parte bonita do
texto literário, a parte viva,
o “PRAZER DA LETRA”. Ler
é muito mais que entender
a gramática, os encontros
consonantais, a análise
sintática, os verbos. Ler é
ter um caso de amor com
o texto, é se apaixonar
pelo autor, pelos
personagens, é transar e
tirar desta paixão todo o
“PRAZER DA LETRA”.
Nossos jovens não
aprendem assim... que
pena!
Mas a culpa não é
deles.
Cl ov i s Ma tos
Historiador e
Produtor Cultural
Somos Tão
Jovens,
de Antônio Carlos da
Fontoura, é a
aguardada
cinebiografia do cantor
e compositor Renato
Russo, do grupo Legião
Urbana. O filme conta
a história de Renato
Manfredini Jr. (Thiago
Mendonça), um garoto
que cresce em Brasília
durante a ditadura
militar e sonha em ser
um astro do rock.
Por lidar com um
dos maiores ícones da
música brasileira, o
filme nasce rodeado de
expectativas. Do ponto
de vista musical,
Somos
Tão Jovens
é uma
experiência prazerosa, porém, do ponto de vista
cinematográfico, é uma decepção. Com exceção da
bela direção de arte que reconstrói o Brasil da década
de 70, o filme é um claro exemplo da dificuldade que o
cinema nacional tem de se desvencilhar da estética das
novelas. A direção de atores é o ponto mais fraco – e
irritante – do filme. Thiago Mendonça se mostra
esforçado e acerta em cheio nos maneirismos e nas
excentricidades de Renato Russo, mas fica refém de
diálogos sintéticos, quadrados e sem emoção.
O restante do elenco é, em sua maior parte,
medíocre. Com exceção de Laila Zaid (que faz a grande
amiga de Renato Russo, Ana Cláudia) os atores fazem
um trabalho que chega a dar certa vergonha. Sérgio
Dálcia, que interpreta Petrus – o sul-africano que fez
parte da primeira banda de Renato, o Aborto Elétrico –
tem o desempenho mais sofrível de todos.
Os diálogos excessivamente didáticos, as atuações
preguiçosas e o roteiro desconexo que faz o tempo
passar depressa demais, fazem do filme uma experiência
pouco cinematográfica e muito parecida com um
episódio de
Malhação
. Espero sinceramente que o
vindouro
Faroeste Caboclo
não sofra dos mesmos males.
Carlos
Drummond de
Andrade, o
famoso poeta
mineiro, deixou
sua marca na
literatura e
poesia, falou
sobre as pedras
que encontrou
no caminho e
também falou
sobre o que é
ser mãe e sua
importância na
vida de todos
nós. A grande
diferença de um
poeta para uma
pessoa comum
é sua incrível
capacidade de resumir em
palavras os sentimentos mais
complexos, as emoções e os
desejos da alma humana.
Somente grandes poetas como
Drummond desenvolveram essa
capacidade em sua totalidade,
exemplo esse poema sobre
mães, uma singela homenagem
do poeta mineiro que com sua
caneta encantou milhares de
pessoas.
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
A transformação
urbana de Cuiabá passa
por um longo período de
obras, novos canteiros de
obras se abrem e os que
se iniciaram não finalizam,
e novas frentes vão se
abrindo, tornando a
cidade um caos. A queda
de negociação despenca,
não havendo nenhum
sinal sequer de esperança.
Preocupados com este
momento por que nossa
capital está passando,
imobiliárias e corretores
correm atrás deste
prejuízo. Construtoras e
empreendedores da
construção civil estão cada
vez mais distantes de
novos lançamentos de
obras e investimentos.
Com o valor do metro
quadrado muito alto,
consumidores estão cada
vez mais distantes de sua
realização de vida: ter seu
próprio imóvel.
Comerciantes aflitos
com o novo traçado
urbanístico, sofrendo
quedas bruscas no seu
faturamento ou até menos
obrigados a fechar seu
próprio comércio.
A desesperança e a
decepção aumentam a
cada dia, deixando a
população desacreditada
do futuro prometido para
a cidade da Copa do
Mundo.
Nos dias 23 a 26
deste mês acontece a 2ª
edição da Feira Edificar,
onde mais de 23 mil
imóveis estarão
disponibilizados, desde
residências, apartamentos
e pontos comerciais. Esta
é a dica para que você
realize a compra de seu
desejado sonho.