CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 18 A 24 DE ABRIL DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
MEU FILHO
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João
Gordo, é um dos publicitários
mais premiados de Cuiabá
POR UM FUTEBOL COLORIDO
ABCDEF....GLS
Por Menotti Griggi
Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
REFLEXOES
Por Marco Ramos
Marco é numerólogo, advogado
e troca de nome de acordo com a
energia do momento
CHOQUE DE ORDEM!
Uma notícia tem surpreendido a
todos os fanáticos torcedores do mundo
tão machista que é o futebol: primeiro
foram os torcedores do Atlético Mineiro.
Em abril, um grupo de torcida organizada
do time criou o Galo Queer, um
movimento que tem como objetivo
combater a homofobia e o sexismo na
torcida alvinegra e nos estádios. O grupo
tem até brasão com as cores do arco-íris.
Na página do grupo, está escrito: “Galo
Queer é o movimento anti-homofobia e
antissexismo no futebol dos torcedores do
Atlético Mineiro, vulgo Galo Doido.
Porque paixão pelo Galo não tem nada a
ver com intolerância”. Nos dias seguintes,
as torcidas de outros grandes times
brasileiros acompanharam o Galo e
criaram suas próprias torcidas com o
mesmo teor: Cruzeiro, Corinthians,
Palmeiras, São Paulo e Bahia já têm suas
torcidas anti-homofobia. A torcida do São
Paulo foi bastante criativa. A torcida foi
batizada de “Bambi Tricolor”, uma
apropriação muito bem-humorada da
palavra “Bambi” usada como xingamento
pelas torcidas rivais. Os outros dois
grandes times de São Paulo também
criaram suas torcidas contra o
preconceito. O Palmeiras ganhou a
Palmeira Livre, com um discurso
contundente contra a homofobia.
“Movimento anti-homofobia, antirracismo
e antissexismo, destinado à torcida que
mais canta e vibra. Porque paixão pelo
Palmeiras não tem nada a ver com
intolerância”. Os criadores da “Livre”
argumentam que “repudiar a homofobia
é ser palmeirense. Porque houve craques
gays, há craques gays e haverá craques
gays”. E o Corinthians ganhou a “Timão
Livre”. Olha o slogan: “Bando de loucos,
sem intolerância”. A torcida é, segundo
seus criadores, um “Movimento anti-
homofobia e antissexismo, destinado à
torcida mais fanática do Brasil,
mostrando a todos que o preconceito
deve ser extinto também nos estádios de
futebol. Ela já tem até Twitter.
https://
twitter.com/timaolivre. A onda se espalhou
pelo Brasil e o Flamengo já tem até um
grito. “Sou flamenguista, sou
homossexual, sou bissexual, sou
heterossexual, sou homem, sou mulher,
sou criança, sou adulto, sou velho, sou ser
humano... mas NÃO sou
PRECONCEITUOSO”.
O movimento, que já dominou nove
dos grandes times do futebol brasileiro,
acabou ganhando destaque na mídia
esportiva. O jornal
Folha de S.Paulo
deu
destaque à onda anti-homofobia no
futebol em sua edição de domingo. No
Sul, o jornal
Zero Hora
fez o mesmo. A
revista
Placar
e ao canal ESPN também
estão cobrindo o novo movimento. Em
comum, além de lutar contra a
homofobia dentro de suas próprias
torcidas, esse novo movimento quer dar
segurança para que atletas se assumam.
Moda como essa é que vale a pena
divulgar e espalhar.
(fonte site mixbrasil)
O Brasil ainda não se deu
conta que está vivendo seu ápice
histórico financeiro. E esse é o
maior problema. Achamos que
vai ser assim pra sempre. Mas
não, meus leitores. Não
viveremos felizes para sempre.
Em poucos anos, uns 20 no
máximo, voltaremos a ser o
velho Brasil de guerra, com
inflação, miséria e fome. Simples
assim. E não adianta reclamar,
afinal quem vota tem muita
parcela de culpa nisso. Afinal,
não haverá uma Olimpíada nos
próximos 50 anos no país. Muito
menos outra Copa do Mundo.
Mas o mais importante: não
haverá mais um novo pré-sal,
não existirão mais tantas
riquezas naturais, talvez nem
tenhamos mais a Amazônia. O
cavalo branco da sorte passou e
não demos conta de subir nele.
Não investimos em cientistas.
Não investimos em tecnologia.
Não investimos em educação.
Assim como eu, imagino, muitos
brasileiros acharam que iríamos
mudar feito milagre, da noite
pro dia. Não fraudaríamos mais,
não haveria mais atrasos, sim,
vamos fazer tudo por iniciativa
privada, o país não gastará um
tostão. Pensamos que a cultura
venceria, que o desenvolvimento
seria inédito, avançaríamos 50
anos em 5. Aliás, não é a
primeira vez que o nosso povo faz
isso, ou melhor, cai nessa
arapuca. Caiu na arapuca de não
saber ou lutar pela política, cai
na armadilha de não agir
pensando no crescimento social.
João Santanna Manteufel, meu
filho, vai saber o que é política.
Eu faço questão de explicar pra
ele para que serve um vereador, o
que deve fazer um deputado, o
que quer dizer PT, PSD, PSDB, o
que é social-democracia, o que é
ser republicano. Meu filho vai
saber que toda e qualquer atitude
dele reflete na sociedade, que se
queremos arte, temos de pensar
em arte. Diferente de agora, vou
ensinar meu filho a pescar e não
só a ganhar o peixe, para quem
sabe um dia ele e muitos outros
brasileiros não votem por uma
cesta básica, ou pela esmola, o
mais doído dos impostos da
desigualdade social. Vou ensinar
o meu filho a olhar um crackeiro
como um doente pedindo ajuda,
vou ensinar meu filho a entender
o que é certo e errado. Vou
mostrar todas as vertentes da
nossa putrefaça, obsoleta e
invariavelmente coronelista
sociedade. Tenho que ensinar meu
filho a estudar, aprender,
executar, entender, prosperar,
ajudar, para termos a chance de
provar que a utopia de o Brasil
ser um grande país, não só
geograficamente, não é um sonho
impossível. E sim um futuro
realizável. Que não sejamos mais
obrigados a tolerar coreografias
mal ensaiadas, colocando os
cidadãos de bem como
marionetes com a mesma
inteligência que uma pedra. Esse
é o nosso maior paradigma. Não
quero que meu filho seja um
analfabeto político igual ao seu
pai.
O momento da Copa para um país
pode ser o desencadeador de mudança
de hábitos e comportamentos, pois ao
recebermos visitantes de fora estaremos
expostos ao julgamento dos “forasteiros”
que não serão nem um pouco
misericordiosos conosco. Olhando hoje
para Cuiabá, apesar da reclamação
generalizada da população quanto à
organização da cidade, limpeza,
civilidade, vemos um coro uníssono. Cada
um acha um culpado, porém este culpado
nunca é a própria pessoa que se isenta de
sua participação para piorar o caos em
que a cidade se encontra. Na verdade
TODOS nós somos culpados, cuiabanos
natos ou não, toda a população cuiabana
não é educada para viver em civilidade.
Mas esta marca da falta de civilidade
infelizmente ainda é uma característica
marcante de todos os brasileiros. Basta
viajar para fora, e não precisaremos ir
longe não, veremos que nossos vizinhos
aqui do lado possuem muitas vezes
cidades mais limpas do que as nossas. Isto
é EDUCAÇÃO e CIVILIDADE! Infelizmente
o brasileiro está se tornando um povo
egoísta que se preocupa apenas com sua
vida e as benesses que pode receber,
reclamando de tudo, mas que não move
uma palha para mudar a situação. Olhem
as redes sociais, só reclamação, mas nada
de AÇÃO! Punição? Ah esta serve apenas
para o outro! Liberdade? Eu tenho e
posso, o outro não! Respeito? Não há!
Mas voltando à nossa cidade, que ainda
está um pouco mais atrás em infraestrutura
comparando com outros centros urbanos
na mesma proporção de tamanho,
precisamos sim neste momento aproveitar
e promover um choque de educação. Diria
na verdade choque de ordem que deve ser
desencadeado pelo poder público. E nisso
teremos de organizar a cidade no começo
na marra, impondo penalidades, pois já
passou da hora de vermos uma cidade
mais organizada, ainda mais sendo uma
capital. Mas todos teremos de pagar o
preço por isso, para depois colhermos os
dividendos. Temos de pagar IPTU,
estacionarmos nossos carros corretamente,
não jogarmos lixo na rua, respeitarmos as
faixas de pedestres, o trânsito de maneira
geral, etc., etc. O que vemos hoje? O
verdadeiro CAOS, desordem, desrespeito
das mais variadas formas possíveis, ou
seja, cada um faz o que quiser aqui por
nossas bandas. NINGUÉM respeita nada!
NINGUÉM!
O resultado está aí, lixo por toda
parte (culpada é a população, sim!),
moradores que não limpam nem a porta
de sua casa, pois acham que é obrigação
apenas da Prefeitura, e não é! Portanto, o
“start” deve ser dado pela nossa Prefeitura,
que deverá nesses próximos meses agir
com firmeza, com tolerância zero para
organizar a cidade, e fazendo aplicar as
leis que já existem para isso. Infelizmente
EDUCAÇÃO e CIVILIDADE deverão vir
aqui em nossa terra de cima para baixo!
Foi assim em Campo Grande há 20 anos,
que hoje é uma “cidadona” e foi assim em
outros lugares, e assim deverá ser feito em
Cuiabá!
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