CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 18 A 24 DE ABRIL DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 2
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clovis Mattos
TENDÊNCIAS
Por Edmilson Eid
Edmilson é arquiteto e
festeiro oficial da
Praça Popular
PINTANDO COM ESTILO
UMA RELEITURA DA GUERRA
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
Por Rosemar Coenga
LITERATURA INFANTOJUVENIL INDÍGENA: BALANÇOS E PERSPECTIVAS
OBLIVION
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
ARTE NÚMERO 7
Por Caio Porto Moussalem
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
Abril costuma ser
um mês bastante
importante para a
divulgação da questão
indígena em terras
brasileiras. Eventos
ocorrem em todos os
quadrantes para
lembrar à sociedade
que aqui sobrevivem
cerca de 250 povos
tradicionais, falantes
de aproximadamente
180 línguas e que
ocupam 13% do
território nacional.
O mercado
editorial brasileiro, no
que se refere à
literatura para crianças
e jovens, tem
publicado cada vez mais
obras que refletem
aspectos da cultura
nacional, buscando, em
fontes históricas culturais
diversas, motivos e temas
para a renovação de sua
produção.
O corpo de autores
indígenas de obras
destinadas à leitura de
jovens ampliou-se a partir
do final dos anos 80 do
século passado, quando
recebemos as primeiras
produções de autoria
indígena no Brasil. Entre
estes novos autores,
anotamos Olivio Jekupé,
Eliane Potiguara, Graça
Graúna, Daniel
Munduruku, Luiz Karai,
Giselda Jera e Kerexu
Mirim, Yaguarê Yamã,
Kaká Werá Jecupé, Naÿ-
Niná. Se o conjunto ainda
não compõe uma
tradição, caminha
decididamente para isso,
pois os escritores circulam
pelos espaços do campo
literário, com obras
premiadas, e constam
inclusive de catálogos de
editoras, listas de prêmios,
indicações de programas
de leitura, trabalhos
acadêmicos e da crítica
especializada.
A literatura que os
autores indígenas estão
criando é nova sim. Traz
um olhar sobre suas
próprias sociedades e
culturas. Traz um viés
particular – embora, às
vezes, contaminado pela
cultura branca, europeia –
capaz de confirmar e
reafirmar suas identidades
distanciando-os do
conceito cínico do “ser
brasileiro com muito
orgulho e com muito
amor”, cantado nos
estádios de futebol. É uma
literatura autenticamente
brasileira – no sentido do
pertencimento ao lugar
onde se vive e no qual se
enterra seus mortos. É uma
literatura – na falta de um
termo melhor – que está
além da própria literatura,
já que não faz distinção
dos jeitos como ela é
produzida.
Ol i v i o J e kupé
Oblivion
, de Joseph
Kosinski, é um filme de
ficção baseado em
uma
graphic novel
(escrita pelo próprio
Kosinski)
que,
curiosamente, ainda
nem foi publicada. O
diretor se uniu aos
produtores de
Planeta
dos Macacos: A
Origem
para essa
adaptação às telonas e
com ela confirma ter um
talento promissor para
o gênero.
Na história, o
planeta foi devastado
por uma guerra com
alienígenas. Vencemos
a batalha, mas
perdemos a possibilidade de habitar a Terra depois que
os invasores destruíram a lua. Nesse contexto pós-
apocalíptico, Jack Harper (Tom Cruise) e Victoria (Andrea
Riseborough) são responsáveis pela segurança e pela
manutenção de máquinas que extraem água do nosso
planeta para ser enviada a Titã, uma lua de Saturno,
onde os humanos se reestabeleceram. Em uma de suas
expedições, Jack encontra uma nave espacial e uma
mulher em estado de hibernação. A partir daí, uma série
de acontecimentos o fará duvidar de tudo que pensava
saber sobre sua missão e sobre si mesmo.
O filme tem dois pontos fortes: é visualmente
arrebatador e possui certa dimensão épica. Mas é
justamente na tentativa de efetivar esse último ponto que
ele se perde na falta de dinamismo, no excesso de
influências de clássicos do gênero e na preguiça de Tom
Cruise em se dedicar ao papel. Assistir
Oblivion
pode ser
cansativo, mas não é uma experiência necessariamente
ruim, porém – infelizmente – esse é mais um caso em que
a preocupação estética prevalece sobre o cuidado de se
dar substância a uma premissa interessante.
Organ i zador es :
Fernando Tadeu de Miranda Borges / Maria
Adenir Peraro
Editora: Entrelinhas / coedição EdUFMT
1ª edição (2012)
Brasil Paraguai – Uma Releitura da Guerra
O conflito que
envolveu Brasil, Argentina,
Uruguai e Paraguai e
comumente conhecido
como “Guerra do
Paraguai” ou, como
preferem alguns, “Guerra
contra o Paraguai”,
ocorreu num momento
decisivo da História de
todos os países da região.
Não é exagero dizer que
foi um marco
importantíssimo para a
definição do caráter
nacional dos Estados do
Cone Sul. O fato é que os
beligerantes saíram todos
transformados após o
conflito, tanto os
vencedores quanto o
vencido.
No caso do Brasil, a
experiência vivenciada
pelos militares na guerra
foi um passo importante
na caminhada que ajudou
a levar a mudanças
profundas na nossa
sociedade, como o fim da
escravidão e a própria
Proclamação da
República. Trata-se de um
desses episódios
singulares e marcantes na
vida de um país que não
podem e não devem ser
esquecidos. Estudar o
maior conflito da América
do Sul é uma forma de
compreendermos melhor o
nosso passado e de
mantermos viva a
memória dos milhares de
combatentes e não
combatentes que
pereceram nos campos de
batalha. É, pois,
alvissareira a publicação
de um livro produzido por
pesquisadores que, a
partir de Mato Grosso,
lançam novos olhares
sobre a “Guerra Grande”.
Pio Penna Filho
Professor da UnB.
Doutor em História das
Relações Internacionais
pela UnB.
A cada ano a
tendência das cores se
renova na nossa
paisagem urbana. Por
isso, 2013 vem com
várias nuances tanto nos
ambientes internos como
nas fachadas. Mudanças
não tão radicais, mas
marcam o porquê do seu
uso. Os tons a serem
usados no externo e
interno têm de ter uma
boa dosagem na sua
aplicação, para que o
resultado não te
surpreenda.
O estudo da cor a
ser aplicada tem que
traduzir o desejo de
satisfação plena que
você espera. Em
ambientes de grandes
dimensões, o uso de tons
mais fortes não implicará
no resultado final, dando
o ar de sobriedade
principalmente quando
os pontos de iluminação
são direcionados.
Nos ambientes
menores as cores de tons
mais pastelados fazem
com que o ambiente se
amplie, dando um ar de
mais sereno e
aconchegante.
Há necessidade
então que se conheça um
pouco do produto para
que se possa escolher o
mais adequado para
cada caso. Avalie os
critérios para se escolher
a melhor textura, o
melhor acabamento e a
melhor durabilidade para
seu espaço.
É muito importante
saber o produto ideal a
ser aplicado em cada
ambiente. O sucesso do
resultado final é o
conhecimento de um bom
profissional no uso do
produto.
Aconteceu durante a
semana na nossa capital
uma palestra com o tema
“Cores e Tendências”,
pela engenheira têxtil
Ana Kreutzer, dando as
dicas de tendências das
cores e das combinações
que irão colorir os
projetos com estilo e bom
gosto.