CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 28 DE AGOSTO A 3 DE SETEMBRO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 4
Wania Monteiro de
Arruda é nutricionista funcional,
aficcionada em receitas saudáveis
e saborosas, que divulga em seu
site e no Insta @wmarruda
NUTRITIVA
Por Wania Monteiro de Arruda
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
BAILANDOCOMABONECAKARAJÁ
VOCÊTROCAJANTARPORLANCHE?
Bonecas têm origem indígena!
I sso mesmo, bonecas podem ser
encontradas na produção de artefatos
de diversas sociedades indígenas. A
boneca Karajá,
litxokô
, merece
destaque por ter sido tombada como
Patrimônio Cultural do Brasil, em
2012. Es t e ar t efa to cons i s t e em uma
referência cultural e representa, em
algumas aldeias, a única fonte de
renda familiar.
A etnia Karajá, habitante das
margens do rio Araguaia nos estados
de Goi ás , Tocant ins e Ma to Grosso,
reserva grande parte de seu tempo
para a confecção de bonecas . São
fe i t as de bar ro e des t inam- se às
meninas para, numa ação lúdica,
aprenderem as cantigas de ninar que
deverão ser entoadas aos seus bebês ,
quando se tornarem mães. Na etnia
Karajá, as meninas ao completarem
cinco anos recebem uma família de
bonecas de cerâmica que carregam a
representação de cada fase da vida
de uma pessoa Karajá.
Além das bonecas, a cerâmica
também tem uma representação
estatutária temático-figurativa,
poi s re t ra t a diver sas cenas do
cotidiano, isto é, atividades
que homens e mulheres Karajá
desempenham durante suas
vidas , ass im como fez o
“bonequeiro” Vitalino Pereira
dos Santos, mais conhecido
por Mestre Vitalino (1909-
1963) , o ar t esão ma i s famoso
de Caruaru, Pernambuco, que
deixou tantos discípulos.
Além da apresentação e do
cuidado estético, as bonecas
trazem em sua simbologia
representações de ordem
histórica, cultural e social.
Personificam e transmitem a
concepção de ser Karajá. Tal
artefato cumpre a função
simbólica de preparar a criança
para a transição do mundo
infantil para o adulto de
maneira lúdica. A perfeição
visual, tão relevante no
contexto ocidental não é o fim
em s i . É a percepção de uma
arte visual que vai além do
conhecido e estereotipado belo
ocidental.
A cliente diz: Nosso lanche da
noite, que na verdade é o nosso
jantar, é supersaudável : peito de peru
+ queijo branco light + pão integral.
Nosso corpo é formado por 100
trilhões de células, trocamos 50
milhões delas todos os dias e cada
uma precisa de no mínimo 44
diferentes nutrientes para
desempenhar suas funções
corretamente e manter nosso
equilíbrio físico, mental e emocional.
Quando realizo os recordatórios
alimentares e analiso que as pessoas
comem durante o dia e vejo que 80% dos
alimentos são industrializados carregados
de aditivos químicos.
Ao analisar seu lanche /jantar: o
peito de peru tem a cor rosa que é do
corante nitrato. Que quando ingerido
sofre ação do ácido do estômago e se
transforma em nitrito, que pode
ocasionar dores de cabeça e enxaqueca.
Além disso, esse nitrito é transformado
em nitrosaminas pela ação das bactérias
do intestino, que são substâncias
causadoras de câncer.
O queijo contém proteínas de difícil
digestão, podem causar produção de
gases, desconforto abdominal etc., além
de alergias.
O pão rico em aditivos químicos,
que o nosso corpo não reconhece como
alimento e tenta a todo custo eliminá-los.
E aí, o que é melhor comer? Comida
viva, aquela comida que não foi
adicionada de nada e não foi modificada,
como legumes – folhosos e grãos como
feijão, grão de bico, ervilha, lentilha,
carne magra, cereais integrais (arroz ),
ou comer alimentos pobres em nutrientes
e ricos em produtos químicos???