CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 28 DE AGOSTO A 3 DE SETEMBRO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
CADEIRA DE BALANÇO
Por Carlinhos Alves Corrêa
Carlinhos é jornalista
e colunista social
HOMOFOBIA E RACISMO
SALVE JORGE OU
SALVE A POLÍTICA
Em ritmo das eleições neste calor
de 40 graus, o reflorescer dos ipês e
o povo nas ruas, na esperança de uma
política de propostas para os anseios
da população. Nesta fé ao Santo
Guerreiro que é São Jorge, muitos
políticos devem estar se
concentrando nele, que essa luta seja
coroada de êxito, afastando as
guerras de palavras. Dúvidas são o
maior fator do eleitorado, nas
promessas feitas aos candidatos ao
governo do Estado. Sempre usando o
verbo “eu vou fazer” ou “na minha
gestão vou olhar para a saúde,
educação, moradia”, sempre são as
mesmas promessas, e a política assim
caminha em dupla face. A famosa
Maria da Porteira, uma espírita de
luz, em suas cartadas de baralhos fala
sempre a verdade, brevemente iremos
fazer uma visita a ela, saber quem vai
administrar o Palácio Paiaguás. Neste
embalo de Salve Jorge, podemos dizer
os nomes dos candidatos: Riva,
Lúdio, Taques, Muvuca, Roberto, um
deles será o salvador da política em
Mato Grosso. O povo anda tão
desanimado da política, mas não
podemos deixar, ela esta presente na
vida da população brasileira. Neste
Salve Jorge, o rumo da sucessão
governamental em nada muda,
continua sempre a mesmice, nos
debates a falta de criatividade nos
planos de governo, e o seu lema visa
uma transparência na administração
pública. Salve a política que está sem
vida, sem aquecimento da população,
as propostas feitas pelos candidatos
deixam dúvidas e mais dúvidas na
cabeça dos eleitores. Nesta caminhada
política nos fazem pensar na época da
ditadura: dúvidas, campanhas sem
propostas, cada vez mais descrente
do plano eleitoral, onde surgem as
dúvidas e as indecisões. Salve São
Jorge, salve a política, varre, varre a
bandalheira, este povo está cansado
de viver desta maneira.
DESCASO AO COLUNISMO
A cada dia ficamos estarrecidos por
fatos acontecidos, acerca do que
poderá acontecer a esses profissionais
que enaltecem a vaidade humana e que
servem de escada para muitos estarem
no mais alto patamar da fama e do
reconhecimento social. É o descaso ao
colunismo social de parte de algumas
pessoas ingratas, que se distanciam
destes profissionais na hora em que
eles mais precisam de seu apoio
humano. Já presenciei fatos que
ocorreram nos quatro costados da
cuiabania, pela sociedade de consumo
que valoriza o colunista quando ele tem
um jornal para escrever, viver num
mundo irreal de badalações sociais, que
esquecem até de refletir a sua própria
alma a Deus. Este comportamento por
parte da sociedade sempre foi fator
primordial ao colunista, sou prova de
muita ingratidão, de muito preconceito
e outros fatores da dupla face do meio
social. Quando eles estavam na ativa, a
bajulação reinava em torno desses
lembrados colunistas: Vanessa, Sherly
Ocampos, João Pedro de Arruda,
Cesário de Almeida, Henry
Montegomery e o Papa do Colunismo
Social, Jejé. Hoje, quando se fala
desses lembrados profissionais, por
parte de alguns colunáveis dizem: “eles
ainda estão vivos?!”. Vivemos numa
realidade de ingratidão a muitos
profissionais do colunismo, são poucas
pessoas até hoje que foram visitar Jejé,
que se encontra instalado na Clínica
Geriátrica Casa Nova, no bairro Boa
Esperança. Isto nos fazem também,
que alguns colegas que estão em alta
rotatividade dão um jeitinho para
visitar o Papa do Colunismo Social,
pois o distanciamento da gratidão
dos colegas faz a diferença.
Portanto, colunista social, viva do
colunismo como base de conquistas,
conservar as amizades, ter jogo de
c intura para os desaf ios , a
humildade, na hora em que afastar
desta ingrata profissão, não cai no
ostracismo. Lembra-se que o
profissional tem o seu valor quando
está na ativa, no momento que deixar
de gerar notícias fica esquecido,
ignorado, e nem é lembrado para ser
convidado para os eventos. Como diz
o poeta Mário Quintana: “A maior dor
do vento é não ser colorido”.
ABCDEF....GLS
Por Menotti Griggi
Menotti Griggi é
geminiano, produtor
cultural e militante incansável da
comunidade LGBTT
A Procuradoria-Geral da República
divulgou n ultima semana de julho
parecer encaminhado pelo procurador
Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal
Federal (STF) sugerindo o julgamento
de casos de homofobia, lesbofobia e
transfobia com base na Lei do
Racismo.
No documento, Janot pede que a
legislação já existente para crimes de
discriminação ou preconceito de cor,
raça, etnia ou procedência nacional
sirva de base para homofobia até que
seja aprovada uma lei específica. Na
visão de Janot, a aplicação deve valer
como alternativa a propostas que ainda
tramitam no Congresso, mas não têm
previsão para serem votadas. Ele
sugere no parecer que o Legislativo
aprove nova lei sobre o tema em até
um ano.
O relatório de Janot serve de
consulta para o STF em recurso
ajuizado pela Associação Brasileira de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis
e Transexuais (ABGLT). Apesar de ser
levado em consideração pelos
ministros da Corte, a posição do
procurador não precisa ser seguida
pelos magistrados. O STF está de
recesso e não há previsão para o
julgamento do pedido.
“A discriminação e o preconceito
contra lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais atinge
especialmente determinadas pessoas e
grupos, o que macula o princípio da
igualdade, e acarreta situação especial
de grave vulnerabilidade física,
psíquica e social, em violação ao
direito à segurança, importantes
prerrogativas da cidadania”, diz o
parecer. Na visão de Janot, a Justiça
deve aplicar para os casos de
homofobia o artigo 20 da lei 7.716/89,
contra o racismo, que classifica como
crime praticar ou induzir a
discriminação ou o preconceito e
impõe pena de até três anos de
reclusão mais multa. O artigo também
determina que a pena é de cinco anos,
mais multa, se crime for cometido por
veículos de comunicação.
O recurso da ABGLT é contra
decisão do STF que impede a fixação
de prazo para o Poder Legislativo
editar norma sobre o assunto. “Cabe a
fixação de prazo razoável para
ultimação do processo legislativo - que
a associação autora sugere que seja de
um ano”, diz Janot no documento.
No Senado, o projeto de lei 122/
2006, que ainda não foi discutido no
plenário, propõe a criminalização da
homofobia. Já o projeto do novo
Código Penal, que também está sendo
discutido no Senado, prevê pena de
prisão para quem praticar racismo e
crimes resultantes de preconceito e
discriminação.