CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 20 A 26 DE FEVEREIRO DE 2014
CULTURA EM CIRCUITO
PG 2
MANIFESTO
Edmilson é arquiteto e
festeiro oficial da
Praça Popular
TEMPOSMODERNOS
João Carlos Manteufel,
mais conhecido como João Gordo,
é um dos publicitários mais
premiados de Cuiabá
CALDO CULTURAL
Por João Manteufel Jr.
TENDÊNCIAS
Por Edmilson Eid
Foi lá no outro milênio,
no ano de 1908,
Mato Grosso mostrou seus cenários
aos mais diferentes arroios.
Um filme mais que centenário
cruzou mares, montanhas e ilhas,
fez da arte uma semente
tendo o batuque as melhores das trilhas
brotando a árvore da paixão
Que gerou mais de 200 frutos
usando a força imaculada desse chão.
Chão mutante como a vida.
Numa mistura de perda, aridez,
instabilidade
aliada a política e sua falta de vontade
fizeram que a árvore do audiovisual não
frutificasse
abdicando o povo do próprio espelho,
não deixando que o fruto se perpetuasse.
Semente que voltou a florir
com um festival datado em 93
regado a trabalho árduo e uma nova lei,
trocou-se a incerteza pela esperança
fazendo da nossa cultura
uma afiada e poderosa lança.
Lança que não ganha todas as batalhas.
Reflexo de um estado
de diferenças abundantes.
Nem sempre o que dá certo
será bom como antes.
A ceifa de um fundo
privou Mato Grosso de
cavalgar seus filmes pelo Mundo.
Mundo que traz tempestade
E consigo a bonança
Com iniciativa da Secretaria de Cultura
e o governo com boa vontade,
finalmente depois de 2 anos,
o Festival de Cinema
volta à cidade.
Mas governos são nômades.
Nem sempre teremos quem nos entenda
Nem sempre teremos governos que
saibam o esforço de uma lágrima. Do
esforço de uma risada. Nem sempre
teremos a oportunidade de ter uma
oportunidade. Nem sempre teremos
governos que saibam o valor
incomensurável da cultura.
Vamos fazer que dessa árvore brotem
ainda mais árvores.
Vamos fazer que esses frutos gerem
muito mais sementes.
Vamos gritar para autoridades e outros
governantes...
O audiovisual de Mato Grosso precisa de
um fundo
para manter a nossa vasta cultura e
espalhar seus cenários pelo mundo.
Cada vez mais o caos urbano da
nossa cidade aumenta, deixando o
tráfego no seu limite insuportável aos
condutores e pedestres.
O argumento da mobilidade urbana,
motivo das obras da Copa em nossa
cidade, é oferecido à população que vem
sofrendo durante estas mudanças, e, para
ajudar o transtorno, chega a chuva.
Asfalto com buracos e valas é
consequência desta época, agravando os
problemas, a qualidade de vida da
população e a capacidade de atrair os
turistas que vêm em busca do turismo
ecológico.
A impiedosa necessidade de ir e vir,
impulsionada pela facilidade do indivíduo
em adquirir um veículo ou uma moto,
faz com que a cidade, não projetada para
este fluxo de crescimento, não suporte
esse trânsito caótico.
Outro problema é onde estacionar
esta quantidade de veículos e motos
numa cidade que cresceu dentro de uma
malha urbana que não tem como
modificar. Uma das soluções é evitar a
construção de novos empreendimentos
que concentrem um aumento de
população.
Precisamos de prioridade na
implantação de transporte coletivo, mas
que dê ao usuário mais conforto e
segurança. Assim teremos uma cidade
com mais dinamismo e com a qualidade
de vida que todos buscam.
A paciência é uma das grandes
virtudes do homem, vamos acreditar.
