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CIRCUITOMATOGROSSO
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Reportagem:
Camila Ribeiro, Mayla
Miranda e Diego Frederici
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CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 30 DE JANEIROA 5 DE FEVEREIRODE 2014
OPINIÃO
P
G
2
ENTRE ASPAS
EDITORIAL
Todo-poderoso
Foto: Mary Juruna
SUIÁ-MISSÚ
Famílias retomam área à revelia
Produtores passaram quase um ano abandonados, sem qualquer apoio do Poder Público
#BOMBOUNAREDE
Mayla Miranda e
Camila Navaleiko
As 300 famílias que
foram expulsas de Suiá-
Missú, em Alto Boa Vista,
no Araguaia, há cerca de
um ano já retornaram para
a área que foi devolvida
aos Xavantes por força de
liminar. Esta semana elas
decidiram que não
ficariam mais no Posto da
Mata.
“Já começamos a
reconstruir nossas casas
e vamos permanecer no
local. Nossa vida está
aqui e daqui não vamos
sair”, disse um dos
produtores à equipe de
reportagem do site
Agência da Notícia que
está no local e tem
acompanhado todo o
processo de retorno dos
antigos produtores. A
estratégia das famílias é
dificultar o trabalho da
polícia em expulsá-las
novamente da área. A
expectativa é de que uma
nova operação de
desintrusão aconteça.
Outro agravante é que
a região pode se tornar
num grande assentamento
dos sem-terra, já que os
produtores estão
convidando gente do
Brasil todo que tem
interesse em ter um
pedaço de terra, para
somar. “Quem tem área
grande dentro da Suiá-
Missú já abriu mão de
50% para quem tem
interesse. Vamos dar a
terra para quem precisa e
não pra um governo sujo
e corrupto como este que
transformou gente
trabalhadora em bandido e
fugitivo da polícia”,
argumentou um
fazendeiro que diz que
caso seja necessário vai
doar toda a sua terra para
os interessados. “Doo
tudo, mas não deixo para
este governo”, disparou.
O presidente da
Associação dos
Produtores da Suiá-Missú
(Aprosum), Sebastião
Prado, tinha uma reunião
marcada para 28 de
janeiro no Supremo
Tribunal Federal (STF)
em Brasília para tratar do
assunto. A reunião seria
acompanhada pelo
advogado dos produtores,
Luiz Alfredo, e do
governador Silval Barbosa
(PMDB), porém, de
acordo com Sebastião
Prado, o governador
remarcou o encontro para
a próxima semana.
Os antigos produtores
exigem uma resposta do
Governo Federal. Eles
querem a terra de volta ou
então uma indenização ou
permuta de área. A
revolta maior dos ex-
moradores da Suiá-Missú
é com o descaso do
Governo Federal com a
situação, já que nenhuma
resposta é dada aos
produtores.
Já para o
Circuito
Mato Grosso
, o prefeito
de Alto Boa Vista, Leozipe
Domingues Gonçalves
(PMDB), declarou que o
município não recebeu
nenhum apoio para
garantir condições de
sobrevivência às famílias
expulsas de Suiá-Missú.
“Não havia nem água
onde eles estavam
alojados
provisoriamente”, conta o
gestor. (Com Agência da
Notícia/Confresa)
O fato do Governo de o Estado
continuar renovando contratos milionários
com a Seligel, que estranhamente já faturou
em torno de R$ 60 milhões dos cofres
públicos nos últimos anos apesar de se
tratar de uma empresa de pequeno porte –
praticamente de fundo de quintal –
evidencia a total falta de respeito do
governador Silval Barbosa com o
Ministério Público Estadual. Afinal, a
Seligel está sendo investigada inclusive
pelo Grupo de Atuação Especial contra o
Crime Organizado, o Gaeco, justamente por
conta de contratos feitos sem licitação e
para finalidades para as quais a empresa não
estaria habilitada. Fiscal da gestão do
dinheiro público, o MPE é um órgão que
defende os interesses da coletividade, que
cobra transparência e denuncia desmandos
praticados por gestores públicos. Ou seja,
um órgão de vital importância para a
sociedade. No entanto, Silval Barbosa não
vem respeitando o papel do MPE. Ignorar o
MPE é virar as costas para o povo. É
subestimar a inteligência de promotores
que dedicam uma vida inteira a zelar pelo
bem público. Mas todo esse poder está com
os dias contados e pode acabar a qualquer
momento porque a verdade está por vir à
tona.
O trânsito na Avenida Rubens de Mendonça,
do CPA, está fluindo num trecho apenas com
meia pista de cada lado. E o que há por trás
dos tapumes? Obra parada e o asfalto todo
revirado. A foto foi postada esta semana no
Facebook e provocou a indignação dos
internautas. Um deles escreveu: “Essa Copa
só serviu para estampar de vez a
incompetência dos nossos governantes”.
“Blairo Maggi não
pretende ser
candidato. Porém,
diante da cobrança
da presidenta
Dilma, tudo é
possível.”
Deputado federal
Wellington Fagundes
(PR), sobre candidatura
de Blairo Maggi (PR) ao
Governo de Mato Grosso.
“Não somos apenas produtores de carne, somos,
especialmente, produtores de riquezas e emprego.
(...) Temos vontade e temos competência para
produzir, mas nos falta mais apoio.”
Em discurso de posse, José João Bernardes,
empossado para segundo mandato da Associação dos
Criadores de Mato Grosso (Acrimat), cobra maior
colaboração do governo do Estado para com a classe.
“É imprescindível ressaltar a preocupação comum à
sociedade com o andamento do que popularmente se
convencionou chamar ‘obras da Copa’. Não são
raras as dúvidas que advêm acerca da efetiva
conclusão das obras ainda em andamento.”
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil,
seccional Mato Grosso (OAB-MT), Mauricio Aude, ao
cobrar da Secopa explicações e prazos sobre andamento
das obras com vistas ao Mundial de 2014.
“Acabávamos de atravessar uma hora de trânsito
exasperante, com estradas cortadas, desvios,
terra, lama, e condutores à beira de um ataque de
nervos. (...) Nós fomos vítimas do caos que estas
obras estão a provocar na cidade.”
Trecho da reportagem da jornalista Alessandra Prado
Coelho, do site português Público, sobre o caos
gerado pelas obras da Copa em Cuiabá.