EDIÇÃO IMPRESSA - 467 - page 2

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 20 A 27 DE NOVEMBRO DE 2013
OPINIÃO
P
G
2
ENTRE ASPAS
EDITORIAL
TURISMO ZERO
Presidente do Conselho Editorial:
Persio Domingos Briante
CIRCUITOMATOGROSSO
Diretora-executiva:
Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
Propriedade da República Comunicações Ltda.
Editor de Arte:
Glauco Martins
Revisão:
Marinaldo Custódio
Reportagem:
Rita Anibal e Camila Ribeiro
Fotografia:
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Editora:
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JOGOS INDÍGENAS
Onde foram gastos os R$ 3 milhões?
Mais de 1.600 atletas enfrentaram falta de água e dormiram no chão batido, apesar do investimento milionário no evento.
Por: Sandra Carvalho. Fotos: Mary Juruna
Durante oito dias
Cuiabá se transformou
na capital dos Jogos dos
Povos Indígenas. Pelo
menos 1.600 atletas de
48 etnias brasileiras e 16
de outros países
participaram do evento,
que poderia ter
projetado Mato Grosso
no cenário internacional
de forma positiva.
No entanto, apesar
da beleza das
apresentações e da
oportunidade histórica
do contato direto com
esses povos, os R$ 3
milhões que o Governo
do Estado usou para
contratar serviços não
garantiram estrutura
necessária ao evento.
Faltaram colchões,
comida e inclusive água,
ao contrário da
recepção garantida nas
edições anteriores do
evento, em outras
capitais brasileiras.
Apesar de os jogos
já estarem agendados
meses atrás, a Secretaria
de Estado de Esporte e
Lazer montou a estrutura
do evento apenas quinze
dias antes de sua
realização. Uma área no
Jardim Botânico,
localizada no bairro
Sucuri, foi aberta em
meio ao matagal onde
foram instaladas tendas
e montadas umas
espécies de ocas.
“Esta foi a edição
mais desorganizada de
que já participei”,
reclamou Aislano
Wapriiwari,
questionando o real
destino dos R$ 3 milhões
disponibilizados pelo
governo para a
realização do evento. Ele
conta que em outras
edições os atletas
recebiam colchões e
aqui em Cuiabá tiveram
inclusive de beber água
do rio.
Vinte e sete índios
da etnia Harambut, da
região de Madre de
Dios, no Peru, optaram
por se acomodar em
hotel por falta de espaço
e pelas más condições
do alojamento oferecido
pela Secretaria de
Esportes e Lazer.
Haru Kuntanawa, do
Acre, reconheceu a
importância do evento,
mas observou que o
local deveria ser
gramado ou de chão
batido, como nas
aldeias, o que reduziria
o calor, a poeira e a
lama, já que o período é
chuvoso.
COMBUS T Í V E L
Durante a prova de
canoagem os homens do
Corpo de Bombeiros
ameaçaram suspender a
competição porque não
tinham combustível para
abastecer as lanchas. Os
próprios atletas
indígenas tiveram que
tomar providências.
As manifestações até então tímidas de empresários do setor turístico,
preocupados com a falta de estrutura para receber grande número de
turistas atraídos pela Copa do Mundo 2014, parecem não ter
sensibilizado o governador Silval Barbosa. Tanto que os tais R$ 330
milhões tão propalados para investir no setor até agora não saíram
do papel. Agora o descaso começa a ganhar repercussão
internacional a ponto de a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil
solicitar informações sobre a questão da segurança em caso de
incidentes de grande vulto e também em relação à segurança nas
estradas de acesso ao Pantanal, tema da Copa 2014. A
Transpantaneira, com suas dezenas de pontes, continua não
oferecendo plenas condições de tráfego. As pontes de madeira
representam risco iminente de acidentes. Somente esta semana o
Governo anunciou o plano de segurança para o Mundial, seis meses
antes do evento, e que ainda vai ser revisado. Para o turismo e para a
saúde, até agora nada. A torcida pelo sucesso da Copa 2014 é
grande. Todos estão desejosos pela chegada do evento e pelo legado
que ele vai deixar para Mato Grosso. A cobrança da sociedade é
quanto à falta de planejamento das obras, da aplicação dos recursos,
o desperdício e a falta de compromisso com a gestão pública. Essa
cobrança também é um dever da imprensa e missão dos órgãos
fiscalizadores. E a obrigação do Poder Público é de cumprir com suas
responsabilidades, em respeito ao cidadão que trabalha diariamente
para garantir o sustento da máquina pública.
“Até onde sei o senador Blairo
está fora do páreo. O nome do
PR como pré-candidato a
governador à mesa de
negociação é o Maurição da
Água Boa e ponto final.”
Presidente estadual do PR, deputado
federal Wellington Fagundes, sobre
pré-candidatura da sigla ao Governo
do Es t ado.
“Entristece-me profundamente
ver a situação desse município.”
Conselheiro do Tribunal de Contas
do Estado (TCE-MT) Valter Albano
sobre a situação administrativa de
Várzea Grande.
“Estaremos mobilizados e
continuando a negociar (...) nos
posicionando contra a
terceirização do setor de
vistoria, que é um ônus
desnecessário e injusto ao
contribuinte.”
Presidente do Sindicato dos
Servidores do Detran, Veneranda
Acosta, sobre continuidade de
negociações com Governo apesar do
fim da greve da categoria.
“É inaceitável um desmatamento desse
tamanho. Como o Estado não está
enxergando? Eu tenho que sair daqui
e ir lá ver o que está acontecendo na
frente deles.”
Ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira,
sobre o aumento do desmatamento na
chamada Amazônia Legal, nos estados de
Mato Grosso e Pará.
“Se me oferecerem de graça para
eu ser candidato a governador,
eu não aceito.”
Prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes
(PSB), descartando possibilidade de
concorrer ao Governo em 2014.
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