EDIÇÃO IMPRESSA - 466 - page 18

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 14 A 20 DE NOVEMBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
Info: (65) 3365-4789
REFLEXOES
PPor Marco Ramos
Marco é numerólogo, advogado
e troca de nome de acordo com a
energia do momento
AMÉRICA LATINA E A “CAUDILHOCRACIA”
ARTE NÚMERO 7
PPor Caio Porto Moussalem
CAPITÃO PHILLIPS
Caio Porto Moussalem é
cinéfilo profissional... e sociólogo
nas horas vagas.
Capitão Phillips
é o
último filme do cineasta britânico
Paul Greengrass e como era de
se esperar... é excelente.
Greengrass está longe de ser o
mais conhecido dos diretores,
mas sem dúvida exerce uma
influência enorme pela
qualidade extrema das suas
obras que, contadas de uma
forma quase documental – por
conta da câmera trepidante e da
intensa proximidade com os
protagonistas – misturam a dose
certa de ação e emoção.
Esse filme conta uma história
real. Em 2009 o capitão da
marinha mercante americana,
Richard Phillips (Tom Hanks),
conduzia seu navio do Omã ao
Quênia – através das perigosas
águas da costa da Somália –
quando piratas somalis
invadiram a embarcação e
fizeram o
capitão e o resto
de sua
tripulação
reféns.
O filme tem
um ritmo
envolvente e um
roteiro que,
apesar de
funcional,
poderia ter sido
mais bem
elaborado. Por
exemplo: não
nos é explicado
a razão do
envolvimento
maciço da Força Naval
Americana, que contou com
diretrizes saídas diretamente da
Casa Branca... assim, as coisas
tomam uma proporção que não
possui lastro algum com a
narrativa. Isso poderia ser
resolvido com a simples inserção
– através de uma fala de algum
personagem – de um fato real:
esse foi o primeiro sequestro de
uma embarcação americana em
mais de 200 anos!
Mas nada eclipsa a atuação
monumental de Tom Hanks que,
segurando toda a tensão dos
acontecimentos desde o início,
explode – em uma cena de dar
arrepios na espinha – quando se
dá o desfecho. É altamente
provável que o trabalho de
Hanks seja lembrado na
cerimônia do Oscar no próximo
mês de março!
O caudilhismo é um
fenômeno cultural que primeiro
surgiu durante o início
do século XIX na América do
Sul revolucionária, como uma
forma de líder de milícia com
personalidade carismática e
um programa suficientemente
populista
de reformas genéricas a fim de
auferir larga adesão, ao
menos no início, das pessoas
comuns. O caudilhismo eficaz
sustenta-se em culto à
personalidade
. Assim
encontramos a denominação
para este termo nos dicionários
em geral. A América Latina é
um útero para a gestação
dessas figuras mitológicas, isso
por termos um ambiente
favorável, por conta da baixa-
estima do povo em geral, nível
de escolaridade em vários
países inferior ao resto do
mundo desenvolvido,
principalmente no nosso, etc
etc. Morre dias atrás um desses
símbolos, Hugo Chavez, que
conseguiu levar à ruína uma
economia antes forte e um dos
países mais ricos das Américas
décadas atrás. Mas aqui em
nossa região temos os “primos-
irmãos” desse mito patético
que morreu, temos a Cristina
Kirchner, Fidel Castro, Evo
Morales, Lula da Silva, Rafael
Correa no Equador etc. A
nossa atual presidenta, como
gosta de ser chamada, não é
exatamente uma dessas
figuras, mas uma criatura
nascida da figura Lula, filha de
um Caudilho! Lamentavelmente
a nossa “América Latrina” é e
continuará sendo o ambiente
mais favorável no mundo para
nascer este tipo de governante.
Vemos aqui, por exemplo, que
o Governo petista semana
passada mostrou sua
verdadeira face totalitária com
seus seguidores xiitas
manifestando em plena
democracia brasileira posição
contrária à liberdade de
expressão contra a presença
da blogueira Cubana Yoani
Sánchez. Fato lamentável,
vergonhoso à nossa Nação.
Na verdade, se não fosse o
regime militar no Brasil
décadas atrás estaríamos nas
mãos de um regime totalitário
de esquerda violento que faria
do país uma “Cubona” de
última categoria, aonde o
cidadão comum seria
impedido de sair e voltar do
país, pois precisaríamos de
autorização especial para isso,
passando pelas mãos dos
“burrocratas totalitários” que
dominariam o cenário
nacional. O regime militar
brasileiro foi ruim, mas
necessário infelizmente, e não
tenho nenhum receio de
afirmar isso. A Comissão da
Verdade deve sim mostrar toda
a realidade, contando a
história DOS DOIS LADOS,
mostrando a verdadeira face
desses “mitos”. Porém corremos
o risco destes totalitários no
poder travestidos de
democratas, apagar, ocultar,
esconder a verdade. Este
“povo” da esquerda símbolo
do pior atraso político do país
nunca, jamais, lutou pela
democracia, mas sim para a
implantação de um regime
totalitário “populista” de
esquerda da pior forma
possível. Hoje estão ai,
validado por um povo inculto,
desfrutando e abusando de
uma democracia.
O que vemos na verdade é
o que chamo de
“Caudilhocracia” em nossa
Nação, baseado na figura de
um pateta que assume o poder
e faz o seu populismo barato
às custas do contribuinte que
luta para produzir num país
que ainda não tem uma infra-
estrutura a altura do que
merece a nossa iniciativa
privada. O que temos ai até
hoje (aeroportos, estradas,
portos etc) foi construído pelo
Regime Militar. Imagina se não
tivéssemos tido este Governo
no país!!
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