EDIÇÃO IMPRESSA - 466 - page 19

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 14 A 20 DE NOVEMBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
CADEIRA DE BALANÇO
PPor Carlinhos Alves Corrêa
r
Carlinhos é jornalista
e colunista social
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
PPor Rosemar Coenga
o e
O ENCONTRO ENTRE ANGELA LAGO E DRUMMOND
PARA SE TER SAÚDE É PRECISO:
Wania Monteiro de
Arruda é nutricionista funcional,
aficcionada em receitas saudáveis
e saborosas, que divulga em seu
site e no Insta @wmarruda
NUTRITIVA
PPor Wania Monteiro de Arruda
Ângela-Lago, no livro
O
menino Drummond
(2012),
ilustrou e selecionou os 22
poemas que compõem esta
belíssima coletânea destinada
ao público infantil e juvenil,
publicada pela Companhia
das Letrinhas.
Os poemas selecionados
por Ângela-Lago abarcam
obras de Drummond lançadas
entre 1930 e 1984,
apresentados
cronologicamente no livro.
Extraídos de 11 títulos do
autor, que vão de
Alguma
poesia
(1930) a
Corpo
(1984), os poemas
representam distintas fases
de Drummond e oferecem,
aos jovens leitores, um
contato amplo com sua
poesia. No livro, os poemas
são apresentados sempre ao
lado de uma ilustração, em
pares de páginas que
conferem uma significação
peculiar à leitura. Para cada
dupla poema-ilustração,
uma cor é usada ao fundo:
vermelho para a “poesia
que inunda minha vida
inteira”; lilás acinzentado
para a “sombra de meu
bem que morreu há tanto
tempo”; azul para a
procura “de uma noiva no
ar como um passarinho”;
ocre para a “hora difícil,
em que a dúvida penetra as
almas”; verde-esperança
para a “canção que faça
acordar os homens e
adormecer as crianças”.
Estas e algumas outras cores
são extraídas da palheta da
ilustradora em contraste
perfeito com a pena do
poeta.
A harmonia entre texto e
ilustração, nesse caso,
deve-se a inúmeros fatores,
que vão da subjetividade
que une autor e ilustradora
em sua comum mineirice a
muitos outros que, certamente,
não serão percebidos aqui.
Um deles é, sem dúvida, o
fato de Ângela-Lago ter em
Drummond uma referência:
“Estava diante do projeto que
ilumina minha vida inteira. É
um poeta que fez a cabeça da
minha geração”.
Drummond nos oferece um
texto envolvente, com humor e
poesia em boa medida.
Ângela-Lago amplia o convite
com suas belas ilustrações,
que sugerem grande
cumplicidade entre o poeta e
a ilustradora.
1- Evitar os alimentos
industrializados, pois possuem
muito sódio em sua
Composição, além de
conservantes, edulcorantes e
acidulantes que são produtos
químicos que o nosso organismo
não reconhece como alimento e
vai ter um ‘trabalhão’ para
eliminá-los, causando vários
problemas ao organismo.
2- Experimentar a farinha de
banana verde que alimenta as
bactérias boas do intestino e
formam uma barreira contra as
ruins, deixando o seu intestino
saudável para absorver de
forma mais eficiente os
nutrientes dos alimentos.
Exemplo: Vitamina com
água de coco + 2
fatias de mamão + 1
c. sopa de farinha de
banana verde e 1 c.
sopa de farinha de
semente de linhaça
3- Apostar na
Vitamina D. Fique 15
minutos ao sol (período entre
7h e 9h da manhã), sem uso
do filtro solar, para que a
vitamina D se fixe no
organismo. Ela facilita a
absorção do cálcio, reduz os
níveis dos radicais livres,
moléculas essas que em excesso
nos envelhecem e que inflamam
as células e estas ficam
propensas a acumular gordura.
4- Comer oleaginosas,como
nozes, castanha-do-pará,
castanha de caju sem sal,
amêndoas, etc., que ajudam a
enxugar a gordura. São
calóricas, por isso uma dica
como lanche da manhã ou tarde:
6 amêndoas ou 2 castanhas-do-
pará ou 2 de caju ou 2 nozes.
PRAÇAS SEM ALMA
A primeira impressão é a que
fica... Estamos nos referindo às
praças de Cuiabá, vítimas de um
verdadeiro descaso por parte do
poder público. Já ouvimos diversos
cuiabanos que moram fora dizer
sobre a feiura das nossas praças tão
maltratadas. A Praça da República,
com os seus canteiros, noutras
épocas era ornamentada em estilo
parisiense. É a única praça que tem
as quatro esculturas das estações do
ano, era linda, ornamentada de
palmeiras imperiais. Como Cuiabá
é quente, na década de 1940 a
maioria das praças tinha chafariz. O
destaque era o chafariz da Praça
Alencastro, era o traçado de
canteiros geométricos circundado
por altas palmeiras, as árvores com
flores, enfim, este espaço de lazer
dava à alma cuiabana frescor de
vida. O jardim da Praça Ipiranga
era um verdadeiro cartão-postal da
cidade, contava com revoadas de
palmeiras imperiais, com belíssimo
chafariz que aliviava o calor da
capital, e revestida de árvores que
davam sombra a todos que
frequentavam este espaço de lazer.
Já na região do Porto de Cuiabá, a
Praça Luiz de Albuquerque era toda
gradeada, era um verdadeiro
charme, toda arborizada, cercada
de palmeiras imperiais – esta praça
é a mais tradicional de todas as
praças de Cuiabá. Hoje, as praças
da capital dão medo, conta- se nos
dedos quantas palmeiras há. Uma
capital que vai completar 300 anos
sem a alma cuiabana, com praças
que vivem num total abandono por
falta de conscientização da sua
população.
PRAÇAS SEM VIDA
Quem trafega pelas praças
localizadas no alto da Getúlio
Vargas, como a Praça Santos
Dumont, vê que ela é pouco
ornamentada pela paisagem de
flores e gramas, não há palmeiras, e
sim revestida de figueiras, sendo um
verdadeiro corredor do comércio
ambulante. A Praça Clóvis Cardozo,
fechada de árvores, sem
ornamentação de paisagismo, falta
iluminação pública. A Praça 8 de
Abril tem um chafariz que ameniza o
calor em dias quentes, falta dar uma
mexida no seu paisagismo, bem
localizada, numa área privilegiada
da capital. Ela leva a data da
fundação da cidade. Na Praça
Eurico Gaspar Dutra, o único
presidente da República cuiabano,
localizada no bairro Popular, não há
traçado de paisagismo, é visitada
por diversos segmentos da
sociedade, um espaço sem vida e
sem calor humano. Na Praça Santa
Rita, destaque para a viola de
cocho, revestida de árvores
gigantescas, faltam flores e
palmeiras para dar mais
ornamentação neste espaço de
lazer. A Praça do Quilombo, num
bairro privilegiado no coração da
cidade, quem passa por lá não
imagina o total abandono e
descaso por parte de quem cuida
da cidade. A melhor de todas essas
praças é a das Lavadeiras,
localizada no bairro da Lixeira,
sendo mantida pela Associação de
Moradores. A praça do bairro do
Baú vive num abandono total,
enfim, vivemos numa cidade que
era chamada Cidade Verde, hoje
podemos falar que o verde está
morrendo em nossas praças.
Destaque para as calçadas feitas de
cimento, enquanto as gramas, as
flores, as árvores, as borboletas, os
beija-flores vão se distanciando dos
centros urbanos, aos poucos o lazer
do povo cuiabano vai se
apagando. Por uma Cuiabá mais
florida.
PANTAN NA MANDIOCA
Dia 10 de dezembro a Praça
da Mandioca, no centro de Cuiabá,
vai reunir jornalistas, publicitários,
radialistas, profissionais de TV e
colunistas sociais do final da década
de 70 e início da de 80 para
relembrar a Cooperativa dos
Repórteres de Mato Grosso,
fundada pelo saudoso jornalista
Calixto Alencar. Com sede na Rua
13 de Junho, a cooperativa reunia,
além dos jornalistas, cantores e
compositores e ativistas do meio
ambiente e causas indígenas. Nas
rodas, o assunto era a política
praticada na época e narrada de
forma combativa. E as reuniões
eram regadas a muito som de viola
e poesia com o chargista Sálvio
Jacques, o diagramador Mário
Hashimoto, o repórter-fotográfico
Magno Jorge, o publicitário Amauri
Lobo, o músico Pio Toledo e tantos
outros.
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