CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 7 A 13 DE NOVEMBRO DE 2013
OPINIÃO
P
G
2
ENTRE ASPAS
EDITORIAL
Crise no casamento
Presidente do Conselho Editorial:
Persio Domingos Briante
CIRCUITOMATOGROSSO
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Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
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Editor de Arte:
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Revisão:
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Reportagem:
Rita Anibal e Camila Ribeiro
Fotografia:
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BARRANCO
Finalmente Secopa aponta solução
Depois de muitas especulações e respostas desencontradas, finalmente a Secopa assume posição.
Por: Rita Anibal. Fotos: Mary Juruna
Após quatro meses
procurando soluções para
minimizar a insegurança dos
moradores do Despraiado,
finalmente a Secretaria
Extraordinária da Copa
(Secopa) tomou posição
sobre o futuro dessas famílias.
O grupo de moradores
atingidos diretamente pelo
perigo de deslizamento da
encosta reuniu-se com o
secretário- adjunto de
infraestrutura da Secopa,
Alysson Sander, comunicando
que o estudo técnico feito
pela equipe, avistou a
possibilidade de ser usada
apenas parte dos terrenos,
possibilitando a permanência
de todos durante e após a
conclusão da contenção da
encosta.
Desde que o
Circuito
Mato Grosso
denunciou o
perigo de deslizamento a que
ficaram expostos os
moradores do Despraiado,
começou uma série de
divergências entre os
integrantes do governo –
Governador, Secopa,
Procuradoria Geral do Estado
(PGE) - bem diferente
daquelas que os moradores
estavam recebendo tendo,
inclusive, os levando ao
Ministério Público Estadual
(MPE) protocolar
requerimento em busca de
esclarecimentos sobre a
situação em que se
encontravam.
As informações obtidas
eram sempre
desencontradas, levando o
governador Silval Barbosa,
em coletiva com a imprensa
ao ser perguntado sobre o
assunto, a irritar-se por
completo desconhecimento e
responder de maneira
equivocada sendo ‘salvo’ por
Maurício Guimarães,
secretário da Secopa, que
emitiu considerações sobre a
solução que o órgão havia
tomado sobre a encosta, mas
que também não refletia a
realidade dos
acontecimentos.
Após controvérsias,
finalmente o secretário-
adjunto Alysson Sander
recebeu a reportagem para
explicar todas as ações que
serão tomadas para evitar o
desmoronamento do morro.
Sander explicou que “depois
que fizeram o corte do morro,
as placas sofreram um
‘reverso’ tirando a
estabilidade e a coesão do
solo, o que gerou
insegurança e um possível
deslizamento” e continuou
dizendo que “quando se faz
um projeto ele é empírico
[método feito através de
tentativas e erros] e podem
surgir percalços como essa
reversão das placas do
morro”.
O secretário relatou que
desde julho está procurando
uma solução definitiva para o
caso, mas que as opções
que sua equipe de
engenheiros tinha planejado
eram muito caras: “A
proposta dos moradores de
permanecerem em suas casas
após a contenção da
encosta, provocou novo
estudo que foi aprovado e
vai ser colocado em prática”.
Sander declarou que
“queríamos diminuir o
impacto social que seria
gerado com a saída das
famílias que estão ali há mais
de 30 anos; agora estamos
planilhando (sic) preços e, no
máximo em 30 dias,
começaremos a construção
que, de acordo com o novo
projeto, pode ser realizada
mesmo com chuvas”.
Os moradores
comemoram o fato de
poderem permanecer na
área. Apenas uma moradora
deverá sair temporariamente
porque a casa dela está bem
à beira do barraco onde será
construída a contensão.
“O povo quer que ele
volte. Em outras
oportunidades, ele deixou
para confirmar a
candidatura somente
perto das eleições,
acredito que isso deva
acontecer novamente.”
Depu t ado es t adua l
Romoa l do Jún ior ( PMDB)
sobre uma possível
cand i dat ura do senador
Blairo Maggi (PR) ao
Governo em 2014.
“O asfalto é muito mais
u r gen t e . ”
Prefeito Mauro Mendes (PSB), ao
descartar projeto para
implantação do BRT em Cuiabá.
“Não me arrependo de
nada porque sei que os
benefícios para a
popu l ação serão
g r ande s . ”
Governador Silval Barbosa
(PMDB) sobre realização das
obras de mobilidade urbana
em Cuiabá e Várzea Grande.
“Se o prefeito não usar o recurso para a finalidade certa,
naturalmente terá o recurso suspenso. Com certeza o Fethab agora
será muito mais fiscalizado do que é hoje.”
Deputado estadual José Riva (PSD), autor do projeto de Lei que destina 50%
do Fethab diretamente aos municípios mato-grossenses.
“Não pretendo disputar nada, não tenho pretensões
po l í t i cas . ”
Secretária de Estado de Cultura, Janete Riva, ao descartar
disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa.
A relação entre o governador Silval Barbosa e a classe empresarial
parecia um casamento perfeito, tendo como padrinho o super Pedro
Nadaf, nada mais nada menos que ex-titular da Secretaria de
Estado de Indústria, Comércio e Mineração e hoje chefe da Casa
Civil. Talvez para retribuir as gentilezas recebidas durante a
campanha eleitoral, o governador vinha presenteando o setor com
até R$ 1 bilhão em incentivos fiscais ao ano, sem exigir o devido
retorno à população. Também sancionou a lei que prorrogou os
incentivos por mais duas décadas. E o casamento seguia às ‘mil
maravilhas’ até que o Governo autorizou uma cobrança adicional
de 50% no recolhimento do Fundo de Desenvolvimento Industrial e
Comercial de Mato Grosso, o Fundeic. Foi o que bastou para que
o casamento parasse nos tribunais. Revoltados, os empresários
entraram com mandado de segurança para derrubar o reajuste da
taxa. E, não satisfeitos, estão atirando pedras no Governo do
Estado. A briga está tão passional que agora o setor já diz que o
que o governador Silval Barbosa dá com uma mão ele tira com a
outra. No entanto, ainda está por vir à tona a verdadeira gota
d’água que gerou a crise. Uma separação litigiosa que por
enquanto ainda é somente do conhecimento das baratas, aquelas
que sabem primeiro o que acontece entre quatro paredes.
A l y s s on Sande r comun i cando a de c i s ão da Se copa
sob r e o mu r o de con t enção do De s p r a i ado
Mo r ado r e s s a í r am a l i v i ado s apó s s abe r que
Mo r ado
pode r ão pe rmane c e r em s ua s ca s a s