EDIÇÃO IMPRESSA - 459 - page 17

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 26 DE SETEMBRO A 2 DE OUTUBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 5
Anna é doutora em
História, etnógrafa e filatelista.
TERRA BRASILIS
Por Anna Maria Ribeiro Costa
a i R e i
CORPO HUMANO: PERCEPÇÕES CULTURAIS
TÔ FORA!
THINK AND TALK
PPPor Laura Santiago a i
LauraédiretoradaYes!Cuiabá
e apaixonada pelo Mickey Mouse ...”
No português brasileiro falado, é
comum nós encurtarmos a palavra
estou
” para um simples “
”. Basta
prestar atenção ao modo mais tranquilo
como as pessoas falam ao longo do dia,
para ouvirmos coisas como: «
cansado
», «
Tô indo
», «
Tô estudando
», «
assistindo TV
», etc. Isso não tem nada a
ver com falta de escolaridade.Trata-se
apenas do modo natural como
pronunciamos a palavra “
estou
informalmente. Assim sendo, o “
tô fora
na dica de hoje não se trata de um erro.
Estou apenas escrevendo sobre uma
expressão comum em português e o
modo como ela é pronunciada pelos
quatro cantos do país. A expressão “
fora
” é geralmente usada para dizermos
que não aceitamos um convite para fazer
algo. Trata-se de uma maneira informal,
usada entre amigos e conhecidos.Agora
vamos aprender como é que se diz esse
tô fora
em inglês. De forma curta e
rápida, anote aí que há duas possíveis
expressões:
»Count me out!
»Count
» I’m out!
* Das duas a mais comum é “I’m out”.
– We’re watching Iron Man 3
tonight. Wanna come? – I’m out! I’m
not an Iron Man
fan. (A gente vai
ver Homem de
Ferro 3. Quer ir? -
Tô fora! Não curto
Homem de Ferro.)
–Let’s go to
the mall ? –
Nah! I’m out! I
wanna go
a
wanna go
go
home!(Vamos pro
shopping? - Não!
Tô fora! Quero ir pra casa.)
Lembre-se que no lugar de «I’m out»,
você pode usar «Count me out». Além
disso, lembre-se também que «Count me
out» pode ser usadas como «Não conte
comigo»:
– Count me out! I’m not going to
do this.
do this.
(
Não contem comigo! Eu não
vou fazer isso.
)
– Count me out! I’m not going
swimming in this cold weather!
(
Não
conte comigo! Eu não vou nadar neste
frio.
)
Há milhares de anos que a
Medicina Tradicional Chinesa
demonstra semelhanças entre o
formato dos órgãos dos seres
humanos com frutas, tubérculos,
legumes e leguminosas. O feijão, por
exemplo, é associado aos rins; a noz,
ao cérebro; o abacate ao ovário; o
aipo, aos ossos. A comparação vai
além da forma e chega à sua
composição. Assim, no que diz respeito ao
cérebro, por exemplo, “por ser composto
de cerca de 70% de gordura, não é à toa
que a noz, um dos alimentos mais ricos em
gorduras monossaturadas e Ômega, é
uma excelente opção para nutrir esse
órgão do corpo. Além disso, ela também
é rica em nutrientes essenciais para o bom
funcionamento dos neurônios, nervos e
músculos”.
Não tão distante daqui quanto a
China, os índios da
etnia Nambiquara, habitantes de terras a
noroeste de Mato Grosso, adotam práticas
tradicionais para a cura dos males, muitas
delas com a ação do pajé, mesmo que já
associadas às práticas terapêuticas
ocidentais. Acreditam os índios que a
agricultura surgiu graças à interferência de
uma criança. Antes, viviam da caça, pesca
e coleta de frutos, tubérculos e insetos. De
acordo com suas crenças, um menino saiu
para caçar com o seu pai e, no meio do
caminho, pediu para que ele o deixasse
sozinho e só retornasse após uma lua, ou
seja, trinta dias. Passado esse tempo, o
pai, junto com seu avô, tio, primos e
irmãos, retornou ao local onde deixou o
menino.
Para surpresa de todos, o menino não
estava lá, havia virado planta. Sua cabeça
foi transformada em cabaça; seus cabelos,
nos estigmas da espiga de milho; as
lêndeas, em sementes de fumo; as
sobrancelhas, em algodão; as orelhas em
feijão fava; seus olhos, na semente da
abóbora, os dentes, em grãos de milho,
suas mãos, em folhas de mandioca; seu
sangue, em urucum; o fígado, em taiá; os
testículos, em cará; os ossos das pernas,
em araruta; as unhas dos pés, em
amendoim; seus músculos, em massa de
mandioca; sua urina em bebida à base de
mandioca e sua alma, na melodia da
flauta.
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