CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 26 DE SETEMBRO A 2 DE OUTUBRO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 7
PARALELO 15
Por Bolívar Figueiredo
COLUNA PRESTES, A MARCHA PELA MORALIDADE
BolívarFigueiredoé jornalistae
artistaplásticoformadoemBrasília,militante
verde e fundador nacional do PV,
sagitariano, calango do cerrado e
assuntadordefatosevarredordepalavras.
Clóvis é historiador e
Papai Noel nas horas vagas
INCLUSÃO LITERÁRIA
Por Clóvis Mattos
PAISAGENS NOTURNAS
Por falta de mais
espaço e por estar de
saco cheio com a
ignorância, irei varrer
fatos, tipo fazendo uma
faxina com TPM,
pontuando a história com
vestígios latentes das
mentes dementes.
Entõ, a Coluna
Prestes foi e é a maior
marcha ideológica
realizada na história da
humanidade, o Cavaleiro
da Esperança rasgou o
país de sul a norte, cerca
de 25 mil quilômetros,
durante o mês de julho
de 1924 a março de
1927. Em seu auge,
durante a passagem por
Mato Grosso em 1925, a
Marcha tinha cerca de
1.500 pessoas.
Segundo Prestes Filho,
adentrar o Mato Grosso
foi um grande desafio.
Os cavalos da tropa
sucumbiam pelo
pantanal e, muitas vezes,
os revolucionários se
deslocavam em lombo
de bois, a nado ou a pé,
com água até o peito,
com as mãos erguidas
para não molharem as
armas. “Muitas vezes, os
revolucionários
precisavam dormir em
cima das árvores”. O
menu da tropa se
resumia a palmitos e aos
animais que restavam.
No final do ano
seguinte, já de volta,
depois de atravessar o
rio Araguaia, os
revolucionários
marcharam por Chapada
dos Guimarães até Barra
do Bugres, atravessando
a Baía Grande para, em
La Gaiba, deporem as
armas no dia 3 de
fevereiro de 1927.
O objetivo da
Coluna Prestes, formada
depois do Levante do
Forte de Copacabana,
em 5 de julho de 1924,
no Rio de Janeiro,
conhecido como
tenentismo, era fazer
frente ao governo
“sitiado” do presidente
Arthur Bernardes, o
vovô da chamada
República Velha. O
coronelismo e o poder
do latifúndio, o sistema
eleitoral cabrestista que
imperava naqueles
tempos, sem o voto
feminino, a falta de
educação pública e
gratuita, entre outras
reivindicações, eram
denunciados ao longo
do caminho, que incluiu
cerca de 14 Estados.
Entõ. Prestes
denunciou a Velha
Republica, depois veio a
Nova República, de
Vargas, uma ditadura
disfarçada. Imaginem
agora com a Novíssima
República, inaugurada
por Collor, remendada
por escândalos atuais,
mensalão, propinas,
judiciário tacanho,
superfaturamentos
padrão Fifa. Coitada da
República, tão nova e já
se tornou uma senhora
bunduda, escandalosa,
desmoralizada, tipo dona
de bordel decadente.
Prestes reviraria no
caixão.
Mas por ironia do
destino. E pelas
confluências da história,
o filho de Prestes, no
início dos anos 2000,
trouxe de mão-beijada
um projeto de turismo
histórico para o Mato
Grosso e para Chapada
dos Guimarães.
A construção de um
memorial e um marco
histórico assinado e
doado pelo arquiteto
Oscar Niemeyer, com a
intenção de homenagear
o mito e recontar a
passagem da Coluna
Prestes por Mato Grosso.
O conjunto arquitetônico
reuniria salões de
exposição, centro de
documentação, bar,
lojas, auditório e, no
andar superior, uma
biblioteca. E sabem o
que aconteceu com este
projeto? Aconteceu nada,
nem os governantes, nem
os prefeitos da Chapada,
que se sucedem até hoje,
ano 2013, se importaram
com o projeto. Ou seja,
Mato Grosso e a
Chapada dos Guimarães
se fecham aos interesses
corporativistas de
grupelhos que, num novo
cangaço político,
avassalam nossa história
e nossas riquezas. Como
dizia Renato Russo,
vamos comemorar a
fome e a destruição. E eu
incluiria também: vamos
comemorar os índices da
lepra, tuberculose,
comemorar os filhos
natimortos em abortos
oficiais, por falta de
maternidades e da
insensibilidade com a
vida, comemorar a
inclusão do estado entre
os 10 mais corruptos do
país.
E em tempo, o
destino também uniu
nesta história de Prestes
com o Mato Grosso a
sua esposa Olga
Benário, que foi enviada
(grávida) para a
Alemanha pela ditadura
Vargas, onde foi
executada em um campo
de concentração nazista.
E o capangão da polícia
política da ditadura
Vargas era
o mato-grossense
e cuiabano
Filinto Strubing
Muller. Chega! Saravá.
Autora: Vera Carvalho
Assumpção*
Formato: Edição Kindle
Tamanho do arquivo: 2243 KB
Número de páginas: 168
Editora: KBR - 2013
Amazon Services
Idioma: Português
Um rico executivo
tem a irmã assassinada
próximo à escola de
periferia em que
lecionava. Dois alunos
confessaram o crime e
o motivo: a professora
os perseguia e impedia
a atividade de venda
de drogas nas salas de
aula. Existiam
assassinos confessos e
um bom motivo. No
entanto, algumas
dúvidas pairam na
mente do irmão da
vítima que contrata o
detetive Alyrio Cobra.
Num crime
aparentemente
solucionado, Alyrio
Cobra se embrenha
num mundo onde uma
série de quadros que
retratam paisagens
escurecidas pela noite e
assombradas pela lua
guia seus passos. O
que a princípio parecia
um caso resolvido vai
se mostrar um desafio
para o detetive.
*Vera Carvalho
Assumpção - Nasci e
vivi toda a minha vida
na cidade de São
Paulo. Apesar do
trânsito, da violência,
das enchentes e de
todos os desafios que
surgem diariamente,
gosto da cidade,
gosto de ler e
pesquisar sobre sua
história e uso essa
pesquisa nas minhas
obras. Resolvendo
seus enigmas, Alyrio
Cobra percorre a
cidade. Como ele,
também gosto de
caminhar pelo centro,
rezar na igreja do
Mosteiro de São
Bento, ir ao Teatro
Municipal etc. No
emaranhado da
cidade grande, ideias
vão surgindo. Alyrio
Cobra que o diga!
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