EDIÇÃO IMPRESSA - 454 - page 18

CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 22 A 28 DE AGOSTO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
CADEIRA DE BALANÇO
PPor Carlinhos Alves Corrêa r
Carlinhos é jornalista
e colunista social
Info: (65) 3365-4789
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
Monteiro Lobato
ALA JOVEM
PPor Rosemar Coenga
o
CONTANDO HISTÓRIAS E ENCANTANDO LEITORES
Beco do Candeeiro
Para quem não sabe o Beco do
Candeeiro foi o corredor do comércio e do
ouro na época da fundação da nossa eterna
capital de Mato Grosso. No Beco do
Candeeiro está registra a história de Cuiabá,
ali residiu distintas Famílias Cuiabanas, quem
passou por lá vê o descaso do poder público,
ao mal cheiro de urina e outras coisas mais
que dá expressão de uma capital qual
cuidada sem administração publica. O pior
são as músicas altas, bebidas, mulheres dos
prazeres, um pra de gente que entre e sai,
nestes empreendimentos no coração do centro
histórico de Cuiabá. Me lembro na década de
60, 70 e 80 no lendários bairro do Baú, existiu
ali diversas casas, boates, restaurantes, bares
que reuniam diversos segmentos da sociedade
para uma noite do prazer, o silêncio era é o
ponto alto. Chegou o progresso na
administração do governo de Pedro
Pedrossian, e do prefeito Bento Machado
Lobo, onde deu um magnata no centro
urbano de Cuiabá. Esses empreendimentos
foram para o Ribeirão do lipa. Beco do
Candeeiro é berço da historia de Cuiabá,
Senhores Governantes olhem com carinho e
sensibilidade nesta terra que recebeu todos de
braços abertos. Fico triste a terra do Bom Jesus
de Cuiabá, parece uma capital desgovernada
pelo poder publico.
Mesa Cuiabana
Quando falamos da mesa cuiabana,
antigamente havia uma fruteira com frutas da
época colhida do quintal. O destaque sempre
foi a bananinha ate hoje é uma fruta
obrigatória no paladar cuiabano que muitas
vezes amenizava a fome. Das famosas
cozinheiras: Matildes, Guilhermina, Fermina,
Saturnina, Rosa, Sinhara, Maria do Chico
Boleiro, Maria De Benta, a única que esta
entre nós é dona Jujá, os temperos destes
baluartes das gastronomia cuiabana, recendia
alguns bairros da capital. Na mesa cuiabana
nunca faltou a Maria Isabel, paçoca de carne
seca, Carne seca com banana verde, Pacu
seco com arroz, Pacu assado, ventrecha de
pacu, feijoada cuiabana, escaldado, revirado,
farofa de banana, O “Quebra Torta” era isso
que comiamos com fartura, feita com banha
de porco que nesta época não se falava de
colesterol, tinha farofa de torresmo, bagrada,
arroz com pequi, galinhada, cabeça de boi
assada, mandioca ferventada, mujica de
pintado, etc. Não faltava nas compoteiras os
doces típicos, e nas licoreiras licores saborosos,
biscoitos, bolos, enfim, muitas variedades das
delicias que faziam parte da boa mesa
cuiabana.
Cuiabano Ilustre
A celebração do dia 22 de agosto ,
quando o pais celebra “ Dia do folclore “ entre
na academia Mato Grossense de letras , o
ilustre cuiabano Fernando Tadeu De Miranda
Borges, que ocupara a cadeira 33, que já
pertenceu a Nicolau Fragelli e Lenine de
Campos Povoas , tendo como patrono
Mariano Ramos. A Rua Barão de Melgaço,
antiga Rua Linda do Campos, quem percorre
essa rua e caminha por diferentes
temporariedades. E uma visão que reflita a sua
passagem a uma viagem ao passado,
quando olhamos aquele casarão da alta
sociedade que pertenceu aos ilustre morador
Augusto Leverger, o Barão de Melgaço. O
Profº Doutor Tadeu De Miranda Borges, esta
gravado na história da cultura mato-
grossenses, que já deveria pertencer a esta
casa há muito tempo, com ideias inovadoras
terá uma nova ferramenta nesta academia
mato-grossense de letras . O ilustre cuiabano
que com certeza será um abre-alas, para
muitos jovens que deverias também fazer para
desta academia sendo o cartão de visitas para
a capital. Fazer uma reciclagem de novos
acadêmicos sempre é bom, quando se trata
de escritores jovens com visões futuristas .
Mulher Cuiabana
Cuiabá também teve participações de
mulheres cuiabana com muita atividade, na
imprensa, o que reflete um dos aspectos
característicos do apreço aos valores culturais
que tem sido constante nesta cidade. Foi de
suma referencia a participação da mulher
cuiabano nesse esforço para aprimoramento
de nosso jornalismo . “O símbolo fundamental
dessa participação foi a revista “A violeta”,
fundada em 1916, como órgão oficial do
Grêmio Feminino “Julia Lopes” e que circulou
diante muito anos em Cuiabá. Colaborou
nessa revista “ Maria Dimpina, Barbara de
Moura, Guilhermina de Figueiredo, Maria
Dantas Costa Genhre, Ana Luiza Prado Bastos,
Maria de Arruda Mulher, e a incansável Dunga
Rodrigues, pela multiplicidade de encargos
que era proposto que ela jamais recusa. Assim,
essas baluartes dos elementos femininos
completa a plêiade de escritores que concorreu
para colocar nossa imprensa no avanço
estágio em que se encontra hoje mulheres
cuiabana considerada grande divisora da
cultura e inteligência.
Filho de argentinos e neto de
poloneses e russos, o escritor Ilan
Brenman nasceu em Israel, veio para o
Brasil aos seis anos de idade e mais tarde
se naturalizou brasileiro. Mestre e Doutor
pela faculdade de Educação da USP,
bacharel em psicologia pela PUC de São
Paulo. Autor de mais 30 livros (muitos
premiados), circula pelo Brasil há mais de
15 anos ministrando palestras, cursos e
prestando consultorias nas áreas
educativas, culturais e empresariais.
Atualmente, ele é considerado um dos
mais importantes e renomados contadores
de histórias do país.
As Narrativas Preferidas de um
Contador de Histórias
(2007) foi publicado
pela Editora DCL, com ilustrações de
Fernando Vilela. Ilan Brenman reconta, com
graça e humor, sete histórias de várias
procedências.
Carne de língua
e
As duas
mulheres e o céu
são africanos. O primeiro
conta como um rei muito poderoso salvou
sua esposa de uma doença desconhecida
contando-lhe histórias. O segundo explica
por que o céu ficou distante da terra e a
origem das estrelas.
A madrasta
e
O
macaco e a velha
são histórias brasileiras
muito conhecidas.
Na primeira, uma menina é
maltratada pela madrasta e enterrada
viva por ela por ter deixado que os
passarinhos bicassem os figos da figueira.
Na segunda, o macaco que roubava as
bananas da velha cai em uma armadilha,
ficando preso a uma boneca de piche.
Depois de ser comido pela velha, mesmo
dentro de sua barriga, ele grita que
precisa sair e a velha não tem outra
alternativa a não ser soltar um grande
pum para livrar-se dele. Em
A tapeçaria
de Aracne
temos o mito grego que conta
porque a bela tecelã Aracne foi
transformada em aranha pela deusa
Palas.
O imperador e a águia
(lenda
asiática) mostra como a raiva e a
impaciência do imperador fizeram com
que ele matasse a águia, seu animal de
estimação.
O lenhador e a criação das
histórias
(conto das Ilhas Canárias)
retoma o tema de Sherazade para
mostrar como a esposa de um lenhador
livrou-se de seus maus-tratos e protegeu o
filho que esperava contando histórias ao
marido até que a criança nascesse, dia
em que nascem também todas as histórias
da humanidade. As bonitas ilustrações de
páginas duplas acrescentam novos
sentidos com cores e traços a esses
contos.
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