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POLÊMICA
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CUIABÁ, 6 A 12 DE JUNHO DE 2013
Conflitos e falta de vontade política
DEMARCAÇÕES INDÍGENAS
Em Mato Grosso, produtores expulsos de Suiá-Missú retornam à área para cobrar promessa de assentamento.
Por: Sandra Carvalho. Foto: Reprodução
A questão indígena
está novamente em
pauta, depois que uma
ação de reintegração de
posse na fazenda Buriti,
e m Ma t o Gr o s s o do
Sul, terminou com a
morte de um índio
terena. A área é foco de
disputa há anos e
existem dezenas de
casos parecidos no
Brasil, sem solução à
vista. Em Mato Grosso,
produtores expulsos na
Gleba Suiá-Missú
retornaram esta semana
à área e prometem
resistência até que
sejam realojados, como
prometido durante a
desintrusão, em
fevereiro passado, e
não cumprido.
Na tentativa de
superar o impasse da
definição das terras
indígenas, o governo
federal p ropõe i nc l u i r
nas avaliações o
Ministério do
Desenvolvimento
Agrário, o Incra e a
Embrapa. Mas já
enfrenta protestos dos
que veem na proposta
uma forma de esvaziar
a Funai.
O Ministério Público
Federal (MPF) se
manifestou na terça-
feira (4) a respeito dos
conflitos fundiários entre
fazendeiros e índios e
que “resultam de uma
série de ações e
omissões do Estado
brasileiro”. Para o
procurador da
República Emerson Kalif
Siqueira, “falta vontade
política para solucionar
a questão indígena”.
A Constituição de
1988 garante aos índios
a posse das terras que
tradicionalmente
ocupam. As reservas
representam 13% de
todo o território
nacional. Hoje, é a
Funai quem avalia as
reivindicações, mas os
produtores rurais
contestam os critérios
usados.
Na região do
Araguaia, cerca de 500
pessoas ocuparam esta
semana o antigo distrito
de Estrela do Araguaia,
1.100 km a nordeste de
Cuiabá ,localizado na
antes denominada
Gleba Suiá-Missú, área
de 165 mil hectares que
foi devolvida à nação
Xavante após décadas
de conflito com
produtores rurais que
alegavam falha no
laudo antropológico da
Funai.
O órgão confirmou
que alguns ex-
moradores voltaram à
área, mas descartou
riscos de confronto entre
os ocupantes e os
índios. Já os produtores
disseram que só deixam
o local com ordem
judicial. Os produtores
cobram uma posição do
governo federal quanto
ao assentamento das
famílias e indenização
por conta das
desapropriações.
O governo previu
assentar, em áreas
destinadas para reforma
agrária, pequenos
produtores que estavam
no Posto da Mata e
áreas vizinhas. Os
produtores querem
o cumprimento da
promessa do governo
federal de assentar os
moradores que foram
retirados durante o
processo de desintrusão
da área e que terminou
em fevereiro deste ano.
Homens e mulheres
buscam reaver suas
propriedades. Eles estão
acampados em
construções que não
foram derrubadas,
como a sede do Posto
da Mata, em um hotel e
igrejas.
Nesta segunda-feira
(3) o cacique Damião
Paradzane enviou uma
carta ao governo
federal denunciando a
invasão e pedindo
providências. (Com
Agência da Notícia)
I nd í ge na s e s t a r i am mob i l i z ando i n c l u s i v e pa í s e s
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v i z i n ho s pa r a ga r an t i r d ema r c a ç ão
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P r odu t o r e s que e s t ão pe r dendo s ua s t e r r a s
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