CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 11 A 17 DE ABRIL DE 2013
OPINIÃO
P
G
2
Presidente do Conselho Editorial:
Persio Domingos Briante
Av. Miguel Sutil, 4001 C - Pico do Amor - Cuiabá - MT - CEP 78010-500 -
Fone/Fax:
(65) 3023-5151
E-mail:
CIRCUITOMATOGROSSO
Diretora-executiva:
Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005
Tiragem da edição 428 auditada
por PWC de 23.232 exemplares
Propriedade da República Comunicações Ltda.
Editor de Arte:
Glauco Martins
Revisão:
Marinaldo Custódio
Reportagem:
Camila Ribeiro, Mayla Miranda,
Rita Anibal e Débora Siqueira
Fotografia:
Pedro Alves
ENTRE ASPAS
EDITORIAL
Amigos da onça
Editora:
Sandra Carvalho
SAÚDE
Governador não cumpre promessa
Governador anunciou a liberação de R$72 milhões para a saúde, mas recursos não foram repassados.
Por: Sandra Carvalho e Rita Aníbal. Fotos: Reprodução
Anunciados como
“injeção” de recursos na
saúde, os prometidos R$72
milhões que seriam
liberados para quitar parte
da dívida de mais de
R$150 milhões com os
municípios de Mato Grosso
referentes aos repasses
para a atenção básica, até
agora não caíram na conta
das prefeituras. O
governador Silval Barbosa
(PMDB) resolveu quitar a
dívida do Estado com os
municípios e consórcios
intermunicipais, depois que
o Ministério Público
Estadual (MPE) alertou a
Justiça de que as
Organizações Sociais de
Saúde (OSSs) já haviam
recebido R$34 milhões
somente este ano em
detrimentos dos municípios.
A denúncia foi feita com
exclusividade pelo
Circuito
Mato Grosso
.
O calote foi visto pelo
MPE como uma afronta à
liminar do Tribunal de
Justiça concedida ainda em
2012 e que proibia a
Secretaria de Estado de
Saúde de pagar as OSSs se
estivesse em débito com as
prefeituras e consórcios de
saúde.
Ao descobrir que as
OSSs estavam recebendo
regularmente, os prefeitos
reagiram, e ainda mais
revoltados por conta da
redução, pela metade, da
verba devida pelo Estado à
saúde com aprovação da
Lei 9.870, de autoria do
Executivo, na Assembleia
Legislativa. Todos esses
fatores vieram à tona de
uma só vez, levando o
governador a se apressar
em anunciar o repasse de
R$72 milhões aos prefeitos
até o dia 1º de abril. De
acordo com a Associação
Mato-grossense dos
Municípios, até o momento
a SES liberou apenas 25%
do total do valor devido.
Pelos cálculos da
AMM, o Governo do
Estado deve em torno de
R$150 milhões aos
municípios mato-
grossenses, valor referente
aos repasses para o setor
da saúde em 2012 e aos
primeiros meses de 2013.
No entanto, somente nos
primeiros dois meses e meio
deste ano já repassou
R$34,5 milhões às oito
Organizações Sociais de
Saúde contratadas para
gerir hospitais públicos, as
combatidas OSSs
implantadas pelo ex-
secretário de Estado de
Saúde, o deputado federal
Pedro Henry (PP).
Das oito OSSs que
faturaram este ano
enquanto o governador
Silval Barbosa anunciou o
pagamento de apenas 50%
da dívida com as
prefeituras – e não cumpriu
–, a que mais recebeu
repasses foi o Instituto
Pernambucano de
Assistência à Saúde (Ipas).
Foram R$10.687.899,72
para a OSSs que
administra o Hospital
Metropolitano de Várzea
Grande, o Hospital
Municipal de Alta Floresta e
o Hospital Regional de
Colíder. Outros R$24
milhões já estão
empenhados.
“O condutor se mostrou nervoso e aí procedemos a uma
revista no interior do veículo. Dentro do porta-malas estava uma
mochila preta com o dinheiro em espécie. Continuamos a revista e
encontramos três cheques da Assembleia do Mato Grosso”
Policial Rodoviário Federal, Cláudio Emerson Barbosa Pacheco,
explicando como foi feita a prisão de Alvimar que é investigado
por possível beneficiamento em um esquema de empresas fantasmas
para desviar dinheiro da Assembleia Legislativa do Mato Grosso
“Eu conheço o Avilmar há
mais de trinta anos. Ele já
morou em Juara e já tive
negócios com ele. As
atividades comerciais que
fizemos foi para compra e
venda de gado, e propriedades
rurais, sendo que está tudo
declarado e contabilizado com
notas fiscais”.
José Riva, presidente da Assembleia
Legislativa, cujo cheque foi encontrado com
o preso que já foi doador em sua
campanha eleitoral
“Não era prioridade a compra. O
ex-prefeito quis fazer um populismo
na hora errada. Neste momento, os
tablets são um luxo desnecessário.”
Secretário de Educação municipal,
Gilberto Figueiredo, sobre uma das
gastanças de Chico Galindo (PTB) no
“apagar das luzes” do seu mandato,
sobre os 2.500 tablets roubados, que
nem foram pagos...
“Sem nem ser sede, Mato Grosso
do Sul tem explorado melhor suas
qualidades, associando-as à Copa
de maneira mais eficiente do que
nosso Estado.”
Marcus Fabrício, secretário de Turismo de
Cuiabá, declarando a incompetência de
colocar Cuiabá no olho do turismo
internacional e doméstico e enaltecendo
a competência do estado vizinho.
“A ingerência e subterfúgios da gestão atual da Seduc comprometem o
desenvolvimento da educação do nosso Estado; resta-nos confiar nos órgãos de
controle para frear esses desmandos.”
Vanice Marques (PSD), ex- secretária-adjunta de Estrutura Escolar, condenando a forma
“feudalista” como o PT trata a Seduc-MT, numa briga de foice pelo orçamento de R$1,6 bilhão.
A Assembleia Legislativa continua dando as cartas no Governo
Silval Barbosa. Está em plena campanha para aprovar a
prorrogação dos incentivos fiscais por mais 20 anos quando
dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) provam que as
“renúncias” consomem mais de R$1 bilhão dos cofres públicos
por ano quando para a saúde são destinados parcos R$913
milhões. Que pelo visto não estão dando nem mesmo para
garantir os repasses mensais às prefeituras. E para massacrar o
usuário do SUS, a AL ainda aprovou a redução dos repasses do
Estado aos municípios pela metade para garantir a atenção
básica. Sem se esquecer de que foi por pressão da mesma
Assembleia que estão sendo investidos mais de R$1 bilhão na
implantação do VLT, sendo que a obra pode nem ficar pronta até
a Copa 2014. Agora a AL aprova uma PEC estabelecendo que o
orçamento da Unemat cresça de acordo com a arrecadação do
Estado. Não desmerecendo o setor da Educação. Muito pelo
contrário. Defendendo que a saúde tenha o mesmo tratamento
dos deputados que, aliás, já se movimentam para a pré-
campanha à reeleição. Vão ter que enfrentar um grande desgaste
em suas bases eleitorais. Haja conversa para explicar tantos feitos
que vão contra os interesses da população mato-grossense. Pelo
menos combustível não deve faltar para o corpo a corpo.
1 3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,...16