CIRCUITOMATOGROSSO
CUIABÁ, 14 A 20 DE MARÇO DE 2013
CULTURA EM CIRCUITO
PG 6
CADEIRA DE BALANÇO
Por Carlinhos Alves Corrêa
Carlinhos é jornalista
e colunista social
JUST BECAUSE
THINK AND TALK
Por Laura Santiago
Laura é diretora da Yes!Cuiabá
e apaixonada pelo Mickey Mouse ...”
Você já deve ter se perguntado
como se responde “
porque sim!
” e
porque não!
” em inglês. Em
português, usamos essas expressões
quando não queremos dar maiores
explicações sobre alguma coisa.
Trata-se de algo muito comum no
português falado.
A situação é a seguinte:
digamos que alguém pergunta algo
como, “
Por que você fez isso?
”. Você
não está muito a fim de entrar em
detalhes, então solta um simples,
Ah, porque sim!
”. Pronto! Fim de
papo! Pois bem, se você acha que
em inglês basta dizer “
because yes
ou “
because no
”, saiba que você
está fazendo isso em português. Ou
seja, apesar de estar usando
palavras em inglês, você está
apenas usando o português em
inglês. Isso porque é dessa forma
que falamos em português e muita
gente pensa que é só traduzir as
palavras e está tudo resolvido.
Cuidado! Em inglês não é
assim que eles dizem. Para eles, o
modo mais comum e correto para
dizer “
porque sim!
” e “
porque
não!
” é dizendo “
JUST
BECAUSE!
”. Por mais estranho que
possa parecer a expressão “
just
because!
” é usada para expressar
as duas ideias: “
porque sim!
” e
porque não!
”. Seguem abaixo
alguns exemplos :
Why did you do that?
(
Por
que você fez isso?
)
*Just because!
(Porque sim!)
Why didn’t you go with
your parents?
(
Por que você não
foi com seus pais?
)
*Just because!
(Por que não!)
Para encerrar, saiba que às
vezes você ouvirá as pessoas
dizendo apenas
just
‘coz”.
É a
mesma coisa!
‘Coz
é apenas a forma
abreviada de
because
.
CABEÇA ENSOPADA
No calendário religioso, lembramos a
“Peixada de São Benedito”, que aconteceu
no dia 17 nas dependências da Amam. O rei
Rômulo Augusto Correia da Costa e a rainha
Idê Gonçalves Guimarães, e os demais
festeiros de 2013 mostraram-se convictos do
sucesso do evento e de que muitos virão a
acontecer em prol da festa do santo festeiro
da Cidade Verde. É, sem dúvida alguma, a
festa mais tradicional e que melhor representa
a cultura do nosso povo. Esta festa é
realizada há 294 anos em nossa terra. Hoje
tem novo perfil, devido à evolução dos
tempos e também por conta da atual
conjuntura econômica. Os objetivos da festa
são: celebrar a fé católica, manter revitalizada
a cultura e a tradição da cuiabania e
proporcionar solidariedade e compromisso
com as atividades paroquiais, arrecadando
fundos a serem revertidos para as 21
comunidades da paróquia. Não se esqueça:
coma a “cabeça de pacu ensopada” e fique
amando a terra-mãe.
ELEGÂNCIA CUIABANA
Vamos falar de Laurinda Santos Lobo,
uma cuiabana que se destaca no glamour da
sociedade carioca, sobrinha de Joaquim
Murtinho e herdeira da Companhia Matte-
Laranjeira. Era dona de uma enorme fortuna.
A sua referência da elegância das mulheres
da belle-époque carioca atribuiu-lhe o título
de “Marechala da Elegância”, dado pelo
cronista João do Rio. Morava no bairro de
Santa Teresa, cidade do Rio de Janeiro, e sua
casa tornou-se um centro de encontro dos
mais notáveis intelectuais brasileiros e
estrangeiros. Sua mansão tornou-se um
símbolo de bom gosto e exuberância. Sua
vida não se limitava a recepções e encontros
sociais, tanto que teve serviços prestados ao
Conselho da Federação Brasileira para o
Progresso Feminino no final de 1927.
Destacou-se na luta pelos direitos das
mulheres brasileiras. A sua primeira residência
é hoje o Centro Cultural Laurinda Santos
Lobo, em Santa Teresa.
REFERÊNCIAS DE PESSOAS
Antigamente na terra abençoada por
Bom Jesus de Cuiabá, as referências de
pessoas eram muito engraçadas,
principalmente o hábito, cultivado por muito
tempo por nossa população, de sentar-se à
porta, à noite, para colocar os
acontecimentos em dia. E aos poucos as
referências vão se isolando com o crescimento
da Cidade Verde, com o crescimento da
metrópole. Quando se pronunciava um nome
composto, vinha o feminino, masculino ou
simplesmente um apelido que dava um toque
de referência das atividades. Vejamos:
Terezinha de Walderson, Adelaide de China,
Rodrigues Palma de Bembém, Bia de
Tonzinha, Juvina da Bola de Ouro, Maria de
Seu Chico Boeiro, Maria Boleira, e assim as
referências iam longe com duplos nomes.
Tudo isto acontecia em qualquer roda de
bate-papo. Hoje não ouvimos mais essas
referências de pessoas. Tudo é através de
mensagens, afastando cada vez mais o ser
humano de olhar dentro dos olhos.
DIFERENTE VISUAL
Na Cuiabá, terra dos meus amores,
quando se celebrava uma data ou evento
especial, nos dias anteriores as ruas da
cidade se vestiam de cores desusadas. Por
exemplo: a cidade se preparou para as
touradas, realizadas no Campo
D’Ourique, e regurgitava de gente. É bom
lembrar que as touradas eram realizadas
no local onde se instalou a Câmara
Municipal de Cuiabá. Toda a população
enfiada nas melhores vestes, a maioria
feita especialmente para a ocasião, estava
presente para apreciar a festa. O povo
cuiabano, em geral, acostumado a
maiores festas, porém de aspecto
religioso, teria nesta um diferente visual.
Fora do Carnaval e das datas cívicas
festejadas em pomposos bailes no
lembrado Palácio Alencastro, gente festeira
só se encontrava nas de cunho religioso:
Senhor Divino, São Benedito, do Rosário,
em missas, quermesses e procissões
concorridíssimas, sendo que as touradas
marcavam o encerramento da Festa do
Senhor Divino.
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